O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Um trabalho muito interesse poderá nos auxiliar na compreensão da dinâmica dos tempos coloniais. Patrícia Falco Genovez, da Universidade Vale do Rio Doce. Núcleo de Estudos Históricos e Territoriais (NEHT/Univale), em seu trabalho OS BARÕES E OS TRILHOS: A Estrada de Ferro União Mineira e os Laços de Sangue na Zona da Mata de Minas Gerais, está disponibilizado em http://www.cedeplar.ufmg.br/seminar
"Atrelando-se ao grupo Valadão, encontra-se os Soares de Gouveia Horta, os Xavier da Veiga, os Vilhena e os Almeida Magalhães. Na família Gouveia Horta, um importante clã mineiro, com ramificações entre os DIAS DE GOUVÊA E OS HORTAS,, destacamos alguns membros que tiveram inserção tanto na política quanto na nobiliarquia: José Feliciano Dias de Gouvêa, Cavaleiro da Ordem da Rosa, em 14 de março de 1885; ANTÔNIO DIAS DE GOUVÊA, Cavaleiro da Ordem da Rosa, em 16 de outubro de 1855; e, José Dias de Gouvêa, segundo Barão de Alfenas, em 7 de novembro de 1882".
O Projeto Partilha incorporou este magnífico trabalho na bibliografia que apoiou este trabalho, ora disponibilizado com o nome de PROJETO PARTILHA.
- Assunto: atividades de pesquisa desenvolvidas no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (AEAM).
- Livro de Devassa Z-13 - 1800.
Lavras do funil, fl.179-187:
Visita realizada em 12-09-1800 no arraial de Santa Ana das Lavras do Funil.
Visitador:
Secretário: Pe. Manoel Araújo Nunam Pereira
Visitou a pia batismal, etc ... (...)
Testemunhas inqueridas:
- Cap. João de Deus Álvares de Azevedo.
- Ten. Francisco Xavier de Mesquita.
- Cap. José Francisco da Cunha.
- Ajudante Francisco Gonçalves Azevedo.
- Cap. Silvestre José Freire.
- João da Silva Ribeiro.
- Ten. Coronel Joaquim José Freire.
- Alferes Francisco José Palhares.
- Cap. José Álvares de Figueiredo.
- Licenciado Joaquim Ribeiro Rosa.
- Manoel Machado Curvello.
- Guarda mor João Pereira de Andrade.
- Antonio Justiniano Monteiro de Queirós.
- Manoel José de Faria.
- Antonio Gomes da Cruz Arão.
- Manoel Teodoro de Souza.
- João Ferreira da Cruz.
- Tenente e guarda mor Salvador Borges Bruno.
- Antonio José Ferreira Neto.
- Joaquim Álvares Ferreira.
- Alexandre Álvares Ferreira.
- Marcelino Álvares Ferreira.
- José Álvares Ferreira.
- Alferes Thomé Ignácio Botelho.
- José Francisco Morato.
- Cap. Manoel Araújo Teixeira.
- Cap. José Manoel de Oliveira.
- Thomé Rodrigues da Costa.
- Luiz Antonio de Souza.
- Joaquim Francisco.
Ouvidas as pessoas acima, foram denunciados os seguintes nomes:
- Domingos Pires e,
- uma filha de José Francisco Passos.
- Antonio Gonçalves, e
- uma filha de Ana Cardosa.
- Gonçalo Pereira, e
- uma filha de Antonio Caetano.
- Francisco José e Maria Vitória.
A Antiga Capela da fazenda foi demolida, e a atual é muito singela. Seu padroeiro não é mais São Domingos.
Manoel de Barros.