O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Era de estatura pouco acima da média, tinha os olhos castanhos e usava longos bigodes e uma pêra (pequena quantidade de barba que se deixa entre o queixo e o lábio inferior, tão em moda novamente hoje). Trajava fraque e cartola por ocasião dos eventos sociais. Nascido em Vila Nova de Famalicão, do Concelho de Braga, Portugal, veio muito jovem para o Brasil, residindo algum tempo no Rio de Janeiro e fixando posteriormente residência em Três Pontas, Minas Gerais. Filho de Antônio Gonçalves da Costa e Maria Joaquina da Costa, casado com Leocádia Cândida Becker. Após a Proclamação da República, em 5 de fevereiro de 1890, foi instituída uma Intendência Municipal, da qual era integrante, como Adjunto. Foi o fundador do prado local e seu primeiro presidente. Incentivador da prática do futebol, na cidade, nos primórdios do século XX. Teve participação importante na construção do campo de futebol, construído na cidade. O campo confrontava pela frente com a Rua Minas Gerais, por outro lado com a Rua Belo Horizonte (atual Américo Miari) e pelo outro lado com a linha férrea, hoje Avenida Vicente Celestino, e aos fundos com vários moradores. O senhor Costa era alfaiate, comerciante, fazendeiro e político. Suas propriedades rurais compreendiam parte da "Formiga", "Toca" e "Barreirinha". Sua loja comercial ficava localizada na esquina das atuais ruas Minas Gerais e Marechal Deodoro. (06-ABR-1853 - 05-SET-1923)
Com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, o Governo Provisório determinou a dissolução das Câmaras Municipais. Foram criadas INTEND~ENCIAS MUNICIPAIS, a fim de governar os municípios. A intendência era um órgão colegiado. Em Três Pontas, foi instalada em 5 de fevereiro de 1890. A escolha dos membros recaiu sobre os seguintes cidadãos: Doutor Josino de Paula Brito, Aureliano José d´Azevedo, conhecido por mestre Aureliano e José Epifânio de Figueiredo. A presidência ficou a cargo do Doutor Josino de Paula Brito. A antiga Câmara Municipal deu posse aos membros da gestora municipal. Em 10 de março de 1890, houve uma alteração na Intendência. Como Mestre Aureliano, estava impedido de exercer o cargo, por ser professor público, em seu lugar foi empossado o cidadão João Batista Fernandes S. Tiago. Como adjuntos, foram escolhidos Martiniano Vinhas de Arantes e José Tomás de Figueiredo. As alterações foram feitas por determinação do Governador João Pinheiro da Silva. Depois serviram como adjuntos Cândido Prado e José Gonçalves da Costa (Atas da Câmara Municipal).