O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump
A história e a cultura da cidade de Carmo da Cachoeira neste trabalho realizado sob os auspícios de Nossa Senhora do Carmo.
Comentários
- O que há aí em cima? Perguntam lá do fundo da caverna.
-Só sombras.
- Com a vida no ambiente de sombras será possível acreditar em algo diferente?
- Ascender das sombras para o ambiente da verdade! Quais os obstáculos?
- Subir a caverna é conquistar o conhecimento.
- A maior parte da humanidade permanece na caverna, na luta precária pela sobrevivência.
- Sempre foi assim!
- Permanecerá assim no século XXI?
- A atual avalanche de informações pode ser transformada em pletora de conhecimentos. Permitirá a metamorfose fundamental para o novo homem do século XXI
Quantos obstáculos o homem continua encontrando na investigação da verdade!
Médico de família.
Médico de pronto-socorro.
Médico na medicina comunitária (Projeto Fatinha).
Médico realizando inúmeras palestras e debates em Escolas, Faculdades e Comunidades, na missão de retransmitir os conhecimentos que logrou obter.
Sempre transitou entre a ciência e o trabalho no meio pobre.
Dessa combinação surgiu o questionamento sobre a defasagem entre o discurso e o insuficiente atendimento das necessidades básicas do ser humano.
Sempre foi assim, dizem.
Mas, será que deverá continuar assim no século XXI?
Para dar resposta a tal indagação, após um livro sobre o sistema financeiro (Servos da Moeda) e um sobre a Descoberta do ser brasileiro (Nação do Sol) escreve, A Nova Consciência - Século XXI.
É a busca de doutrina nacional.
Coisa para todo mundo discutir, em todos os lugares, sem preocupação de importar teorias.
O século XX acabou!
Suas características: individualismo, competitividade, sucesso a qualquer preço, dinheiro transformado na própria riqueza, exploração da maior parte da humanidade por minorias que se acham "escolhidas", sistema financeiro com câncer - desligado do resto da humanidade e achando que pode crescer ilimitadamente -, precisam ser abordadas e revistas. O livro é questionador. Busca senso crítico. Descerra a cortina sobre o comércio internacional. Interroga o sistema econômico concentrador de privilégios. Desmistifica a "dominação" da natureza. Prega uma revolução com a arma da idéia. Cria uma hiper-revolução pessoal para, num mecanismo de auto-ajuda com visão coletiva, buscar conjunção, equidade, simbiose e solidariedade como preceitos do mundo.
Defende que o Brasil, com os seus recursos naturais, biodiversidade, ecletismo, unidade de idioma e extraordinária raça cósmica precisa criar uma doutrina nacional e ser vanguarda para transformar o mundo num lugar bom para todos viverem, com uma nova consciência, neste século XXI.
O livro da busca de uma nova consciência par o século XXI.
A quem dedicar?
Melhor ao que caminhou percorrendo a maioria dos dias de todo o século anterior.
Ao meu pai, lúcido (2005), crítico, irreverente, com a persistência do nordestino, em seus 92 anos.
Dedicatória para fazê-lo feliz por recebê-la em vida, mesmo só, sem os seus companheiros de geração.
A velhice é um castigo da natureza, ele diz, mas é também a fonte de muitas experiências interessantes.
Com ele revejo a fibra de meu avô, juiz no interior, que sentado nas cadeiras na calçada em frente à sua casa viu aproximar-se um caboclo puxando jegues com as broacas cheias de produtos da fazenda.
- Senhor doutor Henoque, o coronel Salu mandou estes presentes para o senhor.
- Pois leve de volta e diga ao coronel que juiz não recebe presentes.
Com ele, recordo-o na vida dura da caserna, percorrendo variados recantos deste Brasil, aluno e instrutor em todas as escolas da sua carreira militar. Magnífica fé de ofício.
Com os dois, a busca do bom senso, a fuga das idéias pré-concebidas e neste século de desvirtuamento de valores, com forte presença do levar vantagem, conseguiram passar a idéia de que homem de bem não é o realizado financeiramente, que tem conta em banco e cartões de crédito, mas o que se coloca a serviço da comunidade com isenção e dignidade.
Dedico, também, indistintamente a todos os filhos e netos que viverão o século XXI.
Que eles consigam acabar com a defasagem entre o discurso moral, religioso e ético e a realidade.
RUI NOGUEIRA. Abril de 2005.