O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump
A história e a cultura da cidade de Carmo da Cachoeira neste trabalho realizado sob os auspícios de Nossa Senhora do Carmo.
Comentários
Dedicação especial:
Aos ancestrais e descendentes de MANOEL ANTONIO RATES, primeiro morador de um imenso sertão - VERDADEIRO PARAÍSO.
A vida é uma caminhada de libertação e há gritos de liberdade que são verdadeiramente maravilhosos.
O nascimento é a libertação física! Durante nove meses, ligados pelo cordão umbilical, recebíamos o que precisávamos do corpo materno. Cortado o cordão, somos um ser independente fisicamente. Primeiro grito de liberdade!
Andar é também uma libertação! Não mais precisamos de alguém para nos levar de um lado para o outro. Nossas próprias pernas o fazem, cada vez com mais destreza. Oh! cheguei aqui com um segundo grito de liberdade!
Digo o que quero! Falar é um grito de libertação, pois não mais preciso de ninguém para interpretar meus sentimentos. Água, comida, sou livre para pedí-las!
Imaginar um objeto, na ausência deste. Isto é imaginação! Gigantesco grito de libertação, porque aí deixo a condição pura de animal e ingresso no extraordinário caminho do imaginar, do pensar e do raciocinar.
Aprender o que outros sabem. Posso fazê-lo quando sei ler. Pense no que representa um livro! O autor passa anos e anos estudando, um assunto, pesquisando em muitas fontes, refletindo, escreve o livro e você, em poucas horas, pode aprender o que ele sabe! Extraordinário grito de libertação o ler e aprender, para deixar a ignorância e o atraso para trás.
O segundo parto da vida! Nascemos da família para o mundo. A adolescência nada mais representa, com suas crises e ansiedades, que o corte da dependência familiar para a convivência com os grupos, os amigos e o abrir-se para o mundo. É o grito de liberdade para a criação de seus próprios caminhos.
A ignorância é uma prisão. A falta de conhecimento uma vulnerabilidade.
Como são numerosas, na história da humanidade, pessoas e até povos inteiros que são enganados por não possuírem um conhecimento, não dominarem alguma tecnologia.
À MARIA.
Ah! Quem me dera, Senhora,
Que eu fosse como Anchieta
E, nas areias da praia,
Um poema eu te faria!
Um poema belo e puro,
Como um brilhante sem jaça,
Em que eu revelaria
Todo meu amor de filha
E também a maravilha
Da força de tua graça.
Graça que vem de teu Filho,
Graça que vem de teus olhos
E desce por tuas mãos,
Para todos que te invocam,
Para todos que te imploram,
Para todos os cristãos.
Sei que não sou Anchieta,
De seu estro estou distante,
Mas te ofereço estes versos,
Para louvar-te Maria!
Eu te ofereço estes versos,
Repassados de ternura,
Para dizer-te: eu te amo,
Ó minha Mãe, bela e pura!
Eu te ofereço estes versos,
Estes mal formados versos,
Repassados de alegria,
Para dizer-te: eu te amo!
Para dizer-te: obrigada!
Para louvar-te, Maria!