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O inventário de Maria da Silva Pereira - 1ª parte.

Documento encomendado pelo Projeto Partilha.

Transcrição de Edriana Aparecida Nolasco.

Tipo de Documento - Inventário
Ano - 1826 Caixa - 361
Inventariante - Miguel Carlos de Oliveira.
Local - São João del Rei

Fl. 01

- Maria da Silva Pereira, viúva de Francisco de Oliveira Galante
- Miguel Carlos de Oliveira
Data - 27 de novembro de 1826
Local - São João del Rei

Fl.03

Diz Maria da Silva Pereira, viúva de Francisco de Oliveira Galante que por falecimento deste se procedeu a Inventário pelo Juízo de Fora da Vila da Campanha por serem os herdeiros maiores de vinte e cinco anos, e se haver sepultado da ponte d'além do Rio Verde e no Termo daquela Vila o mesmo falecido Galente; porém opondo-se ao procedimento do dito Inventário Miguel Carlos de Oliveira um dos filhos mais velhos da suplicante com exceção declinatória por ser o mesmo falecido morador no Termo desta Vila (...)

Fl.05

Procuração
Procuradores nomeados - Gomes da Silva Pereira; João Rodrigues Silva; Florêncio Antonio da Fonseca; Manoel da Costa Souto; Manoel da Silva de Gouveia; Jacinto Ferreira Fontes; João de Faria Silva; Luís da Cunha Barros.
Data - 18 de novembro de 1826.
Local - Aplicação do Espírito Santo da Varginha, em casa de morada de João Pereira de Carvalho.
Que faz - a viúva Maria da Silva Pereira, moradora no Rio Verde. Termo da Vila de Campanha.

Observação: Edriana, transcreve com caneta na cor vermelha, o seguinte: "mãe move uma ação contra o filho, fl. 07"

Fl.07

Procuração
Procuradores Nomeados - Doutor Bernardo Leite de Faria e Souza Thoar; Florêncio Antonio da Fonseca; Manoel da Costa Souto; Sargento-mor João Rodrigues Silva; Antonio José de Oliveira Barreto; Luís da Cunha Barros; Joaquim Bibiano Soares Batista; Manoel da Silva de Gouveia.
Data - 28 de novembro de 1826
Local - São João del Rei
Que faz - Miguel Carlos de Oliveira, morador na beira do Rio Verde desta Vila.

fl.14

Bens
- Em dinheiro corrente - 32$640
- Ferro velho; gancho de balança
- 02 tachos; cobre velho
- truquês; martelo; 3 enxadas; 1 machado; 1 formão; 1 serra de carpinteiro; 1 carro-velho; um lombilho de amansar
- 30 cabeças de porcos de criar
- 04 cangalhas
- 02 mulas; 01 cavalo; 02 machos (burros)
- 9 escravos

Fl.16v

Bens de Raiz
- Uma morada de casas sitas na Vila da Campanha na Rua da Prata
- Uma morada de casas sitas na Varginha do Termo de São João.

Dotes
-à filha Inácia, mulher de Manoel José da Silva
-à filha Florênciafl.

Fl. 17

Dívidas Ativas
- o herdeiro Manoel José da Silva, marido da herdeira Inácia 34$800
- o herdeiro Miguel Carlos de Oliveira 91$200
- Caetano da Silva 9$600
- José de Mendonça 14$000
- Miguel da Silva 8$400
- Francisco Cardoso da Cruz 909$481
- Miguel Vieira Monteiro 9$200
- José Cardoso 200$000
- Luís José da Costa 142$000
- Maria Madalena Teixeira 4$900

Fl.17v

Sobre os bens de raiz
- A casa sita na Rua da Prata na Vila de Campanha partem de um lado com casas de Miguel Rodrigues Caetano e por outro com casas de Thomé Luís da Motta, com seu quintal 48$000
- as casas da Varginha 26$0001.

fl.62

Dívidas Passivas
- no Registro de Cabo Verde por quintos 21$900
- Gaspar José de Paiva 3$112
- Luís Alves Taveira 2$400
- Manoel Batista da Costa $600
- João Evangelista Pereira $675
- Antonio Caetano Lima 1$800
- Manoel Pinto Ribeiro 1$280

Fl.99

Dizem Manoel José da Silva, testamenteiro de sua sogra Maria da Silva Pereira e herdeiro da mesma por cabeça de sua mulher Inácia Maria de Oliveira (...)

continua...

Projeto Partilha - Leonor Rizzi

Próxima matéria: O testamento de Maria da Silva Pereira - 2ª parte
Artigo Anterior: Edriana Nolasco, onde tudo começa.

1. herdeiro Miguel Carlos de Oliveira apreendeu os bens por meio de sequestro.

Comentários

Anônimo disse…
Terceira é última parte do referido Inventário:

Fl.102v. (...) da venda do escravo ao dito João Paes de Almeida com cujo dinheiro estou me suprindo e as despesas do segundo inventário ainda a dever me apertencer sessenta e tantos mil réis que segundo se diz depois de ir à Praça a Fazenda do capitão ANTONIO RIBEIRO DA COSTA CALDAS e se rematar e se recolher o dinheiro ao cofre daí há de cair para mim sessenta mil réis mais ou menos meus testamenteiros queiram arroigar ai esta cobrança e declaro metade deste dinheiro como alguns mais dos meus bens aplico para liberdade de Marcelina crioula que está em poder do dito meu filho e meus testamenteiros cuidarão dela com caridade para sua liberdade.
Declaro que minha última vontade que a crioula Eva e seus filhos Anacleta e Luís; e Graciana filha da filha de Florência cabra fiquem forros e libertos que depois do meu falecimento se lhe entregarão suas cartas de liberdades que ficam passadas e hão de ficar as ditas cartas em mãos e poder de meus testamenteiros para assim cumprirem.
Declaro da mesma forma que depois de cumpridos os meus legados e disposições o restante pouco ou mais que ficar instituo por minhas afilhadas e netas filhas de Manoel José da Silva, meu genro e compadre.
E nesta forma lhe por findo este meu testamento e última vontade peço e rogo as justiças de sua Majestade Imperial dêem inteiro vigor a ele (fl.03) assim em juízo como fora dele assim como roguei a ANTONIO TEIXEIRA DA SILVA MACIEL que por mim escrevesse sendo ditado por mim e me foi lido e por achar tudo conforme ao que o ditei roguei a MANOEL PEREIRA DE CARVALHO que por mim assinasse em razão de não saber escrever assinando por testemunha o Emanuense(?). Fazenda do Corgo do Viado (Veado0, Distrito do Espírito Santo da Varginha, Termo e Comarca de São João del Rei, 11 de fevereiro de 1820. Maria da Silva Pereira. Declaro que o Reverendo Gabriel de Souza Diniz está dizendo trinta missas por minha intenção que findas se lhe pagará para dar a certidão do costume.

fl.107
Dizem Miguel Carlos de Oliveira e Manoel José da Silva por cabeça de sua mulher Francisca de Oliveira, filhos dos falecidos Francisco de Oliveira Galante e Maria da Silva Pereira que eles foram citados por este juízo a requerimento de FLORÊNCIO NUNES MACHADO e sua mulher FLORÊNCIA MARIA DA CONCEIÇÃO para ação de Libelo pela qual se pretendia habilitar a dita Florência Maria, filha natural do Pai dos Suplicantes, e havida de MARIA DA CONCEIÇÃO antes do casamento com a mãe dos suplicantes (...)
Monte Mor- 1:633$955
Monte líquido 1:607$177
Legítima para cada herdeiro563$226
Anônimo disse…
A nós todos, inseridos neste grande mutirão de busca e resgate, que envolve o primeiro morador na Cachoeira dos Rates, localizada no Ribeirão do Carmo (também conhecido localmente, como Ribeirão da Capetinga - Capitinga) - MANOEL ANTONIO RATES, seria bom consultar os:

Aportes à Genealogia Paulistana no Sul de Minas - Windows Internet Explorer.
http://br.geocities.com/projetocompartilhar

Entre muitos outros, o internauta poderá consultar os seguinte:

Gaspar José de Paiva, casado com Leonor Francisca de Jesus foram pais de Luiz José de Paiva (entre outros).
Luiz José de Paiva casou-se com Maria Gertrudes Cândida de São José (Geração no ensaio "Juliana de Oliveira Cunha"). Dona Maria Gertrudes era filha de Antonio Teixeira de Toledo e Mariana Vitória de Gouvêa. (Victória) (Gouveia), filha de Manoel Leite Ferreira e dona Antonia do Espírito Santo de Gouveia (Gouvêa), já falecidos em 1836..

Poderá ver também que,

INÁCIO BUENO DE MORAES, casado com dona Josefa Maria de Jesus, era proprietário da fazenda Boa Vista, sita às margens do Rio Verde, na Aplicação do Espírito Santo das Catandubas (Varginha), Freguesia de Lavras do Funil. Essas terras foram havidas por herança. Inácio e Josefa foram pais de dona Escolástica Maria de Jesus, natural de Campanha e casada com FRANCISCO ANTONIO DE MORAES, filho de MARIA LEITE DE MORAES e Domingos Franco de Brito. Francisco Antonio faleceu em 1813 com inventário aberto em sua fazenda, sita às margens do Rio Verde, na Aplicação do Espírito Santo de Catandubas (Varginha). Freguesia das Lavras do Funil.

O internauta verá, também, além de outras atualizações de extrema importância, a de

JOÉ JOAQUIM TEIXEIRA, filho de MARIA ROSA DE TOLEDO e Manoel Teixeira Ribeiro.

Um dia iluminado a todos.
Anônimo disse…
Olhando, e tratando com muito zelo dos dados sobre nossos ancestrais e vizinhos notamos que:

DOMINGOS RODRIGUES BARREIROS, casado com dona Jacinta Bernarda da Conceição, aparece na certidão de batizado de Joaquim, no ano de 1770 com ato registrado na ermida de São Bento do Campo Belo, como DOMINGOS RODRIGUES BARRINHAS, casado com dona Jacinta Bernarda da Conceição. O Joaquim era filho de Manoel Francisco Terra, portanto, neto de Domingos Rodrigues Barreiros.

Outro registro para Domingos Rodrigues Barreiros:

fls.37. Inv. de Joaquim José de Freitas. Ano - 1782. Cx.94. Inventariante - Francisca Maria das Chagas, a viúva. Manoel da Costa Villas Boas e Gama, em 23.02.1782, constitui procuração ao tenente DOMINGOS RODRIGUES BARREIROS, juntamente com Francisco Vieira de Souza Ferraz; Manoel Ignácio da Silva e Alvarenga; Manoel Caetano da Silva. Local - São João del Rei.

DOMINGOS RODRIGUES BARREIROS, natural de Monzelos, mercador de Lisboa, filho de Francisco Rodrigues Quinteiro e Inês Gonçalves (familiar do Santo ofício), faleceu em 1800.
Anônimo disse…
Nomes que nos levam a outros nomes. Assim, de um a um esperamos, um dia, encontrar a que família pertencia MANOEL ANTÔNIO RATES, primeiro morador do Sítio da Cachoeira, no Ribeirão do Carmo, antes denominado, Ribeirão da Capitinga (Capetinga). Neste comentário vamos ver o temos sobre JOÃO CRISÓSTOMO DAS CHAGAS, comprador do crioulinho que fora de dona Maria da Silva Pereira, mulher de Francisco de Oliveira Galante, e madrinha de Manoel, filho de Joaquina e neto de MANOEL ANTÔNIO RATES.

Cf. - Inv. de ANTÔNIO DE ARANTES MARQUES.

Cf. - MANOEL PEREIRA.

Nestes dois documentos a presença de JOÃO CRISÓSTOMO CHAGAS.

O que nos chama a atenção no Inventário de Antônio de Arantes Marques são alguns nomes já nossos conhecidos. É o caso de João Francisco Junqueira e sua mulher Ana Hipólita Villela; Francisco Antônio Junqueira,; Ana da Cunha de Carvalho.

No entanto, há, neste inventário, um dado a ser estudado com muita atenção. Ele aparece às fls.29, numa Escritura de Compra e Venda, cujo comprador é Manoel Rufino de Arantes. O mesmo dado se repete às fls.42, numa procuração que João Francisco Junqueira dá a várias pessoas, entre elas, ao próprio João Crisóstomo das Chagas. A citação, que aparece nos documentos é "FAZENDA DA CONQUISTA, digo do CAMPO GRANDE", freguesia de Baependi. (...) sita na freguesia de Aiuruoca (?)

O que nos chama atenção, é o termo "Conquista", logo a seguir corrigido como "Campo Grande", ou apenas "Conquista".
O Projeto Partilha não se deteve na dimensão territorial contida entre os limites citados pelo documento de posse do SERTÃO DO CAMPO GRANDE. Nem tão pouco aos detalhes de tal limites. Ocorreu, no entanto, em 1759, por ocasião da limpeza da área e com Bartolomeu Bueno do Prado. Parece-nos, no entanto, as referidas escrituras acima estavam dentro dos limites estabelecidos pela referida carta de 1759. Já postamos os termos do documento, no entanto, voltamos com os dados.

"Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e cinquenta e nove anos em o primeiro de novembro do dito ano em o Quilombo do Creça, aonde eu Escrivão adiante nomeado vim com o Reverendo Padre João Corrêa de Melo, Capelão da Expedição dos Quilombos e Vigário da vara das CONQUISTAS e serão do CAMPO GRANDE, e o RIO GRANDE ABAIXO, e desde o de AGOAPÉ até a BARRA DO SAPUCAÍ, e sendo aí diante das testemunhas adiante assinadas, tomou o REVERENDO VIGÁRIO DA VARA POSSE JUDICIAL e atual por comissão e ordem do Exmo. Rev. Sr. Bispo de Mariana de todas aquelas CONQUISTAS e TERRAS VERTENTES a elas; e suas adjacentes por pertencerem ao mesmo Bispado, e logo nos mais dias fez o dito Reverendo Vigário atos paroquiais em virtude das ordens do dito Senhor Bispo, que para tudo trazia, dizendo missas e administrando os sacramentos da Igreja, cuja posse tomou o Reverendo Vigário da Vara, mansa e pacificamente, sem contradição de pessoa alguma; e para de tudo constar, mandou fazer este auto de posse, em que assinou, sendo a tudo presentes o Comandante da dita Expedição Bartolomeu Bueno do Prado, e o Capitão Francisco Luís de Oliveira, Marçal Lemos de Oliveira, que todos assinaram com o dito Reverendo Vigário da Vara, e eu Manoel Carneiro Basto (?) que o escrevi e assinei. Manoel Carneiro Basto. O Padre João Corrêa de Mello, O Comandante Bartolomeu Bueno do Prado, Marçal Lemos de Oliveira.

Cf. o documento em Jurisdição dos Capitães, p.29. Autor - Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda. 2003.

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