Vergo, abismada a face encanecida E, do imenso caudal que meus olhos verteram Surgem batéis, surgem naus e caravelas ... Mas, não te vejo surgir por entre elas! Teu vulto esquivo, fugitivo, Perdeu-se nas brumas; Ou na espuma E sumiu. Minhas naus me lembram outras terras ... Entrementes embarco em uma delas E qual Diana, Princesa da Inglaterra Vou à Bósnia, Paquistão, a Maliboo ... Quanto estrago causado pelas guerras! O útero da terra, Deus o fez para gerar mais vida E que vejo eu aí? Uma enorme ferida! O homem, esse tolo - pensando ser forte - É apenas covarde, pequeno e sem sorte, Se lança no solo a semente da morte.
Vagando, caminho nos campos minados, Nos rostos, só vejo a imagem da dor, E na terra, o sangue gerando horror. Crianças chorando, no chão, mutiladas, Nos olhos ausentes, o medo, o temor. Um pouco de alento, um pouco de amor, Um fio de esperança, clamamos Senhor! Na Índia, o alento, na Índia, o amor, Na Índia a esperança de um mundo melhor: É Madre Teresa, pequena, franzina, Naquele cenário de fome, de dor, Levando alimento, levando calor! Levando esperança, lá vai! É o amor! É Lady Diana que doar-se ensina, Levando perfume, levando ternura, lá vai! É uma flor!
Projeto Partilha - Leonor Rizzi
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