Jorge Fernando Vilela, através de obra inédita a ser lançada com o nome de O Sertão do Campo Velho aprofunda o magnífico trabalho de busca e registro feito pelo professor Wanderley Ferreira de Rezende.
Por motivo que desconhecemos deixou nosso ilustre mestre de abordar temas mais polêmicos, no entanto, no capítulo I, sob o título Os bandeirantes na Boa Vista diz:
"Não é tarefa muito fácil descobrir, no fundo de um passado às vezes obscuro, a origem de povoações que nasceram e cresceram no interior do Brasil, sem que tivessem um cronista que deixasse escrita a história de seu nascimento, bem como o nome de seus fundadores. Algumas, sabemos que surgiram à beira das estradas rasgadas nos sertões e tiveram como marco inicial os ranchos de tropeiros ou aventureiros, que ousadamente penetravam o interior brasileiro, em busca de ouro ou de pedras preciosas; outras, nasceram de capelas erguidas nas fazendas antigas pelos seus proprietários, porém muitas outras apareceram, não se sabe como nem porque."
Hoje, com aprofundamento do trabalho do professor Wandico já se conhecem muitos nomes e denominações paulistas neste território da Cachoeira, onde Manoel Antônio Rattes morava com a paulista Maria da Costa Morais e sua família, no século XVIII.
Manoel Antônio Rates, o lado patriarcal da família
Rates na
Cachoeira dos Rates, morador junto ao
Ribeirão do Carmo, na
Cachoeira dos Rates, está sendo fruto de exaustiva busca pelos seus descendentes espalhados pelo Brasil e pelo mundo, conforme
http://www.familiarattes.blogspot.com/.
Na página 10 de sua obra, o velho professor deixa um alerta:
"Pois bem. Segundo tradição corrente entre os velhos cachoeirenses, Fernão Dias Paes Leme, na sua penetração em território mineiro, esteve durante algum tempo na fazenda da Boa Vista, onde deixou moradores, tornando-se assim a Boa Vista o primeiro local desta região habitado por civilizados. Mas não confundamos esta fazenda da Boa Vista com outra Boa Vista que, conforme o roteiro de Francisco Tavares de Brito, estava situada entre Pouso Alto e Caxambú."
O Projeto Partilha rende homenagens ao professor Wanderley Ferreira de Resende, que assistiu a revisão de sua obra com a tranquilidade e a passividade dos que estão convictos de sua realização. Não tinha dúvidas de que aquilo que deixou registrado correspondia ao fiel desenho da realidade que conhecia e respeitava.
Professor, descanse em Paz. Novos documentos surgiram e serão apresentados em O Sertão do Campo Velho, no entanto, nenhuma de suas referências pessoais foram derrubadas pelos documentos analisados, tanto pelo autor, quanto pelo Projeto Partilha.
Deus continue iluminando sua trajetória, prof. Wandico.
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