Pular para o conteúdo principal

O ócio é a escola onde os escravos aprendem a ofender a Deus.


Em 1705, foi publicada a obra de Benci, e ele, assim como os demais escritores de sua época, via os escravos como brutos e boçais. Acreditava, inclusive, que “ ... entre essas gentes há gente que mais tem de bruto, que de gente...1 Eram viciosos e, somente através do trabalho se conseguiria controlá-los. Com o objetivo de exemplificar, utiliza-se de uma comparação:
“... Assim como o ginete necessita de espora e o jumento do freio para serem governados, assim os imprudentes e maus necessitam da vara e do castigo para que sejam morigerados como devem, e não faltem a sua obrigação...” 2

A comparação é clara. Assim como os jumentos e os ginetes precisam do jugo e das rédeas para
serem controlados, os cativos precisariam do trabalho contínuo. O trabalho seria uma forma de domesticar o negro para que “...não se fi[zessem] insolentes e para que não bus[cassem] traças e modos com que se livr[assem] da sujeição de seu senhor, fazendo-se rebeldes e indômitos...”3
Além do que, a labuta do negro seria um descanso para o senhor: “... só trabalhando eles, pode viver descansado o senhor...” 4. O negro que trabalhasse durante o dia não pensaria em maneiras de fugir, apenas iria querer descansar à noite. O ócio era perigoso pois levava à perda de controle por parte do senhor e ao desregramento moral:

“... o ócio é a escola onde os escravos aprendem a ser viciosos e ofender a Deus... E como os pretos são sem comparação mais hábeis para o gênero de maldades que os brancos, por isso, eles com menos tempo de estudo saem grandes licenciados do vício na classe do ócio...”5

Os escravos eram também pecadores, inferiores aos brancos e portadores de uma sensualidade desenfreada. Para ele, “... Sendo os Africanos tão inclinados por natureza ao vício da sensualidade ... não faz dúvida que os etíopes excedam na lascívia. A razão desta grande propensão dos pretos à impudicícia não só lhes vem do clima quente em que nascem mas muito mais do pouco temor de Deus e pejo dos homens, que neles há...”6

Novamente, o clima quente surge como uma justificativa, dentre outras, para explicar a aparente diferença entre os negros e os brancos. Entretanto, esta suposta diferença estava cada vez menos latente. Benci, e outros antes e depois dele, afirmava que a razão da vida desenfreada que os cativos levavam no Brasil era o exemplo que partia da classe senhorial. Os cativos não tinham bons exemplos para seguirem. “... Daqui se pode inferir qual é a principal causa da escandalosa vida com que ordinariamente vivem os escravos e escravas do Brasil. Mas como não há de ser assim, se nos senhores e senhoras não vêem exemplos de cristãos, senão escândalos próprios de gentios?”7

O que se percebe do discurso de Benci é que, para ele, o cativo é um ser inferior, uma espécie de criança. Caberia ao senhor educá-lo na obediência a si e a Deus. Ao cativo, restava aproveitar esta portunidade e tornar-se um verdadeiro homem.

Trecho de um trabalho de Marcia Amantino.
Próximo Texto:
Os negros boçais e os mlatos soberbos e viciosos.
Texto Anterior: O uso ou não dos escravos segundo os primeiros religiosos no Brasil.


1 COUTINHO, J.J. da Cunha Azeredo. Análise sobre a justiça do comércio do resgate de escravos da Costa da África. In: Obras econômicas. São Paulo: Cia Ed. Nacional, 1966 p. 66
2 BENCI, J. op. cit. p. 158
3 Ibidem .p. 155
4 Ibidem
5 BENCI, J. op. cit. p. 158
6 Ibidem p. 160
7 Ibidem p. 90

Comentários

Anônimo disse…
Continuando estudar a fração que nos corresponde dentro do contexto apresentado pela dra. Márcia Amantino - O Rio Baependi, que segundo o historiador Marcio Salviano Vilela, poderiam ser cobradas taxas. Entende-se, portanto, o local com significativo movimento e, certamente, muitos comerciantes utilizavam este ponto em seu trajeto. O comércio, era o setor ligado ao primeiro morador da CACHOEIRA DOS RATES, MANOEL ANTONIO RATES e, possivelmente, a seus descendestes. A passagem no Rio Baependi não lhes deveria ser desconhecida. Vamos ouvir o que José Alberto Pelúcio nos relata em sua obra, Baependí, acerca da Vida Judiciária, informando que esta página, foi publicada com outros títulos e esclarecimentos, no DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA, de Minas, em O PATRIOTA, de Baependi, agora é colocada, sob a forma que se segue: Estudando a vida judiciária de Baependí, desde suas origens mais remotas, seguindo a ordem cronológica das comarcas que tem pertencido, dividiremos sua história, para maior clareza, em quatro fases, bem distintas, marcando-as pelas circunscrições do RIO DAS MORTES, Rio Paraibuna, RIO VERDE e Baependí.
COMARCA DO RIO DAS MORTES:(obra datada de 1942). Há incerteza sobre a data exata da criação da velha comarca deste nome, à qual Baependí esteve ligado desde seus mais antigos tempos. Feu de Carvalho, em seu útil e paciente trabalho COMARCAS E TERMOS, que tanto orienta as presentes linhas, marca a data de 1709, ou anterior, para a criação da referida comarca, "não sendo conhecido o acto ou actos que as crearam". Refere-se, nesses termos, às 3 primeiras comarcas, únicas existentes em Minas Gerais, naqueles afastados tempos: VILA RICA, RIO DAS VELHAS, RIO DAS MORTES; recorda o nome do primeiro Ouvidor Geral para o RIO DAS MORTES, substituto de outro, que morreu em caminho, o desembargador Gonçalo Baracho, nomeado a 19 de março de 1711 e empossado a 28 de dezembro de 1713.
Tinha esta última comarca, em 1711, como termo o arraial do Rio das Mortes e, 1714, o da vila de São João d´El-Rei. Em 1720, seus termos eram esta mesma vila e mais a de S. José d´El-Rei, Julgados da CAMPANHA DO RIO VERDE, AIURUOCA, SAPUCAÍ, JACUÍ, ITAJUBÁ. Desde 1815 a 1820, são termos do RIO DAS MORTES São João e São José dÉl-Rei, vila da Campanha, Queluz, Barbacena, Tamanduá, Jacuí, Baependi.
Em 1823, dela não fazia parte S. José d´El-Rei. O distrito de S. Tomé das Letras, atualmente de Baependi, esteve incorporado a S. João dÉl-Rei, no ano de 1830.
Para mostrar a extensão do termo da vila de Baependi, ainda pertencente à comarca do RIO DAS MORTES, nesse mesmo ano de 1830, mencionaremos, a seguir, seus componentes: vila e matriz de Baependí, arraial da Conceição do Rio Verde, arraial e matriz de POUSO ALEGRES, arraial do Carmo, arraial da Boa Vista, arraial do Glória, arraial de Sant´Ana do Capivari, arraial e matriz de Aiuruoca, arraial do Rosário da Alagoa, arraial do Turvo, arraial de S. Vicente e arraial dos Serranos. (Comarcas e Termos, cit.}.
Em 1833, a COMARCA DO RIO DAS MORTES compunha-se, apenas, dos termos de S. João d´El-Rei, S. José d´El-Rei, LAVRAS DO FUNIL e Tamanduá. Dela estava separado Baependi, desde 30 de janeiro. Acompanhemo-lo em sua fase nova.
COMARCA DO RIO PARAIBUNA: Pela resolução de 30 de janeiro de 1833, foi província de Minas Gerais dividida em 9 comarcas, nela incluída a do PARAIBUNA, constituída pelos termos das vilas de Barbacena, Baependí e Pomba.
Não muito viveu Baependí incorporado a essa comarca. Em 1839, a ela já não pertencia, desde 16 de março.
COMARCA DO RIO VERDE: A lei n. 134, de 16 de março de 1839, instituiu a COMARCA DO RIO VERDE, composta dos municípios de CAMPANHA, BAEPENDÍ e AIURUOCA.
Foi a mesma, de conformidade com a lei n. 202, de 1 de abril de 1841, aumentada com a vila de Três Pontas.
A lei n.464, de 22 de abril de 1850, alterou-a, ficando assim constituída: termo da CAMPANHA, BAEPENDÍ, LAVRAS, CRISTINA.
Em 1852, pela lei n.585, de 4 de maio do mesmo anos, à circunscrição DO RIO VERDE deixou de pertencer LAVRAS DO FUNIL e a ela se incorporou Aiuruoca.
Na dita comarca integrava-se Baependi, quando neste municipío se desenrolavam os acontecimentos revolucionários de 1842. A ela deixou de pertencer, desde 16 de maio de 1855.
Era sua terceira fase.
COMARCA DE BAEPENDÍ: em sessão ordinária de 8 de abril de 1854, reuni-se a Câmara Municipal de Baependí, presidida por JOAQUIM INÁCIO DE MELO E SOUSA, e enviava ao Presidente da Província, em ofício, uma representação que, por seu intermédio, devia ser apresentada à Assembléia Provincial, pedindo a criação de nova comarca. Como fundamentos da mencionada representação, alegavam-se: estar a felicidade de um país condicionada à boa administração da justiça; a improficuidade desta em demasiadas extensões jurisdicionais; dificuldades às partes, etc. A nova comarca teria como componentes: Cristina, Baependí e Aiuruoca.
A lei n.719, de 16 de maio de 1855, assim dispôs: "Art. 1 A divisão judiciária das Comarcas desta Província fica alterada pela maneira seguinte:...parágrafo 13. Os municípios de Baependy, Ayuruoca e Christina formarão a Comarca de Baependy".
Era a quarta fase, a que de início nos referimos. O decreto n.1642, de 22 de setembro de 1855, classificou a comarca como de primeira entrância, e o decreto n.1652, de 10 de outubro do mesmo ano, marcou para o Promotor Público o ordenado atual de novecentos mil réis.
Em 1865, a lei de n. 1.266, de 22 de dezembro, suprimindo a comarca do RIO VERDE, anexou a outras os municípios que a compunham, vindo o de Campanha a ser incorporado à comarca de Baependí.
No ano de 1870, restaurada a comarca do RIO VERDE, para a mesma entraram CAMPANHA E CRISTINA, retiradas de Baependí, constituindo-se esta, naquele ano, dos municípios de Baependí, Aiuruoca e Turvo. Este pertencia, em 1873, à comarca de Barbacena (lei n.2.002, de 15 de novembro).
Criado o município de POUSO ALTO pela lei n. 2.079, de 19 de dezembro de 1874, foi ele, pela mesma lei, incorporado à comarca de Baependí. Em 1876, criou-se a de PASSA QUATRO, com os temos de Cristina e Pouso Alto. No mesmo ano, a de Baependí compreendia apenas os termos de Baependí e Aiuruoca. O deste último nome foi constituir, em 1878, pela lei 2.480, de 9 de novembro, com o termo de Turvo, a comarca de Bom Jardim, ficando, desse modo, a de Baependí constituída só pelo município de seu nome.
Criado pela lei n. 319, de 16 de setembro de 1891, o município de Caxambú, e pela mesma lei anexado o distrito de Conceição do Rio Verde ao município de Águas Virtuosas, ficou a comarca de Baependí compreendendo os dois municípios: Caxambú e Baependí, o primeiro, então, com dois distritos: Caxambú e Soledade; o segundo, com três distritos: Baependí, S. Sebastião da Encruzilhada e S. Tomé das Letras. Pela última reforma judiciária, finalmente, a comarca de Baependí, perdeu o distrito de Soledade, anexado a Silvestre Ferraz.
Anônimo disse…
Emerenciana Augusta Pereira.

Tendo como testemunhas, Ovídio Alves de Gouvêa e Antonio Raynuncio de Souza, foi dada procuração aí em Carmo da Cachoeira-MG, em 13/11/1926 para se vender terras aqui no município de "Ituyutaba" (conforme consta na procuração) terras da Fazenda São Jeronymo Grande, no dito município. "A procuração que faz Zilda Alves de Andrade, no districto do Carmo da Cachoeira-MG e seu marido Thomaz Paranayba, residente no município de Três Corações". Procurador de dona Zilda foi seu marido e as terras eram herança de Emerenciana Augusta Pereira. Aí, pela genealogia, os pais de dona Emerenciana eram de Baependi-MG.
Anônimo disse…
Gratidão pelo "empurrãozinho". Conferir os dados oferecidos pelo colaborador vendo dados de Florência Maria de Jesus. http://br.geocities.com/projetocompartilhar/cap02florenciamariadejesus.htm

Arquivo

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

Carmo da Cachoeira — uma mistura de raças

Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins : Quilombo do Campo Grande , a história de Minas, roubada do povo Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas” , e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760 ”.  A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende : “Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO ”. No entanto, antecipando

As três ilhoas de José Guimarães

Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai

Diácono Romário - Ordenação Presbiterial

 A Diocese de Januária, minha família e eu, Diácono Romário de Souza Lima temos a grata satisfação de convidar você e sua família para participarem da Solene Celebração Eucarística, na qual serei ordenado sacerdote pela imposição das mãos e Oração Consecratória do Exmo. Revmo. Dom José Moreira da Silva, bispo diocesano, para o serviço de Deus e do seu povo. Dia 18 de maio de 2022. às 19h, na Catedral Nossa Senhora das Dores em Januária - MG Primeiras Missas 19 de maio às 19hs na Catedral Nª Srª das Dores 20 de maio às 19hs na  Comunidade Santa Terezinha de Januária 21 de maio às 19hs na Comunidade Divino Espírito Santo em Januária Contatos: (38) 99986-6552 e martimdm1@gmail.com Reflexão: João 21, 15 - Disse Jesus a Pedro: "Apascenta meus Cordeiros" Texto de Gledes  D' Aparecida Reis Geovanini O cordeiro é o filhote da ovelha. É conhecido como dócil, manso, obediente. É o símbolo da obediência e submissão. Apascentar refere-se a alimentar, cuidar, proteger e orientar, fu

Distrito do Palmital em Carmo da Cachoeira-MG.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira , periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade. Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela. Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.

A origem do sobrenome da família Rattes

Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul

A Paróquia Nª. Srª. do Carmo completa 155 anos.

O decreto de criação da Paróquia foi assinado pela Assembléia Legislativa Provincial no dia 3 de julho de 1857. Pela Lei nº 805 , a Capela foi elevada para Freguesia, pertencendo ao Município de Lavras do Funil e ficando suas atividades sob a responsabilidade dos Conselhos Paroquiais. O Primeiro prédio da Igreja foi construído em estilo barroco , em cujo altar celebraram 18 párocos . No ano de 1929, esse templo foi demolido, durante a administração do Cônego José Dias Machado . Padre Godinho , cachoeirense, nascido em 23 de janeiro de 1920, em sua obra " Todas as Montanhas são Azuis ", conta-nos: "Nasci em meio a montanhas e serras em uma aldeia que, ao tempo, levava o nome de arraial. (...) Nâo me sentia cidadão por não ser oriundo de cidade. A montanha é velha guardiã de mistérios. Os dias eram vazios de qualquer acontecimento." Ao se referir ao Templo físico dizia: "Minha mãe cuidava do jardim pensando em colher o melhor para os altares da Matriz

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Simpósio Filosófico-Teológico em Mariana

Aproxima-se a conclusão das obras de restauração na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, Igreja Mãe de nossa Arquidiocese. Trata-se de expressivo monumento religioso, histórico e artístico, tombado no âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A Arquidiocese de Mariana, a Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM) e o Instituto Teológico São José (ITSJ) organizam este Simpósio com o objetivo de refletir sobre os trabalhos de restauro que em breve serão entregues à comunidade, bem como debater o significado deste templo, em relação aos aspectos teológicos e sua importância artística e arquitetônica em mais de três séculos de existência. Programação : de 25 à 27 DE MAIO DE 2022 25/05/2022 – Quarta-feira Local: Seminário Maior São José-Instituto de Teologia 19h - SAUDAÇÃO INICIAL - Côn. Nédson Pereira de Assis Pároco da Catedral - Mons. Celso Murilo Sousa Reis Reitor do Seminário de Mariana - Pe. José Carlos dos Santos Diretor da Faculdade Dom