O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump
A história e a cultura da cidade de Carmo da Cachoeira neste trabalho realizado sob os auspícios de Nossa Senhora do Carmo.
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Nas Minas não obedeciam os clérigos a ninguém. Isentos da jurisdição civil, não respeitavam nem o Bispo, e os frades apóstatas não o reconheciam por seu prelado. Daí a libertinagem e a simonia e apenas um haveria menos concorrente aos gozos materiais, que a riqueza e o luxo sabem engendrar. Eram negociantes, mineiros, senhores de engenho e de escravos; mas sobretudo fatores desabusados e sem peias dos contra-bandos e extravios do ouro. As autoridades não podiam tocá-los, e em geral não havia quem mal os quisesse por esta conveniência de extraviarem o ouro para si e para os amigos".
As Minas, porém, não tiveram infância. Nasceram como a deusa de Atenas, já feitas e armadas.
O povoamento se fez com gente passando por todos os estádios de civilização, desde o elemento bárbaro dos índios e africanos, até os mais esclarecidos letrados desse tempo. Mas à revelia de toda autoridade esse período do povoamento deu largas à infinita casta de paixões, e de vícios, à licença de toda moral, de modo, que fora das leis, e dos costumes, quando veio por fim o Governador, mister lhe foi ensaiar o seu exercício, dissimulando e transigindo.
Os motins, se em grande, não se tomava deles conhecimento, se em pequenas proporções puniam-se com rigor excessivo.
Quando D. Brás chegou a São Paulo (...)".
Cada uma dessas pequenas metrópoles desenvolvia, já se disse, o seu domínio exclusivo sobre o sertão, que lhe estivesse próximo. Santos bracejava sobre o litoral até a ilha de Santa Catarina e o sertão de Patos, ramo este dos carijós que dominavam o Sul. Itu lançava-se à conquista para os sertões do Tibagi e do Uruguai. Taubaté reclamava o exclusivo poder sobre os sertões da Mantiqueira, e do rio abaixo.
São Paulo, porém, desde sua fundação exigiu para si como seus países do Tiête, e do Mogi-guaçu até Goiás e Cuiabá. Além disso pertencia-lhe, o Colégio a hegemonia. Era o centro de luzes e da civilização, o Colégio, em que se educavam os moços, ninho das idéias liberais a favor dos índios, que os potentados queriam escravizar".
As demais vilas, sujeitas visivelmente ao poder moral de São Paulo, não a estimavam. O esplendor do culto feito pelos padres da Companhia, as famílias nobres e principais que ali moravam, as artes que floresciam, o luxo dos potentados, as alegrias de liberdade, tudo isso inspirava ciúmes e inveja mas também os seus naturais abusavam pela acintosa ostentação de tanta superioridade".
MARIA RICARDINA DE REZENDE casou com JOAQUIM PEDRO DE FIGUEIREDO, Era também conhecida como Sá Marica da Figueira, mudou para as terras do marido em Três Pontas. Fazenda Figueira
FONTE SOBRE O CASAMENTO DE MARIA RICARDINA
(...Casamentos na Freguesia do Carmo da Cachoeira. Ano de 1887.
Joaquim Pedro de Figueiredo e Maria Ricardina de Rezenjavascript:void(0)de, na Igreja Matriz. Testemunhas: André Avelino de Figueiredo e outros...)
PÁGINA:
http://www.carmodacachoeira.net/2008/09/uma-famlia-na-antiga-minas-gerais.html