O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump
A história e a cultura da cidade de Carmo da Cachoeira neste trabalho realizado sob os auspícios de Nossa Senhora do Carmo.
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José Baptista Sant´Ana casou-se em Carmo da Cachoeira - MG com dona Maria Secunda Ribeiro, nascida no município de Campo Belo - MG em 1878, filha de José Luiz Ribeiro e de Maria Teodora Nascimento. Seus descendentes permanecem no Município e estão ligados a construção civil como engenheiro construtor, ao comércio, a educação, e como Juiz de Paz. No Rio de Janeiro morou um descendente desta família, o compositor e arranjador ALMIR CHEDIACK. A professora Marita, descendente desta tradicional família refere-se a João Baptista Sant´Ana com tendo ouvido dizer ser um de seus ancestrais. O documento que o Projeto Partilha dispõe e que faz menção a este possível ancestral da família é um inventário, arquivado em São João del Rey. Trata-se do Pe. José da Silva Pacheco, cujo patrimônio para sua ordenação foi feito pelo seu cunhado, Manoel Pereira de Matos, casado com sua irmã Anna de Almeida e Silva. Anna e Pe. José são portanto irmãos, filhos de Manoel da Silva Pacheco e Quitéria, irmã de Antônia Maria de Almeida que já se encontrava no Brasil e casada com Antônio Ribeiro da Silva e, moradores em Brumado. O Pe. José da Silva Pacheco, nascido cerca do ano de 1750 deixou herança aos filhos de Joaquim José de Santa Ana Passos, casado com Desidéria Maria da Silva, já falecidos em 1816. Entre os filhos do casal, João Batista de Santa Ana.
A família Sant´Ana em Carmo da Cachoeira ligou-se por laços de casamento aos "Gouveias", "Alvarengas", "Oliveira", "Garcia", "Chediack", prioritariamente. Constituiu-se num dos pilares e sustentáculos da sociedade cachoeirense, atuando junto à Comunidade Religiosa e Civil. Família que só engrandece o Município com sua participação e atuação na sociedade e na Igreja. Quem não conhece a Ninita e a Ziquinha em Carmo da Cachoeira? Para saber sobre o passado da Igreja em seus detalhes é só conversar com elas e o assunto fica resolvido.
Em nível nacional e internacional figura ALMIR CHEDIACK, compositor, cineasta e autor de trilhas sonoras, nascido no Rio de Janeiro em 1950. Sua mãe, dona Conceição Santana Chediack, nasceu em Carmo da Cachoeira - MG. Foi aqui que Almir viveu parte de sua infância. Criou a LUMIAR EDITORA, responsável pela maio contribuição à bibliografia musical do País. Falar em ALMIR CHEDIACK reporta-nos a grandes artistas a ele ligados: Nara Leão, Gal Costa, Moraes Moreira, Tom Jobim, Ary Barroso, Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e Noel Rosa. O produtor musical ALMIR CHEDIACK morreu na Região serrana do Rio de Janeiro - Petrópolis em 25 de maio de 2003.
Em Carmo da Cachoeira - MG o único Juiz de Paz em exercício é da família Sant´Ana, José Joaquim Sant´Ana, atuando desde 1969. Deste ano até 1992 com o cargo de suplente, a partir daí até nossos dias é o titular do cargo no Município.