O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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A palavra fica com CAIO PRADO:
"Ao longo de quatro séculos de história, os homens livres pobres foram marginalizados pela sociedade escravista brasileira, que lhes teria retirado as possibilidades das ocupações disponíveis. Ainda que dispostos a integrarem o mercado de trabalho, estavam impedidos porque a organização econômica da sociedade teria lhes retirado as oportunidades de inclusão. Sem possibilidade de se integrar ao mercado de trabalho e assimilados à condição de excluídos, a esse segmento populacional teria restado senão outro caminho que não fosse o crime".
Cf. Bruno Augusto Dornelas Câmara. Tema: Trabalho livre no Brasil Imperial: (...). Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Pernambuco. CFCH. História. 2005. http://www.bdtd.ufpe.br/...
28.11.1858 Rita, crioula,filha de Joaquim. Padrinhos: João Villela dos Reis e Anna Jacintha de Figueiredo.
02.12.1858 Filiciana, crioula, nascida a 10 de novembro. Padrinhos: João Alves de Gouvêa e Vitoria.
05.12.1858 Christina ou Christiana,crioula, filha legítima de João Affricano e de Generosa. Padrinhos: Joaquim Fernandes dos Reis e dona Anna Celestina dos Reis.
13.12.1858 Antonio, branco, filho de Custódio Villela e dona Jacintha Ponciana de Rezende. Padrinhos João Vilella Fialho e dona Maria Victória Branquinha. Pe. Con. Urbano dos Reis e Silva.
O último do ano de 1858 foi em 25.12. Francisco, branco, filho legítimo de Vicente Ferreira do Nascimento e Anna Antonia de Jesus. Padrinhos José Pedro Ferreira e Luciana Cândida de Jesus.
O primeiro do ano de 1859 foi Antonio, branco, filho legítimo de João Garcia Figueiredo e de dona Joaquina Cândida Branquinha. Padrinhos: cap. Francisco Garcia de Figueiredo e Maria Cândida Branquinho.
Outras referências:
11.01.1859. Evaristo, pardo, nascido em 26.10.1858, filho legítimo de José Ferreira Godinho e de Rita Antonia de Oliveira. Padrinhos: Pe. José Bento Ferreira de Mesquita e dona Ignácia Leopoldina da Costa.
11.01.1858, Maria, parda, filha legítima de Antonio Gonçalves Braga e de Emerenciana Felisbina de Jesus. Padrinhos: José Ferreira Godinho e Maria Guilhermina de Jesus.
18.01.1859 João, filho legítimo de Domingos José Pinto e Anna Alexandrina de Carvalho. Padrinhos: Ten. Coronel Antonio José Teixeira e dona Maria Benedicta dos Reis.
27.01.1859 Veríssimo, pardo, batizado pelo Pe. Agostinho José de Souza Oliveira, nascido em 15.11.1858, filho natural de Rita Joaquina. Padrinhos: José Liandro de Espíndola e Anna Lourenço.
28.01.1859 Martinho, branco, filho legítimo de Joaquim Alves de Gouvêa e de dona Anna Alves Vilella. Padrinhos: Antonio Joaquim Alves e Maria Carolina de Gouvêa..
02.02.1859 José, pardo, nascido em 07.01.1859, filho natural de Maria Christina do Nascimento. Padrinhos: Thomé Pinto Ribeiro e Anna Francisca de Jesus.
06.02.1859, branco, nascido em 15.11.1858, filho legítimo de João Campos do Nascimento e de Mequilina Maria de Jesus. Padrinhos: Pe. Joaquim e Beatris Maria de Jesus.
07.02.1859, Joaquim, pardo, filho legítimo de Pedro Dias dos Santos e Filiciana Maria de Jesus. Padrinhos: José Joaquim Dias e Maria Ferreira da Piedade.
07.02.1859 Anna, parda, filha legítima de Joaquim Rodrigues de Faria e Caetana Maria de Jesus. Padrinhos: João Ponciano Patricio e Anna Silvéria de Jesus.
07.02.1859 Mecias, parda, filha legítima de Manoel Gomes e de Alexandrina de Jesus. Padrinhos: Miguel Antonio de Carvalho e Claudina Baptista de Jesus.
13.02.1859, Pedrilha, parda, filha natural de Delfina. Padrinhos: João José do Nascimento e Rita Cândida do Nascimento.
27.02.1859 Pe. Agostinho José de Souza e Oliveirad sbatiza José, filho legítimo de João Garcia Duarte e de Iris Jacintha de Paula. Padrinhos: José da Silveira Caldeira e N. Sra. do Carmo.
06.03.1859 Maria, branca, filha legítima de Gabriel Franacisco Manso e Maria Targina. Padrinhos: Francisco de assis e Souza e Generoza América de Souza.
06.03.1859 Maria, parda. filha natural de Anna Ignácia de Jesus. Padrinhos: José Pimenta e Jesuína Maria Baptista.
07.03.1859 Maria, branca, filha legítima de Francisco de Paula Baptista e de dona Mariana Cândida de Figueiredo. Padrinhos: José Ignácio de Sant´Anna e Maria Floria de Oliveira.
10.03.1859, Thomaz. criolo, filho natural de Juliana da Costa. Padrinhos: Agostinho Marques de Arantes e Cândida Maria de Jesus.
03.04.1859 Francisca, parda, filha legítima de Miguel Antonio da Fonseca e Anna Cândida das Neves. Padrinhos: José Joaquim de Lima e Prudenciana Cândida das Neves.
10.05.1859 Manoel, pardo, filho legítimo de Joaquim Baptista Carneiro e Antonia Maria de Ramos. Padrinhos: Sirino da Costa Ramos e Maria Jacintha de Jesus.