O barão de Pati do Alferes, grande fazendeiro de café na Província do Rio de Janeiro, escrevia em 1848, acentuando a importância das tropas: Ainda em nossa Província se fazem todos os transportes às costas de bestas, e nelas se conduzem milhões de arrobas de café, açúcar, aguardente, toda a casta de legumes que vão ao nosso mercado, galinha, os toucinhos, carne de porco, os belos queijos que nos vêm das Províncias do interior, os seus algodões em tecidos e em rama, o chá que nos propicia a ver como um gigantesco ensaio, tudo, em uma palavra, vem carregando às costas destes animais, que nos trazem também o ouro de suas minas, os seus diamantes e pedras preciosas. Esta, pois, demonstrado, que sem tropa não se pode ser fazendeiro de serra-acima; custa ela tão pouco a ser montada, e importa em uns poucos contos de réis. Seu custeio traz a despesa diária de meia quarta de milho por besta, de imensa forragem, couros, sola e outros misteres. Cada lote consta de sete bestas, que conduzem regularmente 56 arrobas de peso, e que demanda um tocador, além do arreiador e seu ajudante, que superintendem todos os serviços".
"A disciplina de uma tropa é rigorosa, observa Afonso Arinos; para dirigi-la é necessária uma soma de previsão, de cuidados, uma prática e uma energia de que só podem fazer idéia justa os capitães das expedições. Não só as dificuldades próprias dos caminhos, o mau tempo, as passagens dos rios, as travessias custosas, os atoleiros, os "roladores" das serras, - mais ainda o tratamento diários dos animais, as aguadas, os pastos, os transvios, as ervas venenosas, as moléstias comuns dos cargueiros, os meios de evitá-las ou curá-las - tudo isso constitui preocupação e ocupação constante do tropeiro. E, além de tudo isto, o zelo pela carga, que é um depósito sagrado e não pode sofrer detrimento algum".
Os tropeiros de Minas que iam ao Rio preferiam entregar e receber suas cargas no porto de Estrela, à margem do rio Inhomerim, a tocar diretamente na Capital. Ainda hoje o local onde se desembarcava na Corte, vindo do porto de Estrela, se chama "Cais dos Mineiros", que foi depois o porto de Mauá.
"A disciplina de uma tropa é rigorosa, observa Afonso Arinos; para dirigi-la é necessária uma soma de previsão, de cuidados, uma prática e uma energia de que só podem fazer idéia justa os capitães das expedições. Não só as dificuldades próprias dos caminhos, o mau tempo, as passagens dos rios, as travessias custosas, os atoleiros, os "roladores" das serras, - mais ainda o tratamento diários dos animais, as aguadas, os pastos, os transvios, as ervas venenosas, as moléstias comuns dos cargueiros, os meios de evitá-las ou curá-las - tudo isso constitui preocupação e ocupação constante do tropeiro. E, além de tudo isto, o zelo pela carga, que é um depósito sagrado e não pode sofrer detrimento algum".
Os tropeiros de Minas que iam ao Rio preferiam entregar e receber suas cargas no porto de Estrela, à margem do rio Inhomerim, a tocar diretamente na Capital. Ainda hoje o local onde se desembarcava na Corte, vindo do porto de Estrela, se chama "Cais dos Mineiros", que foi depois o porto de Mauá.
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