Pular para o conteúdo principal

O Tropeiro de Carmo da Cachoeira


Poema Tropeiro de Antônio Carlos Reis da Rocha
Locução: Carlos Alberto Caldeira
Viola: Gilmar Vilela de Oliveira (Zola)
Estúdio: João Paulo Costa - DjeCia
Ilustrações: Maurício José Nascimento
Patrocínio: carmodacachoeira.net

André, o tropeiro desta história é filho de Joaquim Fernandes Reis, o Quinzinho e Mariana Reis

Certa feita, em um pouso, com a tropa a descansar
Estava André o velho tropeiro
Junto ao fogo, seu café a passar
Ia para o Rio de Janeiro
Levando produtos de Carmo da Cachoeira
Lá do interior da terra mineira

De repente um tropel de cavalo ouviu
E à sua frente um cavaleiro surgiu
Disse-lhe o homem; tropeiro, bom dia
A ferragem de meu animal pode verificar?
E apeando com elegância e fidalguia
Começou com ele a prosear

Bem à frente de sua comitiva, o cavaleiro solitário
Querendo sua saudade matar
Pede ao tropeiro para em um couro repousar

Após ter repousado
E o café do tropeiro tomado
Senta-se junto ao fogo e sua história foi contando
E após um bom tempo, sua comitiva foi chegando

Com seu jeito matreiro, educado, característica do povo mineiro
Pergunta André ao nobre cavaleiro
Quem é o Senhor que não teme andar por esta serra sozinho
Deixando sua comitiva tão longe em seu caminho?

Pelo vestir e falar não é um mateiro
O que também não condiz com a vida de tropeiro
Mas tens coragem para tamanha peripécia nestes dias.
Responde o homem ao filho do Quinzinho
Falando manso bem baixinho
Nesta vida na guerra lutei
Na linha de frente vários perigos enfrentei
Sou Luiz Alves de Lima e Silva
O Duque de Caxias

Mas de cem anos se passaram
Mas a história, as pedras, a estrada, estas ficaram...
E hoje no caminho de nobres, do Imperador, de inúmeros tropeiros
De André, dois sobrinho netos, ambos engenheiros
Trechos da mesma estrada cruzaram
A pé, de carro, quem diria...
Não conduziam mais tropa, executavam serviços de topografia!

Velho caminho para as Gerais
Fica na serra da Mantiqueira
Onde ainda hoje podemos ver de nossos ancestrais
O trabalho daquela gente altaneira

Meu avô Tozinho, como todo bom mineiro
Histórias contava e entre muitas a do Duque e o Tropeiro
Mal podia imaginar
Que neste mesmo caminho
Mesmo num trecho, uma légua e pouquinho
Um dia eu iria passar

Quando por esta serra trabalhei
E por um pedaço dele passei
Medindo, de carro, nele também pisei
Foi então que esta história me lembrei.

Comentários

Anônimo disse…
oi tunico, prazer imenso vê-lo participando do "nosso blog", me lembro de vc há muitos idos atras, se vc não se lembra de mim, vai lembrar de meus tios, seus quase vizinhos, o tio eliezer e tia cota la da fazenda ressaca.
um abração
rogerio.
Anônimo disse…
Parabéns Antonio Carlos.
Anônimo disse…
Olá Tunico. Você é cachoeirense de CORPO E ALMA. Cachoeirense não esquece sua terra, não. Obrigado por participar. Meu avô disse que conheceu sua família e pediu para eu registrar aqui isso.
Anônimo disse…
Tunico. Bela surpresa essa. Abro o blog, vejo vejo e corri chamar meu avô. Ele fala muito do Tozinho. Contou centenas de vezes a história do Duque e o Tropeiro nas reuniões familiares. Brigadão por não esquecer da gente.
Anônimo disse…
Velhos tempos. Saudosas recordações. Tunico, fui amigo de seus ancestrais. Senti a maior felicidade ao visitar esta página. Não sei mexer com essa máquina, mas aprendi datilografia nos velhos tempos. Datilografo, mas nem sei como mandar a carta que vai por este correio. Um neto fica do lado e me assessora. Quem de nós não se lembea da história do Duque e o tropeiro? Não há reunião que passe em branco, sem alguém falar dela.
Anônimo disse…
Diz Antonio Carlos(TUNICO), em carta enviada ao Projeto Partilha no ano de 2006: "Bacana saber que Carmo da Cachoeira está procurando resgatar sua história, sua memória que hoje em dia nos tem feito muita falta, pois nos é necessário saber quem somos, de onde viemos e o que deixaremos para nossos descententes".
Anônimo disse…
Antonio Carlos em telefonema me disse: "O que eu puder ajudar no resgate desta história que acredito seja muito pouco, estou a disposição".
Anônimo disse…
Antonio Carlos Reis da Rocha. Engenheiro Agrônomo. CREA - 3023 -21R Cadastro Técnico Federal - IBAMA - Consultor Técnico Ambiental. Veja em que recaiu a escolha dos dizeres no rodapé de seu papel/correspondência timbrado: "O Solo é a Pátria. Cultivá-lo é Engrandecê-la. Conservá-lo é Preservá-la para Nossos Descendentes". Eis a que tipo de consciência estamos nos referindo. O melhor de tudo, e pelo qual somos gratos ao Criador: NASCIDO EM CARMO DA CACHOEIRA, MG.
Anônimo disse…
Apareça Tunico, garoto fujão.
Anônimo disse…
Uaí, vigiando a gente de longe. Tunico, Tunico. Temos saudades.
Anônimo disse…
Epa, cliquei em saiba mais e encontrei um verdadeiro tesouro. Parabéns T. S. Bovaris. Escondendo leite, hein?
Anônimo disse…
Uaí, fui ver do que o universitário estava falando. Belo trabalho, hein?
Anônimo disse…
Quando abri o blog hoje, fiquei emocionado ao ver que uma poesia sobre uma história causou esta repercursão!!!! Ao poder retibuir a terra que na minha infância e adolescência muito me marcou, o faço com muito carinho!Gostaria de informar que os dizeres do rodapé de meu papel timbrado ("o solo é a Pátria; cultivá-lo é engrandecê-la") esta parte está nos dizeres da turma de engº agrônomos do ano de 1932 da escola de Lavras da qual faziam parte: meu pai - Aarão Soares da Rocha e meu tio - Joaquim Fernandes de Vilhena Reis. O restante, "conservá-lo é preservá-la para nossos descendentes", é de minha autoria e aproveitei para uní-los num só dizer!
Anônimo disse…
Antonio Carlos. Gratidão por tudo.
Anônimo disse…
Sou irmã de Antônio Carlos Reis da Rocha e portanto, também sobrinha neta do Tropeiro de Carmo da Cachoeira. Dedé, como ele era conhecido na família, se orgulharia muito de ler sua história, contada nesses versos, meu irmão. Daqui de Campinas, onde moro, te mando um abraço, Tonico, via Carmo da Cachoeira, nossa querida terra natal. Nascemos na fazenda do Salto, município de Carmo da Cachoeira.
Anônimo disse…
Oi, Vera Lúcia.
O Projeto Partilha sente-se honrado com a participção e presença desta ilustre e tradicional família em carmodacachoeira.blogspot.com. Continuem nos acompanhando. TS Bovaris, administrador voluntário do blog, está preparando um video clipe com esta poesia. Ela já se encontra gravada pelo nosso poeta e intérprete em Carmo da Cachoeira, Carlos Caldeira. Aproveitem para ver e ouvir, enquanto não sai o clipe do TROPEIRO DE CARMO DA CACHOEIRA, o que já foi editado: tem o Hino de Carmo da Cachoeira, com letra da prof. Maria Antonietta de Resende e interpretado pela mezzo-soprano, Maisa Nascimento, cachoeirense; tem o do Sesquicentenário, letra de Pe. Godinho e interpretação dos cachoeirenses Jovâne, Jobinho e Tiãozinho; tem uma poesia - Retrato de minha cidade, letra da filha do prof. Wandico, a Marília, com interpretação de uma garota prodígio daqui, a Fernanda(filha do Jobinho); tem a Sexta-Feira Santa deste ano de 2008, com gravação de um voluntário leigo, o prof. Diomar, cachoeirense. Enfim, o Projeto Partilha está mostrando o que a cidade tem de bom e voces são um de nossos valores de hoje. Vão navegando, enquanto aguardam o clipe baseado na poesia doe Antonio Carlos. Carlos Caldeira, intérprete da referida poesia participou e foi um dos classificados na CATEGORIA NACIONAL, no I Prêmio Solar de Literatura 2007 de Conto e Poesia. Foi a primeira edição organizada pelo Instituto Solar. Essa Família- a dos ancestrais do autor da letra TRPEIRO DE CARMO DA CACHOEIRA tem uma história de luta registrada em seus anais. Parabéns por existerem. Graças ao Criador por terem nascido neste singelo rincão, sob a proteção de Nossa Senhora do Carmo.
Anônimo disse…
Oi Tio
Os irmão eu sei ... você e meu pai: João!
Fiquei emocionado ao achar esta história na internet.

Beijos

André Rocha

Arquivo

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

Carmo da Cachoeira — uma mistura de raças

Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins : Quilombo do Campo Grande , a história de Minas, roubada do povo Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas” , e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760 ”.  A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende : “Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO ”. No entanto, antecipando

As três ilhoas de José Guimarães

Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai

Diácono Romário - Ordenação Presbiterial

 A Diocese de Januária, minha família e eu, Diácono Romário de Souza Lima temos a grata satisfação de convidar você e sua família para participarem da Solene Celebração Eucarística, na qual serei ordenado sacerdote pela imposição das mãos e Oração Consecratória do Exmo. Revmo. Dom José Moreira da Silva, bispo diocesano, para o serviço de Deus e do seu povo. Dia 18 de maio de 2022. às 19h, na Catedral Nossa Senhora das Dores em Januária - MG Primeiras Missas 19 de maio às 19hs na Catedral Nª Srª das Dores 20 de maio às 19hs na  Comunidade Santa Terezinha de Januária 21 de maio às 19hs na Comunidade Divino Espírito Santo em Januária Contatos: (38) 99986-6552 e martimdm1@gmail.com Reflexão: João 21, 15 - Disse Jesus a Pedro: "Apascenta meus Cordeiros" Texto de Gledes  D' Aparecida Reis Geovanini O cordeiro é o filhote da ovelha. É conhecido como dócil, manso, obediente. É o símbolo da obediência e submissão. Apascentar refere-se a alimentar, cuidar, proteger e orientar, fu

Distrito do Palmital em Carmo da Cachoeira-MG.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira , periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade. Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela. Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.

A origem do sobrenome da família Rattes

Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul

A Paróquia Nª. Srª. do Carmo completa 155 anos.

O decreto de criação da Paróquia foi assinado pela Assembléia Legislativa Provincial no dia 3 de julho de 1857. Pela Lei nº 805 , a Capela foi elevada para Freguesia, pertencendo ao Município de Lavras do Funil e ficando suas atividades sob a responsabilidade dos Conselhos Paroquiais. O Primeiro prédio da Igreja foi construído em estilo barroco , em cujo altar celebraram 18 párocos . No ano de 1929, esse templo foi demolido, durante a administração do Cônego José Dias Machado . Padre Godinho , cachoeirense, nascido em 23 de janeiro de 1920, em sua obra " Todas as Montanhas são Azuis ", conta-nos: "Nasci em meio a montanhas e serras em uma aldeia que, ao tempo, levava o nome de arraial. (...) Nâo me sentia cidadão por não ser oriundo de cidade. A montanha é velha guardiã de mistérios. Os dias eram vazios de qualquer acontecimento." Ao se referir ao Templo físico dizia: "Minha mãe cuidava do jardim pensando em colher o melhor para os altares da Matriz

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Simpósio Filosófico-Teológico em Mariana

Aproxima-se a conclusão das obras de restauração na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, Igreja Mãe de nossa Arquidiocese. Trata-se de expressivo monumento religioso, histórico e artístico, tombado no âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A Arquidiocese de Mariana, a Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM) e o Instituto Teológico São José (ITSJ) organizam este Simpósio com o objetivo de refletir sobre os trabalhos de restauro que em breve serão entregues à comunidade, bem como debater o significado deste templo, em relação aos aspectos teológicos e sua importância artística e arquitetônica em mais de três séculos de existência. Programação : de 25 à 27 DE MAIO DE 2022 25/05/2022 – Quarta-feira Local: Seminário Maior São José-Instituto de Teologia 19h - SAUDAÇÃO INICIAL - Côn. Nédson Pereira de Assis Pároco da Catedral - Mons. Celso Murilo Sousa Reis Reitor do Seminário de Mariana - Pe. José Carlos dos Santos Diretor da Faculdade Dom