A história e a cultura da cidade de Carmo da Cachoeira neste trabalho realizado sob os auspícios de Nossa Senhora do Carmo.
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José Joaquim Gomes Branquinho
Ancestralidade na Comarca do Rio das Mortes
Andreza Dias de Carvalho foi casada com o Capitão-Mór Domingos dos Reis Silva. Andreza aparece no inventário de sua mãe, Francisca Pereira da Silva, arquivado no Museu Regional de São João del Rei, caixa 348, data da abertura 12.12.1765, local, Freguesia de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo (Tempo ?). Às fls. 02, o inventariante, seu marido, Jacob Dias de Carvalho, declarou que:
(...) a defunta sua mulher fora natural da Vila de Taubaté, comarca da cidade de São Paulo, filha legítima de Manoel Pereira da Silva e de Joana Ayres daquela (freguesia?) e falecera nesta sua casa no dia 9 de setembro deste presente ano, sem testamento (...).
Andreza aparece citada como sendo a 4ª filha:
(...) de idade de 31 anos pouco mais ou menos, casada com Domingos dos Reis e Silva, assistente nos (?) termo da Vila de São João Del Rei, desta comarca.
Andreza e Domingos são considerados os patriarcas da Família “Reis e Silva”. Seus descendentes espalharam-se pelos Municípios vizinhos: Varginha, Três Corações, Três Pontas, Paraguaçu, Lavras, Santana da Vargem e, como no caso do seu 11º filho, o Alf. José Justiniano dos Reis, segundo José Guimarães em seu livro As Três Ilhoas e, segundo Amélio Garcia de Miranda, repetindo Ari Florenzano, o Alferes José Justiniano dos Reis era filho de Domingos dos Reis e Silva e de Andreza Dias de Carvalho. José Justiniano foi casado com sua tia Ana Teodora de Figueiredo, nascida em Aiuruoca MG. Pais de cinco filhos, nascidos na cidade de Ventania MG, atual Altinópolis (Wikipédia). Ventania foi um arraial pertencente ao termo da Vila de São Carlos de Jacuí e está a 30 quilómetros de passos.
Usando uma localização mais precisa do território onde foi morar esse descendente de Domingos e Andreza consultamos os dados apresentados no IV Simpósio LusoBrasileiro de Cartografia Histórica ISBN 978-972-8932-88-6, item 3 - Comarca do Rio das Mortes, onde encontramos a Freguesia de São Pedro de Alcântara do Jacuí. O quadro 1, p. 10 e 11, mostra, inclusive, no item Destacamentos e Guardas, “Guarda do Jacuí nas coordenadas atuais longitude 46° 44' 28" e latitude 21° 01' 01", como das coordenadas geográficas das paróquias das comarcas de Minas Gerais, segundo José Joaquim da Rocha em 1778.
Irmã do Alf. José Justiniano dos Reis, Maria Victória dos Reis Silva, nascida e batizada na freguesia do Pilar da Villa de São João Del Rei - Minas Gerais, casada na Capela de Santo Antônio da Ibertioga, filial da Freguesia da Borda do Campo, aos 16 de junho de 1776 casada com José Joaquim Gomes Branquinho, Fazendeiro, Fazenda Boa Vista, Município de Lavras do Funil, hoje Lavras, Minas Gerais.
José Joaquim Gomes Branquinho recebeu uma sesmaria de meia légua concedida por Luís Antônio Furtado de Castro de Mendonça - Visconde de Barbacena. José Joaquim era filho de José Gomes Branquinho e Angela Ribeira de Moraes, naturais da cidade de Angra - arquipélago dos Açores, Portugal. Foram testemunhas do casamento de José Joaquim e Maria Vitória, o Sargento-Mór José Ayres Gomes e Antonio Lopes da Costa. O casamento se deu na Paróquia da Catedral, Basílica de Nossa Senhora do Pilar, em São João Del-Rei.
Em 1790, a fazenda Bom Retiro dos Barreiros da Freguesia de Santana das Lavras do Funil do Termo da Vila de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes tinha entre elas suas divisas: a Fazenda Boa Vista, cujo proprietário era José Joaquim Gomes Branquinho casado com Ana Vitória dos Reis, filha do Português Domingos dos Reis e Silva, há indícios de que eram as mesmas terras dos sesmeiro Luiz Manoel da Silva casado com Inácia Fernandes dos Reis, filha de Manoel Fernandes dos Reis e Rita Maria, portanto, fazia, parte integrante da Sesmaria dos Barreiros.
José Joaquim Gomes Branquinho, sesmeiro da Fazenda Boa Vista
A Sesmaria dos Barreiros ficava no Deserto Dourado e, após a morte de Pe. José Bento Ferreira Vila Nova, em 1784, as terras se subdividiram em outras Sesmarias (cf. fls. 24, obra citada acima).
(...) padre, portanto, construiu uma vereda, expressão que se dava àquele que não era ainda do conhecimento da Coroa Portuguesa. Tornou-se o trajeto comum dos viandantes, principalmente de Campanha a São João Del-Rei. Depois de passar o Rio do Peixe, perto de Três Corações, seguia-se para Oeste, passando por Branquinho na Boa Vista (Carmo da Cachoeira) em direção à sua Fazenda Campo Formoso de onde se partia para o Ribeirão das Luminárias, alcançando a direção para São João Del-Rei, através da cava ou caveira da Venda Nova, do outro lado da Serra da Fortaleza.
O caminho a que ele se referiu sem morros nem alagadiços, era o que antes de chegar à Fazenda Serra Branca pertenceu a seu irmão e deu origem à Fazenda Pirapetinga de João Marques Padilha, por onde passou Spix e Von Martius. O alagadiço se encontrava ao passar pelo Branquinho, Joaquim José Gomes Branquinho, proprietário da Fazenda da Boa Vista, hoje Carmo da Cachoeira. (...)
Hipótese: Luiz Eduardo Vilela de Rezende, descendente de José Joaquim Gomes Branquinho, partilha conosco sua opinião sobre o assunto colocando-a em termos de uma hipótese entre outras que possam surgir. Diz ele:
Acredito que o caminho de alagadiços seja um caminho linear da Fazenda do Campo Belo, passando por Três Corações, atual LMG-862, que liga Três Corações a São Thomé das Letras.
Minha conclusão é que o caminho criado pelo padre Bento Ferreira seja o que passa por Branquinho, no Distrito da Boa Vista, pois como um profundo conhecedor da região, o caminho passando por Branquinho foge dos alagadiços. Historicamente, no rancho dos Tropeiros é um ponto que liga Carmo da Cachoeira a São Bento Abade e Lavras a Três Corações.
Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt
O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump
A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.
Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt
Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins : Quilombo do Campo Grande , a história de Minas, roubada do povo Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas” , e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760 ”. A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende : “Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO ”. No entanto, antecipando
Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai
A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira , periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade. Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela. Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.
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Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove
Trecho da obra de Otávio J. Alvarenga : - TERRA DOS COQUEIROS (Reminiscências) - A família Faria tem aqui raiz mais afastada na pessoa do capitão Bento de Faria Neves , o velho. Era natural da Freguesia de São Miguel, termo de Bastos, do Arcebispado de Braga (Portugal). Filho de Antônio de Faria e de Maria da Mota. Casou-se com Ana Maria de Oliveira que era natural de São João del-Rei, e filha de Antônio Rodrigues do Prado e de Francisca Cordeiro de Lima. Levou esse casal à pia batismal, em Lavras , os seguintes filhos: - Maria Theresa de Faria, casada com José Ferreira de Brito; - Francisco José de Faria, a 21-9-1765; - Ana Jacinta de Faria, casada com Francisco Afonso da Rosa; - João de Faria, a 24-8-1767; - Amaro de Faria, a 24-6-1771; - Bento de Faria de Neves Júnior, a 27-3-1769; - Thereza Maria, casada com Francisco Pereira da Silva; e - Brígida, a 8-4-1776 (ou Brizida de Faria) (ou Brizida Angélica) , casada com Simão Martins Ferreira. B ento de Faria Neves Júnior , casou-se
Localizado no Estado do Espírito Santo . A sede do distrito é Guaçuí e sua história diz: “ ... procedentes de Minas Gerais, os desbravadores da região comandados pelo capitão-mor Manoel José Esteves Lima, ultrapassaram os contrafortes da serra do Caparão , de norte para sul e promoveram a instalação de uma povoação, às margens do rio do Veado, início do século XIX ”.
Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul
P edro Romeiro de Campos é o ancestral da família Campos do Sul de Minas , especialmente de Três Pontas . Não consegui estabelecer ligação com os Campos de Pitangui , descendentes de Joaquina do Pompéu . P edro Romeiro de Campos foi Sesmeiro nas Cabeceiras do Córrego Quebra - Canoas ¹ . Residia em Barra Longa e casou-se com Luiza de Souza Castro ² que era bisneta de Salvador Fernandes Furtado de Mendonça . Filhos do casal: - Ana Pulqueria da Siqueira casado com José Dias de Souza; - Cônego Francisco da Silva Campos , ordenado em São Paulo , a 18.12. 1778 , foi um catequizador dos índios da Zona da Mata ; - Pe. José da Silva Campos, batatizado em Barra Longa a 04.09. 1759 ; - João Romeiro Furtado de Mendonça; - Joaquim da Silva Campos , Cirurgião-Mor casado com Rosa Maria de Jesus, filha de Francisco Gonçalves Landim e Paula dos Anjos Filhos, segundo informações de familiares: - Ana Rosa Silveria de Jesus e Campos , primeira esposa de Antônio José Rabelo Silva Pereira , este nascido
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