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Navio Negreiro por Ana Paula da Silva Benedito

Fragmentos de Navio Negreiro do poeta Castro Alves interpretado por Ana Paula da Silva Benedito, gravado no Estúdio DjeCia, dirigido por João Paulo Costa por ocasião do lançamento de CD comemorativo ao Sesquicentenário da Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Carmo da Cachoeira, Diocese da Campanha, Minas Gerais.

As festividades ocorreram no ano de 2007, quando a sociedade civil e religiosa, de mãos dadas, abraçou o projeto cultural de valorização de nossas produções e contribuiu para proteger e valorizar as coisas de nossa terra. Foi a forma por nós encontrada de construir uma comunidade e um país melhor.

Trouxemos Castro Alves para fazer parte do CD comemorativo como forma de manifestar nossa gratidão  aos que por aqui passaram e viveram a época que antecedeu ao que, historicamente, chamamos de “Deserto Desnudo”, isto é, a época em que houve a intervenção do Cap. Antônio Francisco França nos Quilombos do Campo Grande, segundo apontamentos gerados a partir das atas da Guardamoria de Carrancas, em especial a de 13.11.1760.

O mapa dá a localização dos quilombos atacados em 1758, 1759 e 1760. Oferece, ainda, a localização de quilombos atacados em 1743, a exemplo dos quilombos da região de Três Pontas (cf. O Mapa do Campo Grande, fls. 318, Tarcísio José MartinsQuilombo do Campo Grande - História de Minas que se Devolve ao Povo, Contagem: Santa Clara Editora, 2008).

O Quilombo do Gondu

O mapa de todo Campo Grande, segundo França, apresenta dois afluentes esquerdos do Ribeirão do Cervo. O primeiro deles é o ribeirão do Couro do Cervo, fls. 437. O Quilombo do Gondu (Gondun ou Gondim) é apontado nesta região. Aí, o quilombo povoado com 80 casas, no entanto, não consta do referido mapa a indicação de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado. Segundo mapa topográfico de 1969, o ribeirão do Couro do Cervo, apontado pelo mapa do Campo Grande, é o ribeirão do Carmo.


Aos quilombolas que fizeram a história deste rincão na época em que estava aqui instalado o Quilombo Gondu, nossa eterna e profunda gratidão.

Irmãos, ajoelhados diante do Criador e do Universo lhes pedimos perdão.

Mapa de Campanha de 1760



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