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Hino do Sesquicentenário de Carmo da Cachoeira

Letra: Padre Dr. Antônio de Oliveira Godinho .
– 3 de julho de 1957 -


Há cento e cinquenta anos atrás
Nesta terra mineira
Procedeu-se ao batismo
De Carmo da Cachoeira.

Um ranchinho de barro,
A ermida pequenina,
À beira de uma estrada
No alto da Colina.

E a Senhora do Carmo
Com seu manto de amor
Estendia seus braços
Sobre os campos em flor.

Estribilho

O!! Cidade Querida,
Neste teu sesquicentenário,
Teus filhos te auguram:
“Feliz aniversário!”

O ranchinho cresceu,
A ermida é matriz,
Abrigando em seu seio
Este povo feliz.

Da família mineira
Já entramos na história,
São cento e cinquenta anos de lutas,
E cento e cinquenta anos de glórias.

Ó Senhora do Carmo,
Ó Gentil Padroeira,
Serás sempre a Rainha
De Carmo da Cachoeira.

Irmanados na fé
A nós todos legada,
Cachoeirenses, de pé!
Para a nova Jornada.

Vídeo do Hino do Sesquicentenário do Município de Carmo da Cachoeira

Música: Jovane e Tiãozinho - Teclado: Jobinho - Partitura: Rôcival Alves Ferreira

A história por trás do Hino do Sesquicentenário

A poesia foi escrita originalmente para as comemorações dos 100 anos de Carmo da Cachoeira e foi adaptada para as festividades dos 150 anos da cidade, em homenagem a memória de seu autor,  o Padre Godinho.

Padre Antônio de Oliveira Godinho nasceu em 23 de janeiro de 1920, em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, filho de José Godinho Chagas e Albertina de Oliveira Godinho. Sacerdote e professor universitário, doutor em Filosofia, Teologia e Direito, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Iniciou sua vida pública em São Paulo, como deputado estadual exercendo seu mandato de 1959 a 1963, pela legenda da União Democrática Nacional (UDN). Consecutivamente, foi eleito deputado federal para dois mandatos, 1963 a 1967, e 1967 a 1971, numa coligação da UDN com o Partido Democrata Cristão (PDC) e o Partido Rural Trabalhista (PRT).Como deputado federal destacou-se pela eloquência e erudição na oratória.

Desempenhou várias missões oficiais, tendo sido Observador Parlamentar à 45ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, em 1964, mantendo-se no parlamento até 7 de fevereiro de 1969 quando teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. Após esse prazo, em 1979 com o fim do bipartidarismo, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Padre Godinho foi autor do livro de memórias Todas as Montanhas são Azuis, reminiscências de infância e juventude, até os dias difíceis da Segunda Guerra, período este que passou em Roma, ocupada pelos alemães. Publicou também Catolicismo, comunismo e outros assuntos (1947). Durante o tempo em que foi perseguido pelo Regime Militar traduziu do italiano para o português diversos autores, entre eles: Pier Paolo Pasolini e Alberto Moravia  devido a sua condição politica assinava sob diversos pseudônimos. Mesmo antes da cassação, ainda em 1962 já havia traduzido do latim a Encíclica Mater e Magistra.

Padre Godinho foi diretor do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Godinho faleceu em São Paulo, em 17 de outubro de l992.

O registro do Hino no MinC

Hino do Sesquicentenário de Carmo da Cachoeira  (partitura e música) está registrado no  Escritório de Direitos Autorias da Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura sob o nº 453.766, no Livro 852, às Folhas 426.

Dados do requerente: Sebastião de Jesus Mariano, Tiãozinho Mariano (autoria)
Outras personalidades vinculadas a obra: Jovane Garcia Pereira (autoria)

Para constar lavra-se o presente termo nesta cidade do Rio de Janeiro, em 10 de março de 2009, que vai assinado pelo Responsável Técnico pelo EDA/FBN, Jaury Nepomuceno de Oliveira.





Comentários

Anônimo disse…
Porque se fala pouco dele ai na cidade? Estive aí, e ninguém fala outra coisa dele a não see que é autor da música do Sesquicentenário. Vou até olhar no catálogo telefônico e verificar se tem nome de rua com seu nome. O que estranho nessa cidade é isso, apagaram seus personagens.
Anônimo disse…
Porque se fala pouco dele ai na cidade? Estive aí, e ninguém fala outra coisa dele a não see que é autor da música do Sesquicentenário. Vou até olhar no catálogo telefônico e verificar se tem nome de rua com seu nome. O que estranho nessa cidade é isso, apagaram seus personagens.
Anônimo disse…
Em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais há uma travessa com o nome: "Padre Godinho". Fica entre denominadas como homenagem a Presidentes da República do Brasil. São elas, Rua Presidente Antonio Carlos Ribeiro de Andrada e Rua Presidente Artur da Silva Bernardes. É uma rua extremamente bela, onde o verde é valorizado. Passa ao lado das terras do preservacionista JOSÉ DA COSTA AVELLAR. Há um bosque hoje formado e plantado por ele, alguns anos antes de sua morte. As manhãs e finais de tarde o espaço torna-se palco para um verdadeiro espetáculo de dança ofertado aos pássaros que se regozijam em verdadeira sinfonia. Daí, avista-se o Morro, que aparece citado em muitas escrituras, no seguinte termo: "atrás do Morro". Aos pés do MORRO, terras de descendentes dos "Alves Costa", vizinhos da família "Oliveira", da "CHÁCARA". Terras vendidas, para que se formasse o Bairro São José Operário, versado por Lúcia Ribeiro Veiga Lima e partilhado com os internautas de carmodacachoeira.blogspot.com

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