Manoel Antonio Rates
Teria ele sangue cigano?
Seria um cigano de sangue?
Ampliando o diálogo com Joelma Rates
Agradecemos a presença de Joelma como visitante e colaboradora em nossas páginas. Ela se coloca à disposição como interlocutora, dizendo:
Quem quiser falar comigo, sou ruiva. Meu face é Joelma Rates.
Segundo o relato deixado em uma de nossas páginas, Joelma diz ser bisneta de Rattes. O ramo a que pertence tem origem francesa e espanhola. Aqui, em Carmo da Cachoeira, segunda a tradição os Rates, primeiros moradores do município eram descritos como “os italianos Rates”.
Diz Joelma:
(...) meu bisavô Adalberto Ramires Rattes e o irmão Pedro Rattes Fernandez eram filhos de Deodora Fernandez e vieram para o Brasil (...). A família era toda de circo. Tenho confirmado que os Rattes são ciganos na França e Espanha com cigano de sangue.
Estou curiosa para saber o início dos Rates no Espírito Santo.
Pelo que a história nos relata sobre as minas de ouro chamadas Gerais, por volta de 1700, tentou-se abrir novo caminho, mais curto, partindo da Capitania do Espírito Santo, porém, a Coroa vetou sua abertura, considerando que quanto menos caminhos tivessem para as Minas era melhor, para vigia-las mais facilmente.
Joelma, certamente os Rates conheciam essas veredas embora clandestinas, você não acha?
Mas, as que temos nos chegou, em dois de fevereiro do ano de 2005, no contato telefônico que fizemos com Paulo Alves Rattes. Nesse dia ele estaria viajando para os Estados Unidos. Seu retorno estava previsto para catorze do dois de 2005.
Falou-nos ele que seu bisavô, Custódio Ferreira Rattes, por volta de 1790, após um desacordo com vizinhos por questão de divisas, teria seguido com alguns colaboradores, rumo a Capitania do Espírito Santo, vindo a cavalo do Sul das Minas Gerais.
Sua mulher e outros, entre familiares e agregados, percebendo que a decisão tomada por Custódio era de caráter irrevogável, organizaram-se e deixaram o Sul de Minas. O destino era o chamado "Contestado". Fixaram residência em terra dos Caparaós, tendo passado por Alegre, chamada posteriormente Paraíba do Sul, no Espírito Santo. Queremos nos desculpar se houver equívocos. Antigas anotações costumam ir se apagando. Contamos com a colaboração da família no sentido de corrigir ou complementar dados.
Por volta do ano de 1850, Elídio Ferreira Rates, casado com Elvira de Morais Rattes, tinha vida ativa e participativa na vida da comunidade no Espírito Santo. Nós, do Projeto Partilha, não nos detivemos em aprofundar esse conhecimento de cunho particular e estritamente familiar.
Joelma, temos outra anotação, parcialmente apagada, de que Estrela do Sul ou Alegre em seus primórdios e na memória oral, registra o coronel Custódio como sendo fundador de uma cidade no Sul de Minas.
Nossa história enquanto distrito de Lavras do Funil declara como entre os primeiros habitantes, servindo de suporte e pretexto para novos povoadores a família "Silva Leme e Ferreira de Araújo".
A genealogia dos "Silva Leme" nos apresenta o nome de Cipriana Antônia Rates como sendo a sogra de Luciana Maria Rosa que, aos 19 de outubro de 1785, casou-se com Antônio Araújo de Abreu, filho de João Araújo de Abreu e Cipriana Antônia Rates. Confira: genealogia dos Lemes, Tomé Martins Ribeiro, natural de Santo André do Sobrado, bispado de Arraifama de Souza.
Tomé Martins Ribeiro, referenciado em 1801, teve filho natural com Maria Correa de Santa Ana.
Luciana Maria Rosa e Antônio Araújo de Abreu casaram-se na cidade de Campanha da Princesa. — ver ancestrais em José da Silva Leme, casado com Rosa Maria Goulart, sesmeiros no Palmital.
Lembre-se Joelma, bandeirantes paulistas tem um perfil irrequieto, de busca constante. Assim, época aqui, ora ali.
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