Encerramento da festa com carreata celebrativa
A semana de encerramento da novena que aconteceu de 7 a 15 de julho foi rica em celebrações e reflexões. O momento em que vivemos hoje é muito delicado. Circunstâncias mil nos bombardeiam. No entanto, não devemos nos esquecer de que, quanto mais intenso o desafio maior o poder da graça. Que essa lembrança possa ser mantida no painel de nossas mentes.Certamente, as infinitas graças que estão à nossa disposição instalar-se-ão em nossos corações tornando-nos mais dóceis e susceptíveis aos sofrimentos generalizados.
Oremos:
Infinitas graças vos damos, ó Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos maternais. Dignai-vos, agora e para sempre tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo.Nesse espírito de oração, ousamos nos recordar de um diálogo que mantivemos durante a semana com padre Ivan, administrador da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na cidade de Carmo da Cachoeira em Minas Gerais.
Em síntese, seria o caminho que ele entende como sendo o ideal de ajuda para enfrentamento em tempo de crise. Diz ele, referindo-se à UNIDADE, tão insistentemente buscada pelos que seguem os ensinamentos contidos no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A unidade permite que as pessoas atuem como corpo, apesar dos diferentes pontos de vista, da separação física e do ego humano. Essa união conserva e respeita a pluralidade, convidando todos a contribuir, a partir de suas diferenças, como uma comunidade de irmãos e irmãs preocupados uns com os outros.
Deu ele um exemplo: veja o desafio que nos é colocado — adaptação do antigo prédio da Igreja Matriz, construído em 1919, às exigências estabelecidas pela lei em relação à acessibilidade, num momento difícil, quando a pandemia da Corona vírus toma todas as dianteiras.
Realmente, cada comunidade, cada pastoral, cada grupo de oração, cada movimento, enfim, cada cristão deve voltar seus olhos para a mesma direção e contribuir à sua forma para a realização do objetivo proposto.
Pedimos a Nossa Senhora do Monte Carmelo que nos ajude no cumprimento de tão nobre ideal — adaptação do espaço físico para que todo aquele que, com suas limitações possam participar com dignidade das atividades propostas no calendário religioso.
No dia 16, a Senhora do Carmo saiu às ruas da cidade após missa das 18 horas. Sob forma de carreata, é claro. Não podemos nos esquecer de que a covid-19 ronda nossas casas e, estamos convictos de que ela é uma visita não grata.
Sai então a Mãe a nos abençoar. Ela fez um giro percorrendo as ruas. Passou em todas as comunidades urbanas. Cada uma delas, manifestando a homenagem à sua maneira. Todas, no entanto, visando a UNIDADE que a Igreja e o Município propõe para esse dia.
Debruçaram-se sobre o belo tema e o fizeram acontecer. Foi uma exposição destemida dos valores sacrossantos presentes em cada morador dessa tão querida e amada cidade.
Foi a forma alternativa encontrada de homenagear nossa padroeira e cumprir decretos limitadores visando preservar vidas humanas.
Graças vos damos ó Mãe, pelo seu SIM diante da manifestação do anjo na anunciação. A carreata mostrou a organização espontânea de cada família e sua forma de resposta, colaborando assim para a bela sinfonia exigida para o momento de dor e sofrimento a que estamos submetidos. Foi o grito há quase dois anos abafado no peito e que pode hoje ser manifestado. Foi quando, em uníssono, homenageamos Nossa Senhora do Carmo como padroeira de uma comunidade formada por comunidades de irmãos e irmãs em suas diversidades.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
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