Pular para o conteúdo principal

O Poder Simbólico dos Tapetes de Corpus Christi


Explorando o Significado Profundo dos Tapetes na Celebração de Corpus Christi

Significados dos tapetes de Corpus Christi vão além da beleza visual. Eles encapsulam a essência da fé cristã, mostrando o sacrifício e amor de Jesus. Cada elemento é cuidadosamente escolhido. Conheça as mensagens por trás dos tapetes produzidos pela Comunidade São Pedro de Rates da Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Carmo da Cachoeira, na Diocese da Campanha, para a procissão de Corpus Christi de 2024.

Intercalando com os significados de cada imagem, cujo significado será explicado, serão distribuídas três fotos tiradas por Israel Pereira de Souza da procissão e da Missa Solene realizadas pela Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo.

No final do artigo, há dois vídeos. O primeiro mostra o trecho confeccionado pela Comunidade São Pedro de Rates, e o segundo exibe toda a extensão decorada no entorno da paróquia. Finalizando, há um "in memoriam" com uma fotografia de Malvina Demarqui Rizzi junto aos tapetes em 2012.



O Sangue de Cristo derramado na Cruz

O primeiro tapete da procissão de Corpus Christi em 2024, em Carmo da Cachoeira, representou uma uva, presente na Última Ceia e na Eucaristia, é um símbolo rico e multifacetado, representando o sangue de Cristo, a aliança de Deus, a união com Cristo, a vida eterna e a comunidade cristã.

  • O Sangue de Cristo
    • A uva, ao ser esmagada para produzir vinho, simboliza o sangue de Jesus Cristo derramado na cruz. O vinho consagrado na Eucaristia, feito a partir do suco da uva, representa o corpo e sangue de Cristo, oferecidos como sacrifício pela redenção da humanidade. "Este é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para o perdão dos pecados" (Mateus 26:28).
  • A Unidade com Cristo
    • Durante a Última Ceia, Jesus ofereceu aos seus discípulos pão e vinho, dizendo: "Tomai, comei, isto é o meu corpo... Tomai, bebei, isto é o meu sangue" (Mateus 26:26-28). Ao compartilhar o pão e o vinho, Jesus estabeleceu a Eucaristia, um sacramento que representa a união íntima entre o fiel e Cristo. Através da Eucaristia, os cristãos participam do corpo e sangue de Cristo, fortalecendo sua fé e recebendo a graça divina.
  • A Vida Eterna
    • A uva, por ser uma fruta que cresce na videira, simboliza a vida eterna prometida por Deus aos seus fiéis. Jesus disse: "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma" (João 15:5). A videira representa Cristo, e os ramos representam os cristãos. Ao permanecerem unidos a Cristo, os cristãos recebem a vida divina e a promessa da ressurreição.
  • A Comunidade Cristã
    • No contexto do Corpus Christi, a uva também simboliza a comunidade cristã. Assim como as uvas são unidas em um cacho, os cristãos são unidos em Cristo, formando um só corpo. "Pois assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também é Cristo" (1 Coríntios 12:12). A Eucaristia une os fiéis no compartilhamento do corpo e sangue de Cristo, fortalecendo os laços de comunhão e fraternidade entre os membros da comunidade cristã.


A Cruz da Esperança e Redenção

O segundo tapete da Celebração de Corpus Christi nos apresenta uma cruz sobre um fundo verde, carregado de simbolismo católico. A cruz, um dos mais poderosos e importantes símbolos da fé cristã, representa a crucificação de Jesus Cristo, o evento central da nossa fé.

A combinação da cruz com o fundo verde nos lembra que a morte de Jesus não foi o fim, mas o começo de algo novo. Sua morte nos deu a chance de ter uma vida nova, livre do pecado e da morte.

A Crucificação: Ato de Humilhação e Amor

A crucificação de Jesus foi um ato de extrema humilhação e sofrimento. Condenado à morte por um tribunal romano, Jesus foi pregado em uma cruz de madeira, morrendo em meio a grande dor. No entanto, este ato foi também a maior expressão de amor e sacrifício. Jesus morreu para redimir os pecados da humanidade e abrir as portas do céu, oferecendo-se em amor incondicional por todos nós.

Símbolos da Cruz na Tradição Católica

  • O Amor de Deus por Nós:
    • A crucificação de Jesus é a maior prova do amor de Deus por nós. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Este amor é uma fonte constante de inspiração para vivermos uma vida de amor e serviço.
  • A Redenção dos Nossos Pecados:
    • A morte de Jesus na cruz nos redimiu dos nossos pecados, nos proporcionando a chance de uma vida eterna com Deus. “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça” (1 Pedro 2:24).
  • A Esperança da Vida Eterna:
    • A ressurreição de Jesus nos dá a esperança de que um dia também ressuscitaremos e viveremos para sempre com Deus. “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25). A cruz é, portanto, um símbolo poderoso que nos lembra do amor, do sacrifício e da esperança que Deus nos oferece.

Fundo Verde e Branco: Vida e Pureza

O fundo verde do tapete simboliza a vida e a esperança. O verde é a cor da renovação e da promessa de uma nova vida em Cristo. Já o fundo branco simboliza a pureza, a santidade e a luz divina. A linha dourada que separa os dois fundos indica a distinção entre o mundo terreno e o mundo espiritual, lembrando-nos que, através de Cristo, somos chamados a transcender o mundano e a buscar o divino.

Círculo Dourado no Centro da Cruz

O círculo dourado no centro da cruz simboliza a glória de Deus, a perfeição e a eternidade. Este círculo pode também representar a hóstia consagrada, que é o corpo de Cristo na Eucaristia. A posição central do círculo destaca que Jesus Cristo é o centro da fé cristã e a fonte de toda vida e esperança. “Este é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim” (Lucas 22:19).



Mosaico da Esperança e Redenção

O terceiro tapete do cortejo da Celebração de Corpus Christi remete a um piso mosaico que na Cristandade tem uma rica herança artística e cultural, com profundo significado religioso e simbólico. Eles servem como um lembrete da fé, da história e da beleza da tradição cristã, conectando o passado ao presente e inspirando as gerações futuras.

Esse tapete pode ter duas interpretações distintas, ambas com enorme significado no contexto da Celebração de Corpus Christi.

Primeira Interpretação

O fundo verde representa todo o mundo. Sobre este fundo, a combinação de linhas horizontais e verticais sem fim simboliza equilíbrio e harmonia eternos. Os quadrados perfeitos representam ordem e estrutura, criando um todo equilibrado. Unindo todos esses elementos estão os pequenos quadrados vermelhos que adornam a intersecção das linhas, simbolizando cada cristão espalhado pelo mundo, mas unidos pela Santa Igreja Católica.

Elementos e Significados:

  • Fundo Verde: simboliza o mundo inteiro, representando a criação de Deus e a vida que ela sustenta. No catolicismo, o verde é também a cor da esperança e da renovação.
  • Linhas Horizontais e Verticais: representam a ordem e a harmonia eternas, simbolizando a estrutura da fé cristã que sustenta o mundo espiritual e material.
  • Quadrados Perfeitos: significam ordem e estrutura. Em um contexto cristão, representam a perfeição da criação divina e a estabilidade proporcionada pela fé.
  • Quadrados Vermelhos: Representam os cristãos espalhados pelo mundo, unidos pelo sangue de Cristo e pela Santa Igreja Católica.

Segunda Interpretação

Na segunda interpretação, o fundo verde que é a base do mosaico, simboliza a esperança e a vida nova que brota da fé em Jesus Cristo, presente na Eucaristia. Ele remete aos fiéis à promessa de vida eterna e à alegria da ressurreição. Sobre este fundo, as linhas brancas retas e paralelas simbolizam santidade, luz divina e a busca pela verdade. Na geometria sagrada, linhas representam ordem, estrutura e harmonia que estão na base do Cristianismo católico.

Elementos e Significados:

  • Fundo Verde: Representa a esperança e a nova vida em Cristo. “A esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5:5).
  • Linhas Brancas: simbolizam o caminho para a santidade, sob a luz divina, em busca da verdade. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6).
  • Quadrados: como formas geométricas perfeitas, simbolizam estabilidade, completude e perfeição, refletindo o Reino de Deus. A repetição dos quadrados pode representar a infinitude do universo e a eternidade de Deus.
  • Pontos Vermelhos: representam o sangue de Jesus Cristo derramado na cruz para a redenção da humanidade. “Este é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para o perdão dos pecados” (Mateus 26:28).


Jesus Hominem Salvator: Jesus Salvador de Homens


O tapete com cálice, hóstia, JHS e Vela Pascal serve como um lembrete da presença real de Cristo no sacramento, do amor sacrificial de Jesus e da esperança da ressurreição.

  • O Cálice simboliza o sangue de Cristo. Sua presença no tapete destaca a importância central do sacrifício de Jesus na cruz e sua conexão com o sacramento da Eucaristia.
  • A Hóstia Branca com Bordas Douradas posicionada sobre o cálice, representa o corpo de Cristo. A cor branca simboliza a pureza e a santidade, enquanto as bordas douradas remetem à realeza e à divindade de Jesus. A inscrição "JHS", abreviação de "Jesus Hominem Salvator" ("Jesus Salvador dos Homens"), reforça a centralidade de Cristo na Eucaristia.
  • A Vela Pascal acesa simboliza a ressurreição de Jesus Cristo. A chama da vela representa a luz de Cristo que vence a escuridão e a morte, trazendo esperança e salvação. A chama da Vela ilumina o tapete, simbolizando a luz de Cristo que guia e ilumina os fiéis, trazendo esperança e fé em sua vida.



O gramado do Calvário e o Véu Pascal


Cada detalhe presente neste tapete contribui para uma mensagem poderosa Eucaristica. Que esta representação artística nos inspire a viver com devoção e gratidão, sempre lembrando do sacrifício de Cristo e da esperança que Ele nos oferece.

Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos (Mateus 28:20).

  • Símbolo Central da Fé Cristã:
    • A cruz, posicionada no centro do tapete, é o símbolo central da fé cristã. Ela representa o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, onde Ele morreu para salvar a humanidade de seus pecados. A posição central da cruz no tapete destaca sua importância fundamental na fé e na celebração do Corpus Christi. Como nos lembra a Escritura: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gálatas 6:14).
  • O Gramado do Calvário
    • Conexão com o Sofrimento de Jesus: o gramado ao redor da cruz simboliza o Calvário, o local onde Jesus foi crucificado. Essa representação conecta a cruz à sua história e ao sofrimento que Jesus suportou por amor à humanidade. O gramado verde também pode simbolizar a esperança e a nova vida que brotam da morte de Jesus. Este detalhe nos lembra que da morte e do sofrimento de Cristo nasce a esperança da ressurreição: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25).
  • O Véu Pascal ou Manto da Ressurreição
    • Vitória sobre a Morte: O véu pascal, também conhecido como o manto da ressurreição, colocado sobre os braços da cruz, representa a vitória de Jesus sobre a morte. O véu branco simboliza a pureza e a santidade de Jesus ressuscitado. O movimento nas pontas do véu pode indicar a leveza e a ascensão de Jesus ao céu após sua ressurreição. Este símbolo é uma lembrança visual da promessa de vida eterna e da ascensão de Cristo: “Ele não está aqui; ressuscitou, como havia dito” (Mateus 28:6).
  • A Hóstia Dourada
    • Presença Real de Cristo: A hóstia dourada, posicionada atrás da cruz na parte superior do tapete, representa o Corpo de Cristo, presente na Eucaristia. O tamanho grande da hóstia destaca a importância da Eucaristia na fé católica e sua centralidade na celebração do Corpus Christi. A cor dourada da hóstia simboliza a santidade, a divindade e a glória de Jesus Cristo. Esta presença real é celebrada e venerada com profunda devoção: “Tomai e comei; isto é o meu corpo” (Mateus 26:26).


As Cinco Santas Chagas do Senhor Jesus

O tapete com cinco flores amarelas com capítulos brancos em um fundo vermelho vivo nos convida a meditar sobre a profundidade do amor de Cristo e o sacrifício que Ele fez por nós. Ele nos lembra das Cinco Santas Chagas de Jesus, que na tradição cristã são as cinco feridas que Ele recebeu durante a crucificação: duas nas mãos, duas nos pés causadas pelos pregos, e uma no peito, causada pela lança de um soldado romano que perfurou Seu coração. Estas chagas são um lembrete constante do sacrifício de Jesus e da profundidade de Seu amor por nós, sendo também vistas como fontes de graça e redenção para a humanidade, reforçando a mensagem central do Evangelho sobre a salvação.

  • Fundo Vermelho Vívivo:
    • Sangue de Cristo: no cristianismo, especialmente no catolicismo, a cor vermelha é frequentemente associada ao sangue de Cristo, derramado na cruz para a redenção da humanidade. Esta cor nos lembra do sacrifício de Jesus e do preço da nossa salvação.
    • Martírio: o vermelho também é a cor dos mártires, aqueles que deram suas vidas pela fé em Cristo. É um símbolo de coragem, amor supremo e fidelidade à fé.
    • Pentecostes: No contexto litúrgico, o vermelho é usado durante a celebração de Pentecostes, simbolizando o fogo do Espírito Santo que desceu sobre os apóstolos. Representa a chama da fé e a presença vivificante do Espírito Santo na Igreja.
  • Flores Amarelas:
    • Luz e Glória Divina: O amarelo, especialmente um amarelo brilhante, é frequentemente associado à luz e à glória de Deus. É um símbolo da ressurreição e da vida eterna, refletindo a esperança e a alegria que vêm com a vitória de Cristo sobre a morte.
    • Virtudes Teologais: O amarelo também simboliza a fé, a esperança e a caridade, que são virtudes fundamentais na vida cristã.
  • Capítulo Branco das Flores
  • Pureza e Santidade: Representa a pureza de coração e de intenção que todos os cristãos são chamados a buscar.
  • Ressurreição e Vida Eterna: simboliza a nova vida em Cristo e a promessa da vida eterna.
  • Presença Divina: a presença do branco no centro das flores simboliza a presença de Deus no centro da nossa vida e da nossa fé, irradiando pureza e santidade para todos ao nosso redor.


O pescador, a rede de pesca e a cruz dourada

A imagem do tapete com uma cruz dourada no topo, da qual sai uma rede de pesca com alguns peixes, possui um significado profundo e multifacetado. Na perspectiva católica, a imagem representa a salvação através de Jesus Cristo. Assim como o pescador lança sua rede e a puxa com a cruz dourada na ponta, Jesus Cristo atrai os fiéis para si através de seu sacrifício na cruz, oferecendo-lhes salvação e vida eterna. A rede simboliza a comunidade cristã que acolhe e acompanha os fiéis em sua caminhada de fé.

  • Pescador de Almas
    • Figura de Cristo: o pescador representa Jesus Cristo, o grande líder e guia dos seus seguidores na fé. Jesus chamou os primeiros discípulos dizendo: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens" (Mateus 4:19). Esta metáfora poderosa continua a ressoar, simbolizando a missão de Jesus e seu convite a todos nós para segui-lo e trazer outros para a fé.
    • Trabalho e Perseverança: a pesca é uma tarefa que requer esforço e persistência. Da mesma forma, a fé cristã exige dedicação e perseverança. O trabalho do pescador simboliza a necessidade de nos esforçarmos continuamente para viver de acordo com os ensinamentos de Cristo e para trazer mais almas ao Reino de Deus.
  • Rede de Pesca
    • Evangelho e Fé: a rede de pesca simboliza o Evangelho e a fé cristã, que se espalham pelo mundo para atrair pessoas a Jesus Cristo. Como a rede captura os peixes, a Palavra de Deus alcança e transforma corações.
    • Salvação e Conversão: a rede também representa a salvação e a conversão. Aqueles que são "pescados" pela rede são as almas que se voltam para Cristo, recebendo a salvação através de sua mensagem de amor e redenção.
    • Comunidade e União: a rede de pesca simboliza a comunidade cristã, unida pela fé em Jesus. Assim como a rede mantém os peixes juntos, a Igreja reúne os fiéis, proporcionando apoio e companheirismo na caminhada espiritual.
  • Cruz Dourada
    • Sacrifício e Redenção: a cruz dourada é o símbolo central do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, através do qual a humanidade foi redimida. A cor dourada enfatiza a preciosidade deste sacrifício e a glória da ressurreição. A cruz é um lembrete constante da nossa fé na salvação oferecida por Jesus.
    • Fé e Salvação: a cruz também simboliza a fé dos cristãos na promessa de vida eterna. Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim" (João 14:6). Esta verdade central da fé cristã é celebrada e lembrada através da cruz.
    • Vitória sobre a Morte: a cruz dourada representa a vitória de Jesus sobre a morte. Através de seu sacrifício e ressurreição, Ele demonstrou seu poder e amor pela humanidade, abrindo o caminho para a vida eterna.
  • Combinação dos Elementos
    • A combinação do pescador, da rede de pesca e da cruz dourada no tapete cria uma mensagem simbólica rica e profunda. O pescador simboliza Jesus Cristo, a rede representa o Evangelho e a comunidade cristã, e a cruz destaca o sacrifício, a redenção, a fé e a salvação. Juntos, esses elementos ilustram a missão de Jesus de atrair todos para Ele através de Seu sacrifício e amor, e a importância da comunidade cristã em apoiar essa missão.


O Cálice Sagrado: alimentando nossa fé


Neste tapete, com seus elementos simbólicos, é uma expressão da profundidade e beleza da fé católica, somos chamados a encontrar neles um convite à transformação espiritual, à comunhão com Deus e ao serviço amoroso aos outros.

  • Cálice Dourado
    • Símbolo Central: O cálice dourado, posicionado com destaque no tapete, é o coração da Eucaristia, o sacramento central da celebração de Corpus Christi. Este cálice nos lembra da presença real de Cristo no sacramento, uma presença que é uma fonte de vida e salvação para todos nós.
    • Preciosidade: O dourado do cálice nos fala da preciosidade do sangue de Cristo, derramado por nossa salvação. É um convite a reconhecer o valor infinito do sacrifício de Jesus, um ato de amor supremo que nos chama a responder com gratidão e reverência.
    • Sacrifício e Redenção: O cálice simboliza o sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que Ele nos oferece. Ao contemplá-lo, somos chamados a refletir sobre o preço da nossa redenção e a viver de acordo com esse dom inestimável, sendo testemunhas do amor de Cristo no mundo.
  • Óstia com Cruz
    • Corpo de Cristo: A hóstia branca representa o Corpo de Cristo, um mistério de fé que nos une a Ele de maneira íntima e transformadora. Na Eucaristia, recebemos Jesus em nosso ser, e essa comunhão nos fortalece para viver como discípulos dedicados.
    • Fé e Redenção: A cruz sobre a hóstia nos lembra do sacrifício de Jesus, um ato de amor que nos redime e nos oferece a vida eterna. Este símbolo nos convida a renovar nossa fé na redenção e a abraçar o caminho da cruz com coragem e esperança.
    • União com Deus: A presença da hóstia no centro do tapete destaca a união do fiel com Deus através da comunhão. Esta união é a fonte de nossa vida espiritual, alimentando-nos com a graça divina e fortalecendo-nos na caminhada cristã.
  • Dois Pães
    • Pão da Vida: Os dois pães representam o "Pão da Vida" que Jesus oferece a nós na Eucaristia. Este pão espiritual nos sustenta e nos nutre, lembrando-nos da generosidade de Deus que se dá completamente a nós.
    • Sustento e Nutrição: O pão simboliza o sustento espiritual que recebemos na comunhão, nutrindo nossa fé e esperança. É um convite a confiar em Deus como nossa fonte de vida e a buscar Nele a força para nossas jornadas diárias.
    • Multiplicação dos Pães: Os pães também podem evocar o milagre da multiplicação dos pães e peixes, uma demonstração da compaixão e do poder de Jesus. Este milagre nos ensina sobre a abundância do amor divino e a importância de partilhar nossos dons com os outros.
  • Flores Vermelhas
    • Sangue de Cristo: As flores vermelhas ao redor do tapete simbolizam o sangue de Cristo derramado por nós. Elas são um lembrete do sacrifício de Jesus, um ato de amor que nos chama a viver em gratidão e serviço aos outros.
    • Vida e Paixão: A cor vermelha também simboliza a vida e a paixão, remetendo à ressurreição de Jesus e à intensidade de Seu amor por nós. Este amor nos chama a uma vida de alegria e compromisso, celebrando a vitória de Cristo sobre a morte.
    • Beleza da Fé: As flores representam a beleza da fé católica e a alegria da celebração de Corpus Christi. Elas nos convidam a reconhecer a presença de Deus em nossa vida cotidiana e a celebrar a beleza da criação e da fé.
  • Combinação dos Elementos
    • A combinação destes elementos no tapete de Corpus Christi cria uma mensagem rica e multifacetada, celebrando a Eucaristia, o sacrifício de Cristo e a redenção da humanidade. As cores vibrantes e os elementos cuidadosamente dispostos transmitem uma profunda fé, esperança e devoção, convidando os fiéis à reflexão e à meditação sobre o mistério da Eucaristia.


A poderosa pureza do Copo de Leite


O tapete de Corpus Christi, decorado com o desenho de dois "copos de leite" ou lirio-da-paz, é uma manifestação profunda e rica de simbolismo católico. Ele nos convida a refletir sobre a pureza, a fé, a paz, a luz divina e a transformação espiritual, onde  somos chamados a reconhecer a beleza e a profundidade desses símbolos em nossas vidas, a buscar uma conexão mais profunda com o divino e a permitir que a mensagem de amor, esperança e renovação permeie nosso ser.
  • Pureza e Inocência: o "copo de leite", com sua cor branca imaculada, é uma representação poderosa de pureza, inocência e santidade. Dentro do contexto católico, essa flor está intimamente ligada à figura da Virgem Maria, mãe de Jesus. Maria é venerada por sua pureza e sua aceitação do chamado divino, sendo a mãe virginal de Cristo. Este tapete, adornado com os "copos de leite", convida-nos a refletir sobre a pureza de coração que devemos buscar em nossa jornada espiritual, inspirados pela vida da Virgem Maria.
  • Fé e Ressurreição: a forma da inflorescência do "copo de leite", que se assemelha a um lírio em forma de trompete, carrega um profundo simbolismo religioso. O lírio branco é um emblema da ressurreição de Jesus Cristo e da promessa de vida eterna. Este tapete nos lembra a fé na ressurreição e a esperança de vida além da morte. Ele nos convida a celebrar a vitória de Cristo sobre a morte e a renovar nossa fé nas promessas divinas de redenção e renovação espiritual.
  • Paz e Serenidade: as linhas elegantes e a presença marcante da flor transmitem uma sensação de paz, serenidade e quietude. No catolicismo, esses valores estão profundamente ligados à busca por paz interior, à contemplação espiritual e à conexão com o divino. Este tapete nos chama a encontrar momentos de serenidade em nossas vidas agitadas, a buscar a paz que só Deus pode proporcionar, e a refletir sobre a tranquilidade que emana da presença divina.
  • Luz Divina e Iluminação: a cor branca da inflorescência e o brilho natural da flor podem ser vistos como símbolos da luz divina e da iluminação espiritual. Este tapete, com seus "copos de leite" brilhantes, representa a presença constante de Deus em nossas vidas, iluminando nossos caminhos e nos guiando com Sua graça divina. Ele nos encoraja a buscar a luz de Cristo em nossos momentos de escuridão e a permitir que essa luz ilumine nossa jornada espiritual.
  • Transformação e Renovação: o ciclo de vida da flor "copo de leite", que desabrocha e murcha, pode ser interpretado como um símbolo de transformação e renovação. No catolicismo, essa ideia está ligada à fé na transformação da alma, na redenção dos pecados e na promessa de vida eterna. Este tapete nos lembra que, assim como a flor passa por seu ciclo de vida, também nós estamos em um caminho constante de renovação espiritual. Ele nos inspira a abraçar a transformação, confiar na misericórdia divina e acreditar na promessa de uma vida nova e eterna em Cristo.


Diversidade e Unidade: a Beleza da Criação Divina


A imagem do tapete de Corpus Christi, com suas formas geométricas coloridas, é uma expressão vibrante de unidade na diversidade, beleza da criação divina, luz de Cristo e transformação espiritual. Ela é um lembrete visual da profundidade e riqueza da fé católica, celebrando a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.

  • Diversidade e Unidade: as diversas formas e cores deste tapete representam a maravilhosa diversidade da criação de Deus. Cada peça única é como um fiel, com suas particularidades, histórias e dons. Juntas, essas peças formam um mosaico harmonioso, refletindo a unidade na diversidade que é tão querida ao coração da Igreja. Este tapete nos lembra que, em Cristo, somos chamados a ser um, apesar das nossas diferenças. Essa unidade é uma fonte de grande alegria e esperança.
  • Beleza da Criação Divina: as cores vibrantes e os padrões intricados celebram a beleza da criação de Deus. Eles nos lembram de que cada ser humano é um reflexo da criatividade divina. Cada cor e forma nos fala da multiplicidade de dons que Deus derramou sobre nós, convidando-nos a usá-los para a Sua glória e para o bem da humanidade. Sentimos, aqui, um chamado a reconhecer e valorizar a beleza em todos ao nosso redor.
  • A Luz de Cristo: os mosaicos coloridos evocam os vitrais das igrejas, onde a luz do sol transforma vidro comum em histórias de fé e santidade. Assim também, a luz de Cristo brilha através de cada um de nós, iluminando o mundo com amor, verdade e graça. Este tapete nos chama a sermos portadores dessa luz, permitindo que ela se difunda através de nossas ações e palavras.
  • Transformação Espiritual: o padrão geométrico simboliza a transformação e renovação espiritual que experimentamos na nossa jornada de fé. Assim como os fragmentos coloridos se unem para criar uma bela obra de arte, nossas vidas, quando entregues a Cristo, são transformadas e unidas em Sua graça. Sentimos aqui a esperança e a promessa de uma nova vida em Cristo, cheia de beleza e significado.
  • Reflexão da Comunidade: este tapete é mais do que arte; é um reflexo da comunidade que o criou. Cada pedaço representa uma contribuição única, essencial para a beleza e integridade do todo. Ele nos lembra que todos temos um papel vital na construção do Reino de Deus aqui na terra. Sentimos a alegria e a gratidão por pertencer a uma comunidade de fé tão diversa e bela.


Em Sintonia com o Divino: A Melodia do Espírito Santo


A imagem do tapete de Corpus Christi, adornada com a pomba branca no céu azul e nuvens brancas, transmite uma mensagem rica em simbolismo religioso. A pomba branca, como símbolo do Divino Espírito Santo, destaca a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, reforçando a centralidade da fé católica na celebração do Corpus Christi.

  • Pomba Branca: A pomba branca representa o Divino Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade na fé católica. Este símbolo é poderoso, evocando a presença de Deus que nos transforma, renova, traz paz e esperança ao nosso cotidiano. A pomba branca voando no céu é um símbolo claro da ação do Espírito Santo no mundo, guiando e fortalecendo os fiéis. Esta imagem nos lembra da constante companhia e apoio do Espírito Santo em nossa jornada espiritual.
  • Céu Azul: O céu azul é tradicionalmente associado à divindade, transcendência, paz e serenidade. Ele nos convida a olhar além do horizonte terrestre, elevando nossos pensamentos e orações ao Criador.
  • Riqueza e Beleza da Fé: As cores vibrantes e os padrões intrincados do tapete também têm um significado simbólico, representando a riqueza e a beleza da fé católica. Estes elementos visuais nos convidam a celebrar com alegria e gratidão a presença de Deus em nossas vidas.
A imagem do tapete de Corpus Christi com a pomba branca é um lembrete visual da complexa e significativa tradição do Corpus Christi. Através de seus símbolos religiosos e elementos visuais, a imagem transmite uma mensagem de fé profunda, esperança e conexão com o divino. Que esta representação artística nos inspire a buscar a renovação espiritual e a presença constante do Espírito Santo em nossas vidas, fortalecendo nossa fé e guiando-nos no caminho da santidade e do amor divino.



O potente do sacrifício de Jesus

Na imagem que fechou o trecho reservado para a Comunidade São Pedro de Rates, vemos uma silhueta de Jesus Cristo, retratado com os braços estendidos e uma auréola ao redor da cabeça. Esta imagem é um poderoso lembrete de seu papel como Salvador e Redentor da humanidade, estendendo seus braços em um gesto de acolhimento e amor infinito.

Sob os pés de Jesus, encontramos um coração, símbolo profundo de seu amor pela humanidade. Este coração está sobreposto a uma cruz, um lembrete constante e potente do sacrifício de Jesus, da sua crucificação, e da redenção oferecida através desse ato supremo de amor.

A composição geral do tapete, com suas cores vibrantes e padrões intrincados, transmite uma sensação de reverência e devoção. Esta obra de arte efêmera serve como uma manifestação visual da fé católica e da crença na Eucaristia, o sacramento em que Jesus Cristo está verdadeiramente presente no pão e no vinho consagrados.

  • Silhueta de Jesus Cristo: A figura central representa Jesus como o Filho de Deus e o Salvador da humanidade. Seus braços estendidos simbolizam seu abraço acolhedor a todas as pessoas, enquanto a auréola ao redor de sua cabeça indica sua natureza divina e sua santidade.
  • Design em forma de coração: O coração sob os pés de Jesus simboliza o amor imenso que Ele tem pela humanidade. Este símbolo também nos remete à Eucaristia, muitas vezes chamada de "Pão do Amor", representando a entrega de Jesus por nós.
  • Cruz: A cruz, posicionada na base do coração, é um símbolo universal do Cristianismo. Ela representa a crucificação e o sacrifício de Jesus pelos pecados do mundo. Sua colocação sob o coração enfatiza a conexão entre o amor de Jesus e seu sofrimento redentor.

Esta representação nos lembram que a fé não é apenas uma crença interna, mas também uma expressão externa de amor, devoção e compromisso com os ensinamentos de Jesus Cristo. Que estes tapete nos inspirem a seguir seus passos com coração aberto e fé renovada.



Vídeos cortesia: Israel Pereira de Souza



In memorian


In memorian: Malvina Demarchi Rizzi junto aos tapetes de Copus Christi 2012


Comentários

Arquivo

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

Carmo da Cachoeira — uma mistura de raças

Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins : Quilombo do Campo Grande , a história de Minas, roubada do povo Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas” , e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760 ”.  A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende : “Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO ”. No entanto, antecipando

As três ilhoas de José Guimarães

Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai

Distrito do Palmital em Carmo da Cachoeira-MG.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira , periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade. Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela. Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

A origem do sobrenome da família Rattes

Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

A Paróquia Nª. Srª. do Carmo completa 155 anos.

O decreto de criação da Paróquia foi assinado pela Assembléia Legislativa Provincial no dia 3 de julho de 1857. Pela Lei nº 805 , a Capela foi elevada para Freguesia, pertencendo ao Município de Lavras do Funil e ficando suas atividades sob a responsabilidade dos Conselhos Paroquiais. O Primeiro prédio da Igreja foi construído em estilo barroco , em cujo altar celebraram 18 párocos . No ano de 1929, esse templo foi demolido, durante a administração do Cônego José Dias Machado . Padre Godinho , cachoeirense, nascido em 23 de janeiro de 1920, em sua obra " Todas as Montanhas são Azuis ", conta-nos: "Nasci em meio a montanhas e serras em uma aldeia que, ao tempo, levava o nome de arraial. (...) Nâo me sentia cidadão por não ser oriundo de cidade. A montanha é velha guardiã de mistérios. Os dias eram vazios de qualquer acontecimento." Ao se referir ao Templo físico dizia: "Minha mãe cuidava do jardim pensando em colher o melhor para os altares da Matriz

O distrito de São Pedro de Rates em Guaçuí-ES..

Localizado no Estado do Espírito Santo . A sede do distrito é Guaçuí e sua história diz: “ ... procedentes de Minas Gerais, os desbravadores da região comandados pelo capitão-mor Manoel José Esteves Lima, ultrapassaram os contrafortes da serra do Caparão , de norte para sul e promoveram a instalação de uma povoação, às margens do rio do Veado, início do século XIX ”.

A família Faria no Sul de Minas Gerais.

Trecho da obra de Otávio J. Alvarenga : - TERRA DOS COQUEIROS (Reminiscências) - A família Faria tem aqui raiz mais afastada na pessoa do capitão Bento de Faria Neves , o velho. Era natural da Freguesia de São Miguel, termo de Bastos, do Arcebispado de Braga (Portugal). Filho de Antônio de Faria e de Maria da Mota. Casou-se com Ana Maria de Oliveira que era natural de São João del-Rei, e filha de Antônio Rodrigues do Prado e de Francisca Cordeiro de Lima. Levou esse casal à pia batismal, em Lavras , os seguintes filhos: - Maria Theresa de Faria, casada com José Ferreira de Brito; - Francisco José de Faria, a 21-9-1765; - Ana Jacinta de Faria, casada com Francisco Afonso da Rosa; - João de Faria, a 24-8-1767; - Amaro de Faria, a 24-6-1771; - Bento de Faria de Neves Júnior, a 27-3-1769; - Thereza Maria, casada com Francisco Pereira da Silva; e - Brígida, a 8-4-1776 (ou Brizida de Faria) (ou Brizida Angélica) , casada com Simão Martins Ferreira. B ento de Faria Neves Júnior , casou-se