Descentrar e transcender, para que nossos povos tenham vida Vivendo os momentos de mudança e esperança, inédito instante de provocação da Criação, como é importante nos perguntarmos sobre o mundo à nossa volta e sobre nós mesmos. A provocação da Criação do denominado vírus congelou o mundo e confinou grande parte da população mundial. A pandemia conseguiu dar uma guinada em questões consideradas estáveis, sólidas e que serviam de sustentáculos à nossa sociedade que mantinham ordenadas as relações sociais, familiares, profissionais e internacionais. O desafio está colocado e o planeta entra em crise. Necessitamos de conversão. Temos que voar mais alto ou, segundo Lucas 5-4 “vai mais para o fundo” até encontrar em si, o homem de bem, aquele que se coloca a serviço da comunidade com isenção e dignidade. O Papa Francisco ilustra o caminho para um futuro melhor através da poesia “Esperança” , de Alexis Valdés. Esperança Quando a tempestade tiver passado e as estradas estiverem amansadas e
Temos sido testemunhas de uma transformação cultural ao longo dos séculos. Mesmo diante das dificuldades recentes, vejo um espírito de esperança e otimismo emergindo, como brotos novos na primavera, rumo a um futuro cheio de promessas. Lembramos que nossa herança cultural, que sempre foi um espelho da alma humana, parece agora ser ofuscada pela velocidade vertiginosa das mudanças que vivemos. Estamos numa era em que a informação e a tecnologia, frequentemente desprovidas da essência e do vínculo com nossas raízes, estão a moldar um novo rosto para o nosso mundo. As antenas de comunicação, que se espalham por cidades e campos, são símbolos desta mudança. Notamos uma inclinação a se afastar do amor pelas nossas origens, esquecendo-se de que somos todos parte deste “pedacinho de chão”, que deu forma e sentido às nossas vidas. No entanto, graças a Deus, ainda há aqueles entre nós que mantêm aceso o amor e a devoção por este lugar, espalhando luz, amor e os valores essenciais que enobrecem