Descentrar e transcender, para que nossos povos tenham vida Vivendo os momentos de mudança e esperança, inédito instante de provocação da Criação, como é importante nos perguntarmos sobre o mundo à nossa volta e sobre nós mesmos. A provocação da Criação do denominado vírus congelou o mundo e confinou grande parte da população mundial. A pandemia conseguiu dar uma guinada em questões consideradas estáveis, sólidas e que serviam de sustentáculos à nossa sociedade que mantinham ordenadas as relações sociais, familiares, profissionais e internacionais. O desafio está colocado e o planeta entra em crise. Necessitamos de conversão. Temos que voar mais alto ou, segundo Lucas 5-4 “vai mais para o fundo” até encontrar em si, o homem de bem, aquele que se coloca a serviço da comunidade com isenção e dignidade. O Papa Francisco ilustra o caminho para um futuro melhor através da poesia “Esperança” , de Alexis Valdés. Esperança Quando a tempestade tiver passado e as estradas estiverem amansadas e
Ruas cachoeirenses iluminadas no decorrer da noite A espessa escuridão das trevas que cegavam os olhos dos homens (1 João 2:11) ficaram no passado. Nós, viventes do século 21, já nos vimos livres das trevas e da sombra da noite, já foram quebrados os grilhões (Salmos 107:14) . O escuro da noite que era uma amostra da morte, fez-me morar nas trevas como os mortos do tempo antigo (Lamentações 3:6) , ficou no passado. A noite deixou de ser escura e misteriosa em Carmo da Cachoeira, passando ela a ser um momento de descanso seguro para um novo dia. Não mais nos lembramos do poder das sombras e dos perigos e medos que passamos, desde as matas africanas no início da epopeia humana sobre a Terra há 2,5 milhões de anos, chegando aos primitivos moradores dessas terras cachoeirenses: povos primitivos, colonizadores e imigrantes forçados. A Bíblia não deixou de registrar em dezenas de trechos essa apreensão humana quanto as tão temidas trevas e a escuridão da noite: Era ao anoitecer, na hora e