Tardezinha de um sábado. No céu pululavam as pipas enfeitadas. As ruas eram desertas. O frio levava as pessoas à clausura domiciliar. Poucos carros circulavam pelas vias públicas. A criançada ia de um lugar para outro. Apenas algumas delas eram estáticas e extasiadas. Estas eram aquelas que no ar colocavam seus brinquedos voadores. Outras corriam de um lado para outro. Algumas pipas escapuliam e até se encolhiam, não querendo ir ao chão, ”derrubadas” na linguagem infantil. Havia crianças que eram especialistas em “cortes”, levando ao chão as menos controláveis e cortadoras, fazendo com que as crianças circulassem, correndo pelas ruas e ruelas e até pelas avenidas, sem conhecer perigo. Embora o perigo não percebido pelos pupilos circulantes, era temido pelos adultos, que dantes foram exímios naquelas proezas, o olhar de cada um brilhava olhando para o alto. Todos brilhavam nas suas especialidades como também brilhavam os olhares. E a tarde sabática “voava”. Rapidamente passava, ...
A história e a cultura da cidade de Carmo da Cachoeira neste trabalho realizado sob os auspícios de Nossa Senhora do Carmo.