Corruptela de: Falhei em Tudo de Fernando Pessoa
Não falhei em tudo.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Na aprendizagem que me deram.
Que levei a campo com grandes propósitos.
Onde encontrei pequenas árvores.
Mas não eram árvores, era gente igual a gente.
Que pensam, Deus, como pode haver tantos!
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Nenhum de nós veremos a luz do sol real nem acharemos ouvidos de gente?
Não falhei em tudo. Tenho sonhado e muitos me sonharam comigo.
O mundo é para quem nasce para o conquistar.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Fernando Pessoa, o poeta dos poetas
Professores agregam conhecimentos para nossas vidas. Mestres incrustam valores e saberes em nossas almas. Fernando Pessoa, o poeta dos poetas, faz parte desses dois grupos.
Cachoeirenses como Carlos Alberto Caldeira, Carmo Caldeira João Paulo Ferreira Cassiano (Popó), Maria Antonietta de Rezende, Marília de Lourdes Rezende Bittencourt, entre tantos outros no passado e no futuro, beberam e beberão desta sempre fresca fonte de saber.
A palavra fraternal é a pedra angular na formação do discípulo e com ela Fernando Pessoa sensibiliza o olhar de seus pupilos que suavizam a pressão de suas penas.
Há 134 anos as penas de todo o mundo deslizam mais suavemente por sobre os pergaminhos.
Em 13 de junho de 1888 nasceu, em Lisboa, Fernando Pessoa, que partiu em 20 de novembro de 1935, deixando como esposa a poesia, e deixou também filhos, que como ele, até hoje saem da janela, sentam-se em cadeiras e pensam: “Em que hei-de pensar?”
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