“Por isso eu te digo que tu és Pedra e sobre essa pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la”. (Mt. 16,18)
Enquanto Pedro estava na prisão a Igreja orava por ele e a festa que celebramos não só invoca a figura dele como também a de Paulo.
Desde os primórdios a Igreja considerou estes dois santos inseparáveis, embora cada um deles tenha tido uma missão diferente a cumprir, os campos foram diversos.
Pedro confessou a fé em Jesus Cristo e Paulo foi capaz de aprofundar a riqueza da fé.
Paulo é considerado o Apóstolo dos pagãos e Pedro o homem da instituição, e por isso, Pedro a pedra, Pedro a rocha, o fundamento, a base, o alicerce.
As portas do inferno nunca poderão nada contra a Igreja, uma realização do Reino dos Céus. Jesus confiou a Pedro o poder das chaves, considerado o administrador da casa, da grande família de Deus e da comunidade.
Eles tiveram carismas desiguais, mas trabalharam por uma única causa: a construção da Igreja de Cristo. As forças do testemunho os uniram na vida e no martírio.
“Um só dia é consagrado à festa dos dois apóstolos” foram palavras de S. Agostinho.
“Foram martirizados em dias diferentes, mas sempre foram considerados um só”.
“Nada os dividia, a eleição os tornou semelhantes, foram iguais” dizia Leão Magno.
“Eles foram considerados os fundadores da Igreja de Roma. O apóstolo das nações repete que tudo na sua vida é fruto da iniciativa gratuita e misericordiosa de Deus.” (ICOR. 15,9-10; Gl. 1,15). "Ele foi escolhido para anunciar o Evangelho de Deus. ”(Rom.1,1) para propagar o anúncio da graça divina que reconcilia em Cristo o homem com Deus, consigo mesmo e com os outros. “Sou o que sou pela graça de Deus”. (ICor.15,10)
No NT são treze as cartas desse homem tão importante para a Igreja e para nós cristãos. É um tesouro incalculável.
Na liturgia vemos Paulo se dirigindo a Timóteo, seu discípulo predileto e de confiança. A segunda carta a Timóteo é um verdadeiro testamento espiritual. Escrita no cativeiro onde ele previa a morte. O apóstolo pede a Timóteo dedicação sem poupar energias. “Seja fiel à doutrina e lute contra os falsos mestres”. Enquanto Paulo vai para Atenas, Timóteo é enviado com Silas a Tessalônica para fortalecer e exortar aquela comunidade.
“Quanto a mim estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, guardei a fé.” A coroa da justiça de que fala Paulo, é o símbolo da imortalidade, da vitória, da alegria e da recompensa. (II TIM. 4,8). “Por causa do sangue do cordeiro e de seu eloqüente testemunho, desprezaram a vida até aceitar a morte.” (Ap.12,11)
Diante de tudo isso o que me resta? Qual a minha relação com Jesus?
Trata-se de uma resposta pessoal, reconhecer Jesus, como Messias e como Filho de Deus.
Celebrando o dia de São Pedro, lembramos do papa, que gosta de ser chamado de bispo de Roma, Papa Francisco, tão carismático, tão simples, que passa à Igreja de Jesus Cristo, confiança e humildade, um homem pobre numa Igreja de pobres.
O primado de Pedro está sempre a serviço da unidade na fé e na caridade. Também hoje Cristo precisa de apóstolos prontos a sacrificar-se a si mesmos. Precisa de testemunhas e de mártires como São Paulo.
Na Oração Inicial, pedimos a Deus conceder à Igreja seguir os ensinamentos de Paulo e Pedro que nos deram as primícias da fé. Celebrando o dia de Paulo nos lembramos dos grandes evangelizadores como João Batista que significa: Javé foi bondoso. “Bela a missão do Filho de Isabel, anunciar a todos a bondade e a misericórdia de Deus. “Todos nós deveríamos ser João ou Joana”. (Pe.Flávio Cavalca)
Somos chamados a ser evangelizadores, imitadores e estar atentos à Palavra de Deus de tal forma que uma vez evangelizados possamos também, à moda de São Paulo, dar a vida pela Igreja de Cristo.
Diácono Adilson José Cunha
25/06/2013
Comentários