O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Saibão quantos este publico instrumento de escriptura de venda virem, que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e secenta e seis aos vinte dias do mes de abril do dito anno nesta Freguesia da Cachoeira do Carmo em o meu cartório comparecerão presentes partes havidas e contractadas (...) de nome Rita, de quatorze annos de idade, solteira natural desta Freguesia da Cachoeira do Carmo, e por que a possue livre e desembaraçada de qualquer embargo, penhora, ou hyppotheca, com tos os seus achaques novos e velhos, vende, como de facto vendido tem de hoje para sempre por (...) em moeda corrente deste Império, pelo que lhe dava (...). É tudo o que se pode ler no referido documento.