O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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HERÓICA MÃE
Autor: Dr. Rui Nogueira.
A figura da mãe, pelo que representa na geração e continuidade da vida, sempre tem sido exaltada.
Agora, existe a heróica mãe que desabrocha incrível no meio de tantas dificuldades que mais da metade da população vive, transitando na pobreza.
Ninguém pode deixar de olhar e admirar a extraordinária mulher que é a base, a alma de toda essa gente pobre.
Por conjuntura social ou pela irresponsabilidade masculina, frequentemente, não há muitas famílias estruturadas no modo clássico, mas acasalamentos eventuais.
Assim, a vida estabelece uma continuidade e uma unidade em torno da mãe que gera filhos de vários homens. Poderá haver algo de instintivo mas, por certo, ver-se-à, também, a esperança de encontrar um novo amor, profundo e definitivo. Há, também, a evidência de ser desnecessária a persistência de qualquer vínculo sem afetividade, pois, na pobreza que domina, não há propriedades ou bens a garantir para o futuro.
Apesar de toda a miséria esta mãe heróica defende seus filhos e, mesmo com fome, consegue alguma coisa para pôr em suas bocas.
Enfrenta, também, qualquer atividade com estoicismo e coragem, no objetivo de alimentar seus filhos. Sabe ser afetiva e não hesita em ir à extremos, na defesa deles. Se não tiver outro recurso vai ao lixo explorá-lo, sai vagando pela cidade catando latinhas e chega até à mendicância.
Há um grande evento, jogo, apresentação musical, rodeio e lá chega a heróica mãe carregando grandes volumes com algum produto para vender.
Já imaginou? Não é fácil trazê-los em ônibus ou outra condução, numa tentativa incerta de conseguir alguns trocados para a sobrevivência.
Quantas são diaristas, desempenhando tarefas sem garantia e saindo para trabalhar sem ter com quem deixar os seus filhos em casa.
Às vezes vai tomar conta de uma criança, numa família mais abastada e vive a angústia de ter deixado os seus filhos sozinhos.
Esta é a mãe heróica, que vai ajudar a transformar este mundo, se CONSCIENTIZANDO e CONSCIENTIZANDO seus filhos, porque tem dentro de si a virtude da SOLIDARIEDADE e do AMOR SOCIAL que só cresce entre pessoas que têm a mesma necessidade.
Que belo! Por elas o Brasil será um exemplo, o PAÍS DO SÉCULO XXI.
MÃE HERÓICA.
NINGUÉM PODE DEIXAR DE OLHAR E ADMIRAR A EXTRAORDINÁRIA MULHER QUE É A BASE, A ALMA DE TODA ESSA GENTE POBRE.
Montagem - TS Bovaris, Rícard Wagner Rizzi, Administrador do Projeto Partilha.