O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Artigo recebido em 27/06/2006. Aprovado em 22/03/2007. Disponibilizado em:
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RESUMO
O artigo trata da instituição das capelas no território das Minas Gerais, considerando a sua significação política e a sua relação com o enquadramento social da população. Procura-se avaliar essa prática de poder, desde a fundação pelos patronos coloniais até o reconhecimento eclesiástico e régio. Observando-se os laços políticos na segunda metade do século XVIII, verifica-se ainda que as capelas, mecanismos de poder senhorial e de normalização dos súditos, tinham um papel fundamental na governamentalidade do Estado, especialmente nas fronteiras.