O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Ser forte ... ... ser forte ... ser forte ...
Luiz Paulo Ferreira Nogueról, citando Augusto de Saint-Hilaire - Viagem às Nascentes do Rio São Francisco e pela Província de Goiás, São Paulo.1937, p.12, diz:
"Desde que comecei a viajar no Brasil, lugar nenhum me apresentou tanto movimento como o Porto da Estrela. Há dificuldade em nos encontrarmos uns aos outros no meio de bestas que partem ou chegam, dos fardos, dos almocreves, das mercadorias de todo gênero que se acumulam nesta povoação. Lojas bem sortidas fornecem aos numerosos viajantes aquilo de que carecem. Aliás, não existe, em volta o Porto Estrela, nenhuma habitação digna de nota; mas cultiva-se um pouco de café nos arredores. A primeira casa que se apresenta é o rancho destinado a abrigar as caravanas; é uma construção bastante longa, dividida em espécie de células por paredes de barro, e na frente da qual o teto prolongado forma uma vasta galeria cujos pilares são de tijolo. Cada caravana se abriga numa das células do rancho, aí arruma sua bagagem e faz a cozinha; nenhuma espécie de conforto, nem mesmo uma mesa, ou um banco, e, quando da minha passagem, via-se o céu através das divisões mal conservadas".
A Família "Neves", a qual Apparecida Gomes do Nascimento Thomazelli, buscou iniciar rastreamento, também aparece citada no referido trabalho. Aí está, em Sabará, o nome de Antonia Maria das Neves, que deve ter sido casada com José de Lima. Em Porto Alegre, o nome de dona Francisca Cândida de Oliveira, casada que foi com Francisco Batista Anjo. Este trabalho tornou-se fonte de consulta obrigatório em nossas buscas.
Tipo de documento - Sesmaria
Sesmeiros - Miguel Joaquim Cunha Bastos e sua mulher Elena Joaquina
Local - São João del Rei
Fl.01
AUTOS DE MEDIÇÃO DE UMA SESMARIA DE MEIA LÉGUA
Data - 15 de novembro de 1797
Local - Fazenda da Cachoeira do Campo. Freguesia das Lavras do Funil. Termo da Vila de São João del Rei. Minas e Comarca do Rio das Mortes em casas de morada de dona Júlia Maria do Nascimento.
Fl.03
CARTA DE SESMARIA
(...) por sua Petição Miguel Joaquim da Cunha Bastos e sua mulher Elena Joaquina que na Paragem ao pé da Serra do Curralinho do Termo da Vila de São João del Rei. Comarca do Rio das Mortes se acham terras devolutas e campos as quais parte com do falecido Miguel Lopes da Silva, com Manoel Lopes Pinto com Antônio Duarte com Manoel Mello (...) e como o suplicante as queria possuir (...)
(continua)