O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Segundo, p. 74 da obra "Jurisdição dos Capitães", o autor diz: (...)João Garcia Leal (...) estava estabelecido naquela região, talvez explorando as terras de seu sogro, Nicolau Martins Saldanha, sesmeiro nas cercanias do Rio Verde". Dr. Marcos Paulo, em nota de rodapé informa: "No inventário da sogra (Inácia Maria de Barros), existente no Museu Regional de São João del Rei, consta que ela e seu marido eram possuidores de uma sorte de terras de cultura na paragem do Rio Verde, com matos e capoeiras, dividindo por um lado com Antônio José Salgado e por outro com Antônio Fernandes. Existe possibilidade de João Garcia ter recebido tais terras como herança de seus sogros", (Nicolau Martins Saldanha e Inácia Maria de Barros). A filha de Nicolau e Inácia era Maria Joaquina do Espírito Santo, casada que foi com João Garcia Leal.
Segundo o Acadêmico Otávio J. Alvarenga, Bento de Faria Neves Júnior, casou-se a 16-2-1792, com Rita de Tal, em Lavras, sendo ela ali batizada em 26-7-1774, Era filha de Nicolau Martins Saldanha. Ele, Bento Faria Neves Júnior era filho do Capitão Bento de Faria Neves, o velho, e de dona Ana Maria de Oliveira, nascida em São João del Rei, e filha de Antônio Rodrigues do Prado e de Francisca Cordeiro de Lima. Dona Rita de Tal e dona Maria Joaquina do Espírito Santo eram, portanto irmãs. Nicolau Martins Saldanha, viúvo, casou-se pela segunda vez com dona Maria Josefa de Gouvêa, filha de Josefa de Gouveia de Oliveira e Mathias Fernandes da Silva,também conhecida como dona Maria Josefa de Aguiar. Do segundo casamento, nasceu Francisco Silvério de Aguiar, casado com dona Ana Teresa de Jesus.
Assim, havia parentesco bem próximo entre a mãe de JOSÉ JOAQUIM GOMES BRANQUINHO,da Fazenda Boa Vista de Lavras do Funil, dona Ângela de Moraes Ribeira, e o sogro de João Garcia Leal, Nicolau Martins Saldanha. João Garcia Leal, irmão do Capitão Januário Garcia Leal.