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O Reverendo Joaquim Leonel de Paiva e Silva

Documento encomendado pelo Projeto Partilha.

Transcrição de Edriana Aparecida Nolasco.

Fl.01

Inventário dos bens do falecido Reverendo Joaquim Leonel de Paiva e Silva¹ quem é o testamenteiro e Inventariante - Francisco Machado de Azevedo.
Data - 02 de novembro de 1847
Local - São João del Rei

Fl.03

Declaração
E logo declarou o inventariante que o inventariado falecera no dia vinte e oito de maio do corrente ano de mil oitocentos e quarenta e sete, com Testamento solene (...)

Fl.03v

Herdeiros
01- Plácido Manoel de Paiva, casado morador em São Sebastião do Jacuí;
02 - Francisco Joaquim de Paiva, solteiro, com trinta e três anos morador em São Sebastião. Termo de Jacuhy.
03 - José Maria Barbosa, casado morador em São Gonçalo. Termo de Campanha.
04 - Dona Cândida Ribeira de Paiva, casada, o nome de seu marido ignora, moradora em São Pedro de Alcântara. Termo da Vila do Arachá.

Fl.04

Dívidas Ativas
- José Maria Barbosa 507$865
- Joaquim Leonel de Paiva 1:585$332
- Antonio Machado 678$652
- Antônio Cândido 1:237$498
- Francisco de Sales 64$000
- Antônio de Araújo Lobato 214$161
- Theresa Vitória de Jesus 115$396
- Joaquim Francisco de Souza 600$000
- Francisco Machado 2:034$998
- Domingos Theodoro 2:000$000
- José Venâncio de Carvalho 200$000
- Manoel Moreira da Silva 500$000
- José Maria Barbosa 400$000
- Marçal 496$000

Fl06

Testamento
Em nome de Deus. Amém.Eu o Padre Joaquim Leonel de Paiva, abaixo somente assinado estando em meu perfeito juízo determino fazer o meu Testamento e o faço da maneira seguinte:
Sou natural e batizado na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Carrancas, filho legítimo do capitão Antonio de Paiva e Silva e dona Ana Antonia de Brito, ambos já falecidos, e portanto não tenho herdeiros necessários, tanto ascendentes como descendentes.
Rogo queiram ser meus testamenteiros em primeiro lugar a meus sobrinhos e afilhados Francisco Machado de Azevedo, e José Procópio de Azevedo, ambos unidos em um só corpo; em segundo lugar a meus sobrinhos Joaquim Leonel de Azevedo e Francisco Eugênio de Azevedo unidos, (...).Determino que logo que eu falecer, meu corpo envolto em Hábito sacerdotais e em decente caixão seja sepultado em Cemitério ou adro mais vizinho (...)(...)

Fl.06v

Declaro que tendo constituído o meu patrimônio em terras que possuía na Fazenda do Engenho que hoje não me pertence por ter aberto mão das ditas terras em troca de outras que fiz com meu cunhado o Tenente Francisco Machado de Azevedo constituindo hoje meu patrimônio em dinheiro equivalente.Declaro que sendo meus sobrinhos Francisco Machado de Azevedo e Joaquim Leonel de Azevedo meus devedores de algumas quantias de dinheiro que lhes tenho emprestado é minha vontade deixá-lhes o prazo de quatro anos para satisfação desta quantia em pagamentos anuais e iguais e isto não tendo pago em minha vida.(...)

Fl.07

Cumpridas as minhas disposições conforme determino instituo herdeiros dos remanescentes em igual parte a Plácido Manoel de Paiva, a Francisco Joaquim de Paiva, a José Maria Barbosa, a Cândido Ribeiro, exposto em casa do Alferes Leandro Ribeiro da Silva.(...)(...)roguei ao senhor José Carlos Nascente que o escrevesse e como testemunha o assinasse (...)
Carrancas, 02 de setembro de 1845.
Padre Joaquim Leonel de Paiva e Silva.

Fl.08

Subscrito
Testamento do Padre Joaquim Leonel de Paiva morador na Freguesia de Carrancas (...)

Fl.08

Abertura
Certifico que aos vinte e oito de maio de mil oitocentos e quarenta e sete me foi apresentado este Testamento (...) com que faleceu o Testador Padre Joaquim Leonel de Paiva...

Projeto Partilha - Leonor Rizzi

Próxima matéria: O sesmeiro José Justiniano dos Reis.
Artigo Anterior: Inventário de Margarida Francisca do Evangelho.

1. Pe Joaquim Leonel de Paiva e Silva, da Fazenda Maranhão, no ano de 1805 era neto materno de Maria de Moraes Ribeiro (Morais) (Ribeira), irmã de Ângela de Moraes Ribeiro. (Morais)(Ribeira). Padre Joaquim Leonel de Paiva foi inventariado no ano de 1847. Local - São João del-Rei Caixa 1847 Inventariante Francisco Machado de Azevedo. Francisco Machado de Azevedo, cunhado e inventariante do Pe. Joaquim Leonel de Paiva e Silva, foi casado com Prudenciana Umbelina de Paiva. Filhos do capitão Antonio de Paiva e Silva e Ana Antonia de Brito. Netos paternos de Domingos de Paiva e Tomásia Maria da Silva; netos maternos de Maria de Moraes Ribeira e Antonio de Brito Peixoto.

Comentários

Anônimo disse…
O Pe. Joaquim Leonel de Paiva e Silva estava na Capela de NOSSA SENHORA DO CARMO DO MARANHÃO, vizinha da Capela de São Bento do Campo Belo, onde Pe. José Bento Ferreira exerceu, durante muito tempo sua função sacerdotal. Foi o primeiro, no ano de 1752, a abrir uma caminho sem alagados e algadiços que ligasse Lavras do Funil a Campanha da Princesa. Foi na Capela de Pe. Bento (in memória, à época), que aconteceu uma cerimônia de casamento.



ANA JACINTA DE TOLEDO, casou-se com um paulista, descendente de casal de São João del Rey. Trata-se do casal ANA JOAQUINA DA ASSUNÇÃO, casada com José Pinto Reymão (Reiman). Foram eles um dos povoadores da Borda do Campo, de onde proveio, também, ANDREZA DIAS DE CARVALHO, casada com Domingos dos Reis e Silva. O que era chamada de Borda do Campo, é o Município de Barbacena dos dias atuais.

Descendentes deste casal:

Aos 23 dias do mês de setembro do ano de de mil oitocentos e quatorze, na Capela de São Bento, filial de Lavras do Funil, casaram-se JOSÉ MOREIRA DE SOUZA, natural e batizado na Freguesia de Barbacena, filho de Antonio José de Souza e ANA JOAQUINA DA ASSUNÇÃO, com ANA JACINTA DE TOLEDO, natural de CANA VERDE, Bispado de São Paulo, filha de Venâncio de Toledo Castro e MARIA ROSA DO SACRAMENTO. Padrinhos: Venâncio de Toledo Castro e Domingos José Pereira.

Obs.: ANA JOAQUINA DA ASSUNÇÃO, nasceu em 1756 e casou-se com o Bracanense Antonio José de Souza. De uma neta de dona Ana Joaquina, família povoadora da Borda do Campo, no ano de 1807, Jesuína Moreira de Souza casou-se com com um filho de Francisca Felisbina Justiniana da Luz e Antonio Rodrigues Silvério, o DOMINGOS ANTONIO RODRIGUES, que passou a ser chamado posteriormente de DOMINGOS SILVÉRIO DA LUZ. O segundo casamento de Domingos, foi com dona Maria das Dores Nogueira.
Anônimo disse…
Documento Transcrito pelo professor e pesquisador em Mariana, Minas Gerais, JOSÉ GERALDO BEGNAME, sob encomenda do Projeto Partilha.

PADRE JOAQUIM LEONEL DE PAIVA E SILVA.

Processo n.0988
Armário: 6, Pasta 988
Localidade: Lavras
Ano: 1797
Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana (AEAM)

Nota: O processo é dividido em três partes: Genere, Moribus e Patrimônio. Para fins de localização das informações no processo a partir de referências citadas aqui, deve-se considerar este aspecto.

INFORMAÇÕES DO PROCESSO (Genere):

Testemunhas inqueridas:
Depoimentos tomados em 4/12/1797, casa do Rev. Joaquim Dias de Oliveira, arraial de Santa Ana das Lavras do Funil (genere, fl. 7-16).

- ten. Luiz Gomes Salgado, natural da freguesia de Prados, casado, roceiro, 70 anos, morador freguesia Lavras do Funil, assina o nome.

- Custódio dos Santos Ribeiro Guimarães, natural da freguesia de Santa Maria da Vila de Sandi. Termo de Guimarães, arcebispado de Braga, solteiro. Comerciante de negros, 66 anos, morador na freguesia de Lavras do Funil, assina.

- Francisco Teixeira, natural da freguesia de São João del Rei, solteiro, alfaiate, 68 anos, morador na freguesia Lavras do Funil. Assina.

-Arcanjo Marques das Neves, natural da vila de São João del-Rei, casado, roceiro, 60 anos, morador na freguesia das Lavras do Funil, não assina.

- Martinho da Silva Oliveira, natural da freguesia de SJDRei, casado, vive da roça, 56 anos, morador na freguesia de Lavras do Finil, não assina.

- ten. Cel. Joaquim José Freire, natural de Congonhas do Campo, casado, vive do seu engenho de cana e lavras, 58 anos, morador na Freguesia de Lavras do Funil.

- Alferes Manoel Freire, natural de Congonhas do Campo, casado, vive de plantar e criar, 52 anos, morador na freguesia de Lavras do Funil, assina.

----------------------------------- Aos 3/2/1798 no arraial de Lavras do Funil em casas do Rev. Joaquim Dias de Oliveira, inqueridas as testemunhas abaixo (genere fl.23-32v):

- Cap. Comandante José Francisco da Cunha, natural da freguesia de S. Maia de Goardisala do arcebispado de Braga, casado, vive de negócios de fazenda seca, 54 anos. morador no arraial de Lavras do Funil, assina.

- Antonio Corrêa Afonso, natural da freguesia dos Rabodons(?) do Bispado de Miranda, casado e vive de criar e plantar, 56 anos, morador na freguesia de Lavras do Funil, assina.
- Aos 6/2/1798 na paragem do Capivari em casas de morada de Manoel do Monte Gato, foi inquerido o próprio, natural da vila de Ferreira do Alantejo, arcebispado de Évora, viúvo, vive do ofício de escrivão de Datas Minerais, 78 anos, morado na freguesia de Lavras do Funil, assina.

- Idem fazenda chamada PINHEIROS em casas do Ten. Guarda Mor SALVADOR JORGE BUENO foi inquerido o próprio, natural da freguesia de Lavras do Funil, solteiro. Vive do cargo de Guardamoria e de criar e plantar, 50 anos, morador na freguesia de Lavras do Funil, assina.

- Aos 8/2/1798 no arraial de Lavras do Funil em casas do Reverendo Joaquim Dias de Oliveira, inqueridas as testemunhas, abaixo:
- Estevão Rodrigues Branco, natural da freguesia de S. Tiago, viúvo, vive de roça, 87 anos, morador na freguesia de Lavras do Funil, assina.

- Capitão ANTONIO RIBEIRO DA SILVA, natural da freguesia da vila de SJD Rei, casado, vive de engenho de cana, 67 anos, morador na freguesia de Lavras do Funil, assina.

-Francisco de Ávila Fagundes, natural da freguesia de Lavras do Funil de Carrancas, casado, vive de criar e plantar, 46 anos, morador freguesia de Lavras do Funil, assina.

- Alexandre Luiz Barbosa, natural e morador na freguesia de Lavras do Funil, casado, vive de roça, 51 anos, assina.
-----------------------------------

(genere fl.35-45)
Aos 13/2/1798, na vila de SJD Rei, em casas do Muito Reverendo Dr. Pedro José Pereira de Castro, Vigário da Vara, Juiz dos Casamentos, Justificações, Capelas e Resíduos, etc.
Inqueridas as testemunhas: Manoel Antunes Machado, Rev. Manoel Lourenço de Oliveira, Rev. Gonçalo Ribeiro Brito, Alf. Manoel de Paiva Muniz, Dr. Gomes da Silva Pereira, Cap. Manoel da Costa Vilas Boas e Gama.
Aos 20/02/1798, no arraial da Conceição. Termo da Vila de SJD Rei em casa de João Vaz da Silva foi inquerido o próprio.
Aos 23/2/1798 na vila de SJD Rei Anastácio José de Souza.
Nota: por se tratarem de testemunhas de SJD Rei, não fui minucioso.
-----------------------------------

Batismo do pai do habilitando (genere fl.46 e v):

Aos 9 dias do mês de março de 1739 batizou de minha licença o Reverendo Antonio Martins Calvão na Capela de NS da Conceição da Barra, filial da matriz de NS do Pilar de SJD Rei a Antonio, filho legítimo de Domingos de Paiva e sua mulher Tomazia Maria da Silva e lhe pôs os santos óleos. Foram padrinhos Antonio Vaz de Siqueira, solteiro, e Maria Leme de Oliveira, todos moradores nesta freguesia. O Vigário Sr. Manoel da Roza Coutinho. Extraído do Livr. de batizados n.3, fl.97, matriz do Pilar de SJD Rei.

-----------------------------------

Casamento fod svód psterrmps (genere fl.46v):
Aos 28 de agosto de 1736, na capela da Conceição nesta freguesia de NS do Pilar de SJD Rei feitas as denunciações (...) sem se descobrir impedimento (...) em presença do Rever. Pe. Antonio Martins Calvão e das testemunhas Antonio de Freitas e Antonio Vaz de Siqueira (...) casaram-se Domingos de Paiva, filho legítimo de Antonio Fernandes e sua mulher Magdalena de Paiva, natural da freguesia de S. Maria Magdalena do lugar Bustello, comarca de Chaves, arceb. de Braga, com Thomazia Maria filha legítima de Paulo da Silva da Fonseca e sua mulher ANTONIA CAETANA, natural da freguesia de NS do Monte Sião do lugar de Amora, arceb. de Lisboa de quem fiz este assento que assinei Francisco de Almeida e Faria. Extraído de um Liv. de Casamentos da matriz do Pilar de SJD Rei.

----------------------------------

Casamento dos pais do habilitando (genere fl.48 e v):
Aos 20 dias de fevereiro de 1775 na capela de NS da Conceição das Carrancas (filial da matriz de Lav. do Funil) o Rev. Pe. Francisco da Costa Miranda de licença do pároco desta freguesia com Provisão do Muito Rev. Dr. Vigário da Vara desta Câmara dos Solteiros, livres e desempedidos, pelas horas do dia, pouco mais ou menos, estando presentes as testemunhas, o Rev. Pe. Manoel Caetano Figueiredo, João Caetano de Abreu e José Ribeiro do Valle, assistiu ao santo sacramento do matrimônio que em sua presença celebraram ANTONIO DE PAIVA E SILVA, filho legítimo de Domingos de Paiva e de Thomazia Maria da Silva, natural e batizado na freguesia de SJD Rei, e ANA ANTONIA DE BRITO, filha legítima de Antonio de Brito Peixoto e MARIA DE MORAES RIBEIRA, natural e batizada na freguesia de Carrancas, onde todos são fregueses (...) o Coadjutor Manoel Afonso da Cunha Pereira (...) Extraído do livro de batizados fl.93.

-----------------------------------
(continua)
Anônimo disse…
Continuação. Documento Transcrito pelo professor e pesquisador JOSÉ GERALDO BEGNAME, a pedido do Projeto Partilha. Informações do processo (Genere).

BATISMO da mãe do habilitando (genere fl.48 e v):
Aos 5/1/1745 na capela de NS da Conceição das Carrancas. O vigário Antonio Ferreira Torres batizou (...) a Ana filha legítima de Antonio de Brito Peixoto e Maria de Moraes Ribeira. Foram padrinhos José de Souza, solt. e dona Ângela Ribeira, viúva, todos desta freguesia (...). O coadjutor Joaquim Dias de Oliveira. Extraído do livro de batismo fl.283.

-----------------------------------

Batismo do habilitando (genere fl.50):
Aos 27/02/1779 na capela de Carrancas filial da matriz de Lav. do Funil o Pe. José Alves Proença (...) batizou (...) a Joaquim nascido aos 7 dias do mesmo mês filho legítimo do Cap. Antonio de Paiva e Silva e de dona Ana Antonia de Brito. Foram padrinhos o Cap. Gonçalo Ferreira de Freitas com cuja procuração assistiu Jerônimo de Andrade Brito e Dorothea Maria de Brito, mulher de Manoel Mendes de Abreu (...) O Coadjutor Joaquim Dias de Oliveira. Extraído do livro de batizados fl.282 v.
-----------------------------------

Batismo da avó materna (genere fl.53):
Aos 24/01/1720 batizei a Thomazia filha de Paulo da Silva da Fonseca, nat. da cidade de Braga e de sua mulher Antonia Caetana, natural de Extremes, filha de João Delgado, já defunto e de Josefa da Silva sua mulher, moradores na cidade de Lisboa, nascida a 9 de outubro. Padrinhos Antonio Rodrigues Coutinho, morador em Leirantes e Margarida de Ó da cidade de Lisboa.
----------------------------------

O avô paterno Domingos de Paiva foi batizado em 15/9/1698 na freg. de Bustello (genere fl.54).

-----------------------------------

Casamento dos avós maternos (genere fl.61 e v.):
Aos 10/6/1725 na casa do Cap. Luiz Marques morador no Rio das Mortes Pequeno em presença do vigário desta matriz de NS do Pilar (...) mostrando-se sem impedimento por ser FORASTEIRO se receberam por palavras de presente ANTONIO DE BRITO PEIXOTO filho legítimo de Ignácio da Trindade Peixoto e de Elena de Brito, nat. da cidade de Braga e d. MARIA DA RIBEIRA DE MORAES (Maria de Moraes Ribeira (Morais) (Ribeiro), filha legítima do Capitão André do Valle Ribeiro natural do reino de Portugal e de dona Thomazia de MORAES, nat. da cidade de São Paulo, foram testemunhas o Sargento Mor Antonio de Moraes Godoy e o Cap. João Monteiro Santiago (...) o Pe. Antonio Moreira de Sá.
-----------------------------------

Batismo da avó materna (fl.62):
Aos 15/05/1711 batizei (...) a Maria filha legítima do Cap. André do Valle e de sua mulher Teresa de Moraes. Foram padrinhos o Cap. de cavalos João Antunes e Francisca Macedo. O vigário Estevão Collaço. Extraído do livro de batismo de SJD Rei fl. 7v.
Vistos os autos de Justificação de Genere do habilitando JOAQUIM LEONEL DE PAIVA E SILVA (...) nat. e bat. na capela de NS da Conceição das Carrancas filial da matriz de S. Ana das Lav. do Funil (...) filho legítimo do Cap. Antonio de Paiva e Silva nat. e bat. na capela de NS da Conceição da Barra filial da matriz de NS do Pilar de SJD Rei (...) e de dona Anna Antonia de Brito nat. e bat. na capela da Conceição das Carrancas filial da matriz de Lavras do Funil (...) Neto paterno de Domingo s de Paiva nat. e bat. na paroquial Igreja de Santa Maria Madalena da Comarca de Chaves do Arcebispado de Braga e de Thomazia Maria da Silva nat. e bat. na freguesia de NS do Monte Sião do lugar de Amora. Termo da Vila de Almada do Patriarcado de Lisboa. Neto paterno de Antonio de Brito Peixoto nat. e bat. na freguesia de São João do Souto da cidade de Braga e de MARIA RIBEIRA DE MORAES nat. e bat. na freguesia de NS do Pilar da Vila de SJD Rei.
-----------------------------------

Informações complementares (genere fl.3 e 4):
Que dos avós maternos do habilitando nasceu TERESA MARIA DA CONCEIÇÃO, inteira irmã da mãe do habilitando e da mesma TERESA nasceu MANOEL JOSÉ DE OLIVEIRA, primo do habilitando também ordenado no Bispado de Mariana.
Nota: Manoel José de Oliveira possui processo de Ordenação Sacerdotal arquivado no Armário 9, Pasta 1569 do AEAM. Mostra ser de Itaverava.
------------Fim do Processo de Genere do Pe. Joaquim Leonel de Paiva e Silva. Trancrição JOSÉ GERALDO BEGNAME, Mariana, Minas Gerais, por solicitação do Projeto Partilha.
Anônimo disse…
Testemunhas no Processo de Moribus do Pe. Joaquim Leonel de Paiva e Silva.
Transcrição - professor e pesquisador José Geraldo Begname.
Local - Mariana, Minas Gerais.
Solicitante - Projeto partilha.

Testemunhas de Moribus (moribus fl.8-12)
Aos 21/3/1798, no arraial de Lav. do Funil em casas do Ver. Joaquim Dias de Oliveira foram inqueridas as testemunhas abaixo:

- José Pereira Godinho, solt. nat. da freguesia de SJD Rei, alfaiate, morador no arraial de Lav. do Funil, 37 anos, assina.

- Cap. Antonio Justiniano Monteiro de Queiroz, nat. da freg. de Lav. do Funil, colt. negociante de negros, morador no arraial de Lav. do Funil, 24 anos, assina.

- Manoel Antonio Teixeira, nat. da freguesia de Freixe de Baixo, arceb. de Braga, casado, vive de negócio de fazenda seca e negros, morador no arraial de Lav. do Funil, 31 anos, assina.

- Custódio Luiz Afonso, solt. nat. da freguesia de Congonhas, Prof. de Primeiras Letras, morador no arraial de Lav. do Funil, 36 anos, assina.

- Alf. Thomé Ignácio Botelho, nat. da freguesia de Lav. do Funil, morador no arraial de Lavras do Funil, vive de negócio de fazenda seca, 25 anos, assina.

Testemunhas de Moribus (Moribus, fl.17-21):
Tomado aos 16/4/1798 em Mariana em casas do Muito Rev. Antonio Alves Pereira Rodrigues. Todos estudantes do Seminário, nat. de diversas regiões. Somente um de SJD Rei: Gabriel de Souza Diniz, 24 anos.
Nota: as testemunhas de Patrimônio foram todas de SJD Rei, onde possuía uma casa. Por isso, não tomei nota delas.
(fim das informações sobre o processo de habilitação sacerdotal).
Anônimo disse…
O professor e pesquisador José Geraldo Begname consultou, a pedido do Projeto Partilha, o

A) CATÁLOGO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL, e encontrou os seguintes habilitandos das regiões de Lavras do Funil e Carrancas:

- Antonio Justiniano da Silva Monteiro, Carrancas, Ar. 2, Pasta 219;

- Antonio Pereira de Carvalho, 1757, Carrancas, Ar., Pasta 260;

- Antonio Manoel Alvarenga, 1761, Carrancas, Ar.2, Pasta 237;

- Felisberto Rodrigues Bueno, 1761, Carrancas, Ar. 3, Pasta 492;

- Flávio Antonio de Moraes Salgado, 1790, Lavras do Funil, Ar.3 Pasta 501;

- Francisco José de Araújo, 1792, Lavras do Funil, Ar.4, Pasta 565;

- Ignácio Francisco Torres, 1766, Carrancas, Ar., Pasta 692;

- Ignácio Xavier Bueno de Araújo, 1787, Lavras, Ar.4, Pasta 712;

- Jerônimo de Carvalho, 1776, Lavras, Ar.5, Pasta734;

- João Francisco da Cunha, 1791, Lavras, Ar.5, Pasta 823;

- Joaquim Vieira da Silva, 1797, Lavras, Ar.6, Pasta 1025;

- José Álvares Proença, 1776, Carrancas, Ar.6, Pasta 1038;

- José Xavier da Silva, 1763, Carrancas, Ar.8, Pasta 1342;

- Manoel José Vieira, 1767, Ar.9, Pasta 1574;

- José Francisco Morato, 1797, Ar.7, Pasta 1156.

B) Consultado o De Genere de Jerônimo Pereira de Carvalho, mostra ser natural da freguesia de Lavras do Funil. Seu patrimônio foi doado por um casal da capela de Porto Real.

C) Consultado do De Genere de Antonio Pereira de Carvalho, mostra ser nat. de Carrancas. É irmão de Jerônimo Pereira de Carvalho, já citado, e de José Pereira de Carvalho, todos habilitando a Ordens Sacras.
São filhos legítimos de JOÃO PEREIRA DE CARVALHO e de ANA MARIA DO NASCIMENTO naturais da freg. de Carrancas. Netos pela paterna de PAULO PEREIRA e MARIA CARVALHA, portugueses.
-----------------------------------

BREVES (Arq. Ecl. da Arquidiocese de Mariana):

a) Breve n.1269. Requerente: Bento Ferreira de Brito. Ano: 1800. Ele e sua mulher dona Ignácia Gonçalves, moradores em Lavras do Funil solicitaram Breve de Oratório para sua fazenda (não cita). Testemunhas: Alf. Thomé Ignácio Botelho, casado, morador em Lav. do Funil, 26 anos, vive do seu negócio de fazenda seca, assina. Pe. FLÁVIO DE MORAES SALGADO, nat. e morador na freg. de Lavras do Funil, 36 anos, assina. Pe. Joaquim Dias de Oliveira, nat. da Vila Nova de Gaia, bispado do Porto, morador na freg. de Lav. do Funil, 35 anos, assina. Testemunhos tomados na casa do Pároco na freguesia de Lavras do Funil em 12/09/1800.

b) Breve n.1588-B. Requerente: Pe. José Mendes Thomás Mendes e sua mulher Juliana de Almeida. Moradores na Comarca do Rio das Mortes, moradores nas fazendas da Cachoeira, Bombaça, Rio do Peixe e Ribeira, sitas na Aplicação de Santa Rita do Rio Abaixo. Termo de São José.
Requereram Breve de oratório em 1812.
-----------------------------------

Livro "W-17":

Nota: este livro contém inventário de alfaia de várias igrejas de várias localidades para o ano de 1730. Abaixo cito as de maior interesse para a pesquisa requerida pelo Projeto Partilha:

- Inventário da Igreja de NS da Conceição das Carrancas e Rio Grande, fl.34;

-Inventário do Oratório de José Rodrigues da Fonseca, Carrancas, fl.35.

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Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins : Quilombo do Campo Grande , a história de Minas, roubada do povo Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas” , e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760 ”.  A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende : “Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO ”. No entanto, antecipando

As três ilhoas de José Guimarães

Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai

Distrito do Palmital em Carmo da Cachoeira-MG.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira , periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade. Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela. Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

A família Faria no Sul de Minas Gerais.

Trecho da obra de Otávio J. Alvarenga : - TERRA DOS COQUEIROS (Reminiscências) - A família Faria tem aqui raiz mais afastada na pessoa do capitão Bento de Faria Neves , o velho. Era natural da Freguesia de São Miguel, termo de Bastos, do Arcebispado de Braga (Portugal). Filho de Antônio de Faria e de Maria da Mota. Casou-se com Ana Maria de Oliveira que era natural de São João del-Rei, e filha de Antônio Rodrigues do Prado e de Francisca Cordeiro de Lima. Levou esse casal à pia batismal, em Lavras , os seguintes filhos: - Maria Theresa de Faria, casada com José Ferreira de Brito; - Francisco José de Faria, a 21-9-1765; - Ana Jacinta de Faria, casada com Francisco Afonso da Rosa; - João de Faria, a 24-8-1767; - Amaro de Faria, a 24-6-1771; - Bento de Faria de Neves Júnior, a 27-3-1769; - Thereza Maria, casada com Francisco Pereira da Silva; e - Brígida, a 8-4-1776 (ou Brizida de Faria) (ou Brizida Angélica) , casada com Simão Martins Ferreira. B ento de Faria Neves Júnior , casou-se

O distrito de São Pedro de Rates em Guaçuí-ES..

Localizado no Estado do Espírito Santo . A sede do distrito é Guaçuí e sua história diz: “ ... procedentes de Minas Gerais, os desbravadores da região comandados pelo capitão-mor Manoel José Esteves Lima, ultrapassaram os contrafortes da serra do Caparão , de norte para sul e promoveram a instalação de uma povoação, às margens do rio do Veado, início do século XIX ”.

A origem do sobrenome da família Rattes

Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul

A Família Campos no Sul de Minas Gerais.

P edro Romeiro de Campos é o ancestral da família Campos do Sul de Minas , especialmente de Três Pontas . Não consegui estabelecer ligação com os Campos de Pitangui , descendentes de Joaquina do Pompéu . P edro Romeiro de Campos foi Sesmeiro nas Cabeceiras do Córrego Quebra - Canoas ¹ . Residia em Barra Longa e casou-se com Luiza de Souza Castro ² que era bisneta de Salvador Fernandes Furtado de Mendonça . Filhos do casal: - Ana Pulqueria da Siqueira casado com José Dias de Souza; - Cônego Francisco da Silva Campos , ordenado em São Paulo , a 18.12. 1778 , foi um catequizador dos índios da Zona da Mata ; - Pe. José da Silva Campos, batatizado em Barra Longa a 04.09. 1759 ; - João Romeiro Furtado de Mendonça; - Joaquim da Silva Campos , Cirurgião-Mor casado com Rosa Maria de Jesus, filha de Francisco Gonçalves Landim e Paula dos Anjos Filhos, segundo informações de familiares: - Ana Rosa Silveria de Jesus e Campos , primeira esposa de Antônio José Rabelo Silva Pereira , este nascido