Campos Gerais, município situado no Sul de Minas Gerais, na região da Represa de Furnas.
O povoado surgiu após a doação de 50 alqueires de terras, em ambos os lados do Córrego da Divisa, para a construção de uma capela, sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo. Foram doadores Thomé Soares de Oliveira (folha 4) e Simão Martins Ferreira (inventariante) e respectivos familiares.
A provisão para edificação da capela data de 1825, segundo Cônego Trindade, em seu livro "Instituições das Igrejas, no Bispado de Mariana", de Bernardino Saturnino da Veiga. A capela era jurisdicionada pela vila das Lavras do Funil.
Com a elevação de Três Pontas à freguesia, pela resolução de 14 de julho de 1832, a Capela passou a jurisdição pela referida freguesia, sendo elevada a Curato. A lei 202, de 1 de abril de 1841, que criou o município de Três Pontas, criou também o distrito, já com o nome de Carmo do Campo Grande. Em 14 de setembro de 1870, pela lei n.1655, o Curato foi elevado à freguesia. Pela lei lei n.319, de 16 de setembro de 1901, o distrito foi elevado a município e vila, graças à influência política do doutor Josino de Paula Brito1, ex-deputado e ex-senador provincial. Fazia parte do novo município os distritos de Córrego do Ouro e Espírito Santo dos Coqueiros (Coqueiral), desmembrados de Três Pontas e Boa Esperança, respectivamente. Finalmente, pela lei n.663, de 18 de setembro de 1915, a vila é elevada à cidade, com a denominação de Campos Gerais, jurisdicionando o distrito da cidade e do de Córrego do Ouro.
1 Senador Dr. Josino de Paula Brito, médico, fazendeiro, deputado estadual constituinte e deputado estadual (1891-1895); senador estadual (1895-1914); pertenceu ao PRM.
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