Pular para o conteúdo principal

Duas moças no Ribeirão do Carmo.


Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Comentários

Anônimo disse…
Dois eventos mais significativos para os cachoeirenses ocorram, bem próximo de onde estão estas duas jovens a refrescar-se nas claras, límpidas e despoluídas águas do Ribeirão do Carmo. Águas, vindas do oeste e que passam pela antiga FAZENDA DO MOJOLLO, de propriedade de familiares de uma dessas lindas moças, e que engrossam o volume d´água do referido ribeirão. Aí, e pela estrada que sobe o morro podia-se chegar a Ermida de Nossa Senhora das Dores do Paraíso. Nossas duas representantes estavam onde o leito do Ribeirão do Carmo propiciava um vau, isto é, a parte do ribeirão em que pessoas e animais passavam a pé. Manoel Antonio Rates aí construiu a casa de morada para sua querida e dedicada família. A partir
daí, deste núcleo, desenvolvia sua atividade como comerciante e como elemento construtor da nova terra, já descoberta há 270 anos. Daí, deste ponto, ganhava a vida para suprir as necessidades de sua família e dedicava-se a seus ideais, como participante ativo na construção deste imenso território chamado Brasil, na época ainda em que era colônia de Portugal.
Os eventos citado que ocorreu pouco mais ao norte de onde se encontram as moças foi:
"Aos quatro dias do mes de março do ano de hum mil sete centos e noventa e quatro, na ERMIDA DO BOM-SUCESSO DO PARAÍSO foi batizada ANA". ANA CRISTINA DOS REIS, "filha legítima do capitão - mor Manuel dos Reis e Silva e dona Mariana Vilela do Espírito Santo".
"Aos deis dias do mes de fevereiro de fevereiro de hum mil setecentos e noventa e sis, na ERMIDA DE NOSSA SENHORA DAS DORES DO PARAIZO, batiza-se Mateus, filho de MANUEL DOS REIS NAVES E MARIA DA CONCEIÇÃO".
E o tempo passou. Por volta de 1890, Augusto Ribeiro Naves, casado com dona Generosa dos Reis e Evaristo Gomes de Paiva, casado com dona Maria do Carmo Reis Paiva, todos moradores na freguesia do Carmo da Cachoeira permutam terras.
Lembrando que Manuel dos Reis e Silva (II), que aparece como eleitor no distrito da Boa Vista em 1847 e com 43 anos, foi filho de Manoel dos Reis e Silva (I), nascido em 1747 e batizado na ERMIDA DA BOA VISTA DE AIUROCA. O pai foi casado com dona Mariana Vilella do Espírito Santo e o filho teve dois casamentos. O primeiro com dona CLARA MARIA DE JESUS que, pelo que parece, não teve filhos, no entanto deixou bens vindos deste casamento.

OUTRO BUSCA INCANSÁVEL:

QUEM FOI dona CLARA MARIA DE JESUS? Não esquecendo que os casamentos ocorriam, à época entre iguais e o Manuel era vizinho da FAMÍLIA RATES.

DUAS MULHERES que fizeram história, da qual desconhecemos, e gostaríamos de nos apropriar:

MARA CLARA UMBELINA

e

CLARA MARIA DE JESUS.

Em 31/03/1890, na casa de Francisco Augusto de Figueiredo (...) "Legítimos possuidores da fazenda denominada COQUEIROS, neste districto de Carmo da Cachoeira. Permuta por um pedaço de terras na FAZENDA CAPÃO DOS ÓLEOS, no lugar denominado MAMONAL, comessando no ribeirão do COURO DO SERVO. Assinam como testemunhas: Estevão Ribeiro de Rezende e Pedro Roiz da Silva (Pedro Rodrigues da Silva).

Em 8 de novembro de 1873, com testamento em sua residência na FAZENDA DOS COQUEIROS, na Freguesia do Carmo da Cachoeira, Município de Lavras do Funil, FRANCISCA PALCIDINA DE SOUZA, institui com inventariante de seus bens seu marido INÁCIO LOPES GUIMARÃRS. Seus herdeiros Teresa Placidina de Souza com 10 anos e Olimpio (Otaviano Lopes Guimarães), com 14 anos. Ele tinha 25 escravos e terras na Fazenda da Vargem; Fazenda do Retiro e Terras do COQUEIRO. Dívidas passivas: João Alves de Gouveia; João Villela Fialho; José Villela de Resende; Felícia Constança de Figueiredo; óão Ribeiro DE MORAES. O monte-mor - 23:026$800.

PROVISÃO DE ORATÓRIO DOMÉSTICO NA FAZENDA DOS COQUEIROS, freguesia de CARMO DA CACHOEIRA (...) a favor do cidadão EVARISTO GOMES DE PAIVA, morador na FREGUESIA DE CARMO DA CAHOEIRA com vigor por cinco annos e passada a 31/03/1891. Mons. Telles. LIVRO DE PROVISÕES EM MARIANA - MG.
Anônimo disse…
ERRATA. Tipo de erro: digitação. Onde? no primeiro comentário da página de hoje. leia-se: FAZENDA MONJOLLO, e não como constou, com omissão da vogal "N".
Anônimo disse…
Pergunta a MÁRCIO SALVIANO VILELA, autor de A FORMAÇÃO HISTÓRICA DOS CAMPOS DE SANT´ANA DAS LAVRAS DO FUNIL:
Projeto Partilha: Como sua obra aborda a questão das ERMIDAS em seu território de estudos?

A Formação Histórica (...), p. 208, informa o seguinte:
Várias dioceses haviam sido criadas em Minas Gerais a partir de 1900, destacando-se a diocese de Campanha, criada em 1907, de qual o município de Lavras passou a integrar-se à Câmara Eclesiástica.
No decorrer desses anos, em sua grande extensão, surgiram na freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas e Sant´Ana das Lavras do Funil muitas capelas e ermidas que atestaram a devoção, o povoamento desta zona e sua importante jurisdição eclesiástica desdobradas de Carrancas e Lavras: N. Sr. da Conceição do Rio Grande - 1732; N. Sr. do Rosário da Cachoeira do Rio Grande - 1737; N. Sra. da Piedade do Rio Grande Abaixo - 1748; São Miguel do Cajuru - 1749; Sant´Ana das Lavras do Funil - 1751; N. Sr. do Rosário dos Serranos - 1752; N. Sra. da Conceição do Porto Real do Rio Grande - 1754; N. Sra. da Conceição do Saco - 1755; Santo Antônio do Curralinho - 1757; Santo Antônio do Rio Verde - 1763; Divino Espírito Santo das Pitangueiras - 1767; Senhor Bom Jesus do Matozinhos (depois dos Aflitos) do Sapucaí e N. Sra. da Ajuda de Três Pontas - 1768; São Tomé das Letras, São Bernardo do Macaia e Senhor Bom Jesus dos Perdões da Mata - 1770; Sant´Ana do Campo Belo - 1771; N. Sra. do Carmo do Jaguara, Santo Inácio e Santo Antônio do Jaguara - 1772; São João Nepomuceno de Lavras - 1776; São Bento do Campo Belo - 1782; N. Sra. das Dores do Pântano - 1784; N. Sr. das Dores do Paraíso - 1785; Santa Teresa - 1791; Divino Espírito Santo do Sertão - 1792; Bom Jesus do Campo Belo - 1793; Divino Espírito Santo das Catanduvas (Varginha) - 1795; Santo Antônio da Ponte Nova - 1796; N. Sra. do Carmo das Luminárias - 1798; N. Sra. do Rosário de Capivari - 1801; São Domingos da Barra - 1803; São Francisco e N. Sra. do Carmo do Maranhão - 1805. Cf. MESQUITA. Joannes R. de.
Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Campanha: Imprimatur, 1948.
Anônimo disse…
MARTA AMATO, em, A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas e sua História. 1996. p. 78, diz o seguinte:
No Livro de Provisões da Cúria do Rio de Janeiro de 1728, constam os seguintes dados, conforme informações prestadas por José Gomide Borges:
Em 20 de fevereiro de 1729 - "Passei provisão de pároco da Capela de Inácio Franco, no sítio das Carrancas do Rio Grande, Comarca do Rio das Mortes, por tempo de um ano somente ao Pe. João de Barros, natural do bispado do Porto" (fls. 46v.).
Em 26 de fevereiro de 1729 - "Passei provisão de coadjutor da Capela Curada de Inácio Franco, no sítio das Carrancas, junto ao Rio Grande, Comarca do Rio das Mortes, por tempo de um ano somente, ao Pe. Miguel da Silva Grilo, do Bispado do Porto" (fls. 48). O Pe. Miguel foi designado, a seguir, para a freguesia de São João Batista do Itaboraí em 16 de março de 1729).
Em 21 de março de 1729 - "Passei provisão de pároco da Capela de Inácio Franco, no sítio das Carrancas do Rio Grande, Comarca do Rio das Mortes, por tempo de um ano somente, ao Pe. João Moreira, natural do Bispado do Porto" (fls. 50v.)
Em 25 de fevereiro de 1730 - "Passei provisão de capelão curado da Capela de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas, Comarca do Rio das Mortes, por tempo de dois anos, ao Pe. João Moreira".
Em 12 de outubro de 1731 - "Passei provisão ao Pe. João de Eiró, de vigário encomendado da Igreja de Carrancas, por tempo de um ano somente" (fls. 173).
AMATO orienta os leitores: "Esses padres não constam da relação dos que foram designados para a atual Matriz de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas. Possivelmente a Igreja no sítio de Inácio Franco Torres era outra, pois em 1762 ele recebeu uma sesmaria perto do rio Ingaí, um tanto quanto distante da sede do povoado"(p. 78/79, citada obra).
"m 16 de janeiro de 1752, a freguesia foi elevada à categoria de capela colativa,ou seja tinha um vigário apresentado pelo Rei e colado pelo Bispo e com direito a pagamento mensal, as côngruas, apesar de em 1730 já ter um capelão curado como consta da informação acima.
Em 21 de novembro de 1760, por ato do mesmo bispo, Dom Frei Manoel da Cruz, a sede da freguesia foi transferida para o Arraial de Santana das Lavras do Funil, passando assim, de sede de paróquia a capela filial da matriz de Lavras. Nos registros paroquiais da época, encontramos a freguesia com o nome de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas e de Sant´Anna das Lavras do Funil.
Esta decisão foi tomada depois do pedido dos moradores de Lavras, apoiados pelo Padre Manuel Martins, pois segundo informações passada por ele ao Bispado, a capela de Carrancas era particular; o protetor da mesma exigia que os aplicados construíssem casas junto à igreja; durante as festas religiosas, quando os fiéis vinham à vila, não havia alojamento conveniente para todos; a população de Carrancas era, em 1760, de 500 almas e a de Lavras, mais de 1.000".
Anônimo disse…
MÁRCIO SALVIANO VILELA falando em, Sesmarias, como data Referencial, escreve a partir da p. 33 de sua obra, A Formação (...) Lavras do Funil:
"Se a ocorrência na busca de ouro das LAVRAS DO LFUNIL não garantiu a ocupação do território da cidade de Lavras, por outro lado, definiu o averbamento daquelas primeiras famílias que iniciaram o povoamento com a aplicação ponderada da agropecuária.
Até o ano de 1737, os pousos de bandeiras e ranchos que serviam ao fluxo temporário de bandeirantes, mineradores, tropeiros, viandantes, entre outros, que demandavam pelo sul, apenas configuravam o roteiro das minas. A partir desta data a qual temamos com "data referencial" é que novas expectativas surgiram em proveito do arraial que se formava.
Entre os principais nomes que figuram no primitivo povoamento dessa zona, estão o Capitão Manoel Garcia Velho, morador do Rio Grande, autoridade do fisco na COLINA DO FUNIL, o Capitão Amador Bueno da Veiga e o Capitão Francisco Bueno da Fonseca.
Amador Bueno da Veiga era filho da família tradicional da Vila de São Paulo e já havia sido convidado pelo Governador Artur de Sá e Menezes para abrir o "caminho novo do Rio de Janeiro para as Minas" em 1698, quando chegou a recusar o serviço; e Francisco Bueno da Fonseca, era Capitão-Mor e havia participado da bandeira de Garcia Rodrigues Pais no regresso ao sertão do Sumidouro em 1683, e um dos principais "paulistas" moradores do Distrito do Rio das Mortes, sendo também, um dos "paulistas" de maior destaque no exército de Amador Bueno da Veiga. Era pai de Diogo Bueno da Fonseca, futuro Guarda-Mor dos CAMPOS DE SANT´ANA DAS LAVRAS DO FUNIL. Capitão-Mor e Guarda-Mor, nessa ocasião, eram autoridades coloniais administrativas nomeadas pelo rei e cuja função, entre outras, era fiscalizar, determinar, repartir e distribuir datas concedidas a indivíduos pela Coroa Portuguesa para exploração mineral".
Em 1713, aos 24 de julho, foi passada a primeira CARTA DE SESMARIA DA SERRA DAS CARRACAS, por Domingos Martins Guerra (Procurador Geral do Conde Donatário) ao CAPITÃO MANOEL GARCIA VELHO, que já assistia naquelas terras há quatorze anos, vendendo-a em seguida, no ano de 1715, a JOÃO DE TOLEDO PIZA E CASTELHO, também morador do Rio Grande, sendo confirmada a negociação em 10 de maio de 1718. Cf. AMATO, Marta. A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Carrancas e sua História. São Paulo: Ed. Loyola, 1996.
Anônimo disse…
Projeto Partilha: MÁRCIO SALVIANO VILELA, conte-nos um pouco, do muito que o senhor sabe sobre SESMARIAS.

R. A Formação (...) Lavras do Funil, p.34, fala sobre o assunto, da seguinte forma:
"As terras incultas doadas aos sesmeiros através das CARTAS DE SESMARIAS são provenientes das Ordenações Manuelinas e Filipinas, leis que regeram Portugal até 1603, e trazidas por Martim Afonso de Souza em 1531, sendo sua prática reforçada por Tomé de Souza em 1548 quando assumiu o governo geral do Brasil. Qualquer indivíduo podia receber a CARTA DE SESMARIA, podendo ser de qualquer nacionalidade, desde que professasse a religião católica. Ao requerê-las, normalmente os interessados diziam-se "POSSUIDORES DE GRANDE FÁBRICS DE ESCRAVOS, COM CRIAÇÃO DE TROPAS E GADOS, COM MUITOS FILHOS, NECESSITANDO DE TERRAS PARA SE EXPANDIREM, ETC,". A concessão de sesmarias durou até 1822, quando foi extinta pela Resolução de 17 de julho. Desta data em diante, criou-se o hábito da posse de terras até 1850, quando foi promulgada a lei que obrigava os posseiros, sesmeiros e proprietários por compra registrarem suas terras, sendo este registro feito nas igrejas entre 1854 e 1856, regularizando dessa forma, a posse das propriedades.
Ao distribuir terras em sesmarias aos que se obrigassem nas instalações de currais e lavouras, a Coroa fomentou a formação de zonas agrícolas na Capitania.
Em 15 de janeiro de 1737, foi passada a Carta de Sesmaria aos requerentes Capitão de Cavalos PEDRO DA SILVA MIRANDA, FRANCISCO LBUENO DA FONSECA, SALVADOR JORGE BUENO DA FONSECA, PASCHOAL LEITE PAIS, DIOGO BUENO DA FONSECA e MANOEL FRANCISCO XAVIER BUENO DA FONSECA, em documento que vem transcrito na citada obra, P. 35/36.

Arquivo

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

Carmo da Cachoeira — uma mistura de raças

Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins : Quilombo do Campo Grande , a história de Minas, roubada do povo Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas” , e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760 ”.  A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende : “Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO ”. No entanto, antecipando

Distrito do Palmital em Carmo da Cachoeira-MG.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira , periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade. Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela. Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.

As três ilhoas de José Guimarães

Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

A família Faria no Sul de Minas Gerais.

Trecho da obra de Otávio J. Alvarenga : - TERRA DOS COQUEIROS (Reminiscências) - A família Faria tem aqui raiz mais afastada na pessoa do capitão Bento de Faria Neves , o velho. Era natural da Freguesia de São Miguel, termo de Bastos, do Arcebispado de Braga (Portugal). Filho de Antônio de Faria e de Maria da Mota. Casou-se com Ana Maria de Oliveira que era natural de São João del-Rei, e filha de Antônio Rodrigues do Prado e de Francisca Cordeiro de Lima. Levou esse casal à pia batismal, em Lavras , os seguintes filhos: - Maria Theresa de Faria, casada com José Ferreira de Brito; - Francisco José de Faria, a 21-9-1765; - Ana Jacinta de Faria, casada com Francisco Afonso da Rosa; - João de Faria, a 24-8-1767; - Amaro de Faria, a 24-6-1771; - Bento de Faria de Neves Júnior, a 27-3-1769; - Thereza Maria, casada com Francisco Pereira da Silva; e - Brígida, a 8-4-1776 (ou Brizida de Faria) (ou Brizida Angélica) , casada com Simão Martins Ferreira. B ento de Faria Neves Júnior , casou-se

O distrito de São Pedro de Rates em Guaçuí-ES..

Localizado no Estado do Espírito Santo . A sede do distrito é Guaçuí e sua história diz: “ ... procedentes de Minas Gerais, os desbravadores da região comandados pelo capitão-mor Manoel José Esteves Lima, ultrapassaram os contrafortes da serra do Caparão , de norte para sul e promoveram a instalação de uma povoação, às margens do rio do Veado, início do século XIX ”.

A origem do sobrenome da família Rattes

Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul

Eis o amor caridade, eis a Irmã Míriam Kolling.

À Irmã Míria T. Kolling: Não esqueçam o amor Eis o amor caridade , dom da eternidade Que na entrega da vida, na paz repartida se faz comunhão ! Deus é tudo em meu nada: sede e fome de amar! Por Jesus e Maria, Mãe Imaculada todo mundo a salvar! " Não esqueçam o amor ", Dom maior, muito além dos limites humanos do ser, Deus em nós, entrega total! Não se nasce sem dor, por amor assumida: Nada resta ao final do caminho da vida a não ser o amor . Próximo artigo: Até breve, Maria Leopoldina Fiorentini. Artigo anterior: Os Juqueiras, Evando Pazini e a fazenda da Lage