O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump...
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Sentimo-nos imensamente honrados com a iniciativa do Padre André em divulgar a história de nossa querida Carmo da Cachoeira através do Projeto Partilha. E, como fazemos parte desta história, resolvemos incluir neste blog, a nossa pioneira Escola Estadual “Pedro Mestre” hoje, com 105 anos de existência, nosso maior motivo de orgulho, por ter acolhidos em suas salas, cachoeirenses ilustres como Padre Antonio de Oliveira Godinho, Dr. General Genuíno Sant’Ana, seu sobrinho Padre Edgar Sant’Ana e tantos outros.
Aos seus ilustres professores Dona Nair, Dona Zuleica, Dona Hermínia, Dona Lourdes Galvão e muitas outras, o nosso eterno agradecimento, especialmente ao mestre que deu nome a esta instituição, o nosso saudoso “Pedro Juvêncio de Souza, o Sr. Pedro Mestre” – amigo dos alunos, o qual sempre os cativava com deliciosos biscoitinhos de polvilho. Bons tempos aqueles da infância de meu pai Argemiro Sant’Ana, dos quais conheço várias histórias, como esta do Senhor “Pedro Mestre” que sabia ser enérgico, porém generoso e amigo – verdadeiro educador – que se preocupava não apenas com a transmissão de conteúdos; mas também com a formação do indivíduo como ser humano.
Outros mestres também fizeram parte de nossa história. Gostaria aqui de homenagear todos eles. Como o número é imenso, escolhi a nossa querida Dona Emilia Brito Mesquita Arco, imagem de humildade, delicadeza, compromisso, resignação, dedicação e amor ao próximo, especialmente aos alunos mais humildes – uma “santa” que graças a Deus ainda está em nosso meio.
Pessoas como Dona Emilia, são um presente de Deus, digna de representar uma classe tão importante, mas infelizmente tão desvalorizada pela sociedade atual.
Em 2003, ao completar 100 anos resgatamos a história de nossa escola e, junto com ela nos emocionamos com uma linda festa.
A partir de 1998, com a municipalização das escolas estaduais de ensino fundamental (1ª à 4ª séries) passamos a trabalhar com alunos de 5ª a 8ª séries – sendo a maioria da zona rural. Hoje também atendemos os jovens e adultos no noturno (Projeto EJA).
Apesar de todas as dificuldades, fomos escolhidos para participar do Projeto “Escola Referencia”. Iniciamos os trabalhos com dois projetos aprovados dentre aproximadamente 300 escolas contempladas em Minas Gerais.
A sociedade atual é totalmente diferente de alguns anos atrás. Hoje com a influência dos meios de comunicação, a busca dos pais pela sobrevivência, famílias desestruturadas... dificulta muito o trabalho a escola. A escola, mais do que nunca, precisa do apoio dos pais, da sociedade para desempenhar realmente o seu papel. Apesar de tantas dificuldades e da total desvalorização profissional, sentimo-nos escolhidos por Deus para realizar esta tão nobre missão – educar.
Sendo assim, graças à infinita misericórdia de Deus, estamos conseguindo vencer barreiras, estamos a caminho e de braços abertos para recebermos todo tipo de colaboração.
A família da
E.E. “Pedro Mestre”
Desde já agradece.
Para maiores informações, conheça o histórico de nossa escola:
Histórico Cronológico da E.E. “Pedro Mestre”
• 1903 – Criação da Escola com o nome de Escola Pública de Instrução Primária.
• 1929 – Feita a escritura do terreno medindo 2000m2 de área, onde foi construído o prédio (parte da frente) onde até hoje funciona.
• 1930 – Passou a Escolas Reunidas.
• 1947 – Instalação do Grupo Escolar com a denominação de “Monsenhor Nardf”
• 1952 – O prédio foi ampliado com a construção de um gabinete e duas salas de aula.
• 1957 – Recebeu a denominação de Grupo Escolar “Pedro Mestre”
• 1970 – Foi construído um galpão coberto e mais duas salas de aula.
• 1973 – Passou a denominar-se Escola Estadual “Pedro Mestre”
Diretoras(es) da E.E. “Pedro Mestre”
Amélia Ernestina de Freitas
Pedro Juvêncio de Souza
Nair Caldeira
Hilda Brito Mesquita
Geuza Nazaré de Carvalho Soares
Maria Aparecida Gonçalves Reis
Gina Lúcia Vilela Chagas Sant’Ana