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Senhor dos Passos em Carmo da Cachoeira - MG.


Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Próxima imagem: Trabalhador cachoeirense da familia Alves Costa.
Imagem anterior: Uma imagem de São Tomé das Letras.

Comentários

Anônimo disse…
O primeiro inventário realizado pela Igreja Matriz da Freguesia do Carmo da Cachoeira traz, entre seus bens, a imagem que se vê hoje na foto - a do Senhor dos Passos. A cidade tinha um ponto dedicado a este IRMÃO MAIOR - JESUS CRISTO, representado no momento do CALVÁRIO. Foi aí, ao derramar seu sangue, que se abriram as portas do UNIVERSO. A partir deste momento, as consciências presentes neste sofrido PLANETA TERRA poderiam alçar voos infinitos. Momento sublime, o da autorização, através do sangue. Um irmão doou-se, e o passaporte tornou-se universal. O homem, residente neste Planeta estava autorizado a conhecer novos, e mais evoluídos mundos - "na Casa do Pai há muitas moradas".
A Igreja do Senhor dos Passos em Cachoeira foi demolida. Em seu lugar instalou-se um bar.
Anônimo disse…
Mundo rebelado este do Planeta Terra. Porque demolir um ponto de religiosidade para colocar um ponto de beberagem? de espalhar o vício? a droga? os maus costumes?Que droga... ...
Anônimo disse…
Pensa que os cristãos aprovaram a demolição da Igreja de Santo Antonio? Não aprovaram não. E a gente sabe quem foi. Pior pra ele e seus descendentes. Não pense não que está certo. Protesto e protesto com gosto. Hoje há espaço pra isso. Meus avós não podiam fazer nada, os mandões, donos da cidade caiam em cima.
Anônimo disse…
Quem desmonta, destrói, um dia irá reconstruir. Está escrito e é uma da Leis Espirituais. A nós todos que desaprovamos estas, e outras ações do passado, cabe ORAR e ENTREGAR nas mãos do Criador. Ele saberá conduzir o processo de restauração dentro da amorosidade.
Anônimo disse…
Li num compêndio o seguinte:
"Aqueles que tinham desperdiçado seu universo no passado tinham que aprender a recriá-lo de forma magnânima e equilibrada. Jesus Cristo, regente do PLANETA TERRA que representa a energia do amor, escolheu ajudar seus irmãos através desta lei e dar-lhes a possibilidade para que cada um aprendesse com as suas criações. A Luz de Jesus Cristo escolheu o despertar da consciência da humanidade pela espiritualidade ao invés da força das armas, pois essa realidade bélica nunca levou nenhuma civilização ao crescimento rumo ao absoluto multidimensional. Na maioria das vezes as civilizações atingem uma soberania aparente sobre a sua realidade mais imediata".
Viu? É isso que o Projeto Partilha está tentando dizer. Mas, não fica à toa não. Vai reconstruir. Na dor ou no amor, terá que reconstruir o que se destruir, portanto, evite acabar com tudo por bel prazer.
Anônimo disse…
Da obra "encontros e desencontros", p.68. Autora, Maria Antonietta de Rezende.

LÁGRIMA DE CRISTO
À Valorosa Corporação Musical


Na praça da Matriz o povo se comprime.
A multidão, compacta e expectante,
Aguarda ansiosa a encenação.
Semblantes comovidos, olhares de desdém,
Alguns indiferentes, até sorrindo vêm,
Tal como aconteceu há quase dois mil anos.
O narrador apresenta os soldados romanos.
Vai começar estranho julgamento;
Um Deus será julgado por vassalos;
Um justo julgado por iníquos;
Um inocente isento de labéu,
Que testemunhas falsas torna réu;
A verdade eterna frente à hipocrisia.
Traído por amigos é preso e manietado.
Ao Sinédrio é levado e julgado à revelia
E começa a beber o cálice da agonia.
O preso é levado à presença de Anás,
Que por sua vez o remete a Caifás;
De Caifás é então levado a Pilatos,
Que o remete a Herodes.
Com estrema crueza e maus- tratos,
É de novo levado ao governador Pilatos.
Em seu lugar, libertam Barrabás,
E a humanidade, até hoje, não sabe o que faz.
Pilatos lava as mãos, ó grande pusilânime!
E o réu tomando a cruz, seu corpo quase exânime,
Sob seu peso tomba e cai,
Mas, de novo se levanta e assim vai,
Até chegar ao cimo do Calvário.
E lá se consome o crime extraordinário.
Cravado à cruz, entre o céu e a terra é levantado.
Entre dois ladrões, lá está o Cordeiro Imaculado.
Ao pé da cruz, sua Mãe (ó dor dilacerante!)
Junta sua lágrima à de Cristo agonizante.
Com Madalena, lá estão Maria e o discípulo amado,
Ao ser cravado à cruz Ele perdoa.
E ao ver o discípulo e sua Mãe ao lado,
Seu único tesouro Ele nos doa.
E ao ver que tudo estava consumado,
Inclina a cabeça e entrega seu espírito
Àquele de quem é Filho muito amado.
A natureza se contorce e assim se evidencia
A sua divindade, a grande teofania.
Descido da cruz, seu corpo inerte
É entregue a sua Mãe para que o aperte
Pela última vez em seus maternos braços,
Dilacerado o corpo e dos membros lassos.
E a cruz lá está triste e solitária.
Ergue-se ao céu uma vibrante ária.
O orador, em apóstrofes magistrais
Tece-lhe elogios brilhantes e imortais.
Sai o cortejo silencioso, grave e lento
Mas, traduzindo do povo o sentimento,
Irrompe a banda em triste e doloroso acento.
Pelas ruas da cidade vai em frente;
Milagres acontecem e o povo sente.
Pelo esforço, ainda mais se comove a multidão:
Bento Leite, Omar, João Caldeira e Sebastião,
Jorge, Rubens, Rômulo, Janir e Tião Nogueira,
João Costa e Geraldo, Eli Alves, Itamar, Nicodemos.
Paulo Sales, Olinto, Assis, João Paulo, Aurílio
e outros mais.


Seu amor à arte há de ficar em nossos anais.
Segue o cortejo levando o Senhor morto,
Como um navio em busca de seu porto.
Cada nota é uma lágrima, um lamento nunca visto,
É uma lágrima de Mãe, é uma Lágrima de Cristo!
Anônimo disse…
SOB O ARRIMO DA ALEGORIA DO DIAMANTE

Ter diamantes e ser pobre.
Ter riquezas naturais e padecer na miséria.
Trabalho, produtor de riquezas, escravizado.
Saber-fazer escondido.
Papel pintado valorizado.
Seres humanos meras peças.
Intelectuais indiferentes.
Empresas virtualizadas.
Máquinas priorizadas,
Ser humano ignorado.
Vida eterna sonhada.
Vida terrena desfocada.


QUANTOS OBSTÁCULOS PARA ATINGIR A PLENITUDE DE VIDA!
Anônimo disse…
Foto de EVANDO PAZZINI, no ano comemorativo do Sesquicentenário de Criação da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, em Carmo da Cachoeira, Minas Gerias. Ano de 2007.
Anônimo disse…
Inventário encomendado pelo Projeto Projeto Partilha. Transcrição: Edriana
Aparecida Nolasco.

Tipo de documento - Inventário
Ano - 1801 Caixa -372
Inventariada - Margarida Francisca do Evangelho
Inventariante - João Gonçalves Valim (II)
Local - São João del Rei

Fl. 01
Inventário dos bens que ficaram por falecimento de dona Margarida Francisca do Evangelho de que é Inventariante seu marido João Gonçalves Valim.
Data - 19 de setembro de 1801.
Local - Sítio chamado Parapetinga. Aplicação da Capela de São Bento do Campo Belo. Freguesia de Santa Ana das Lavras do Funil do Termo da Vila de São João del Rei. Comarca do Rio das Mortes em casa de morada de João Gonçalves Valim.

Fl.10v.
DECLARAÇÃO

(...) logo pelo mesmo Inventariante foi declarado que a Inventariada sua mulher faleceu no dia treze do mês de junho do corrente ano de mil oitocentos e um, sem testamento (...).

Fl.02
FILHOS:
01 - Ignácia, casada com Diogo Garcia Lopes;

02 - Francisca, casada com João Carlos da Silva Lopes;

03 - Teresa, casada com Jerônimo Pereira do Lago;

04 - Maria, casada com Matheus Ferreira Martins;

05 - João, solteiro, de idade de trinta anos pouco mais ou menos;

06 - Manoel Gonçalves Valim, de idade de vinte e oito anos, pouco mais ou menos, solteiro;

07 - Mariana, casada com João Antônio da Fonseca;

08 - Antônia, solteira, de idade de vinte e seis anos pouco mais ou menos;

09 - Joaquim Gonçalves Valim, de idade de vinte e quatro anos e alguns meses;

10 - Ana, que é falecida, e que foi casada com José Antonio da Fonseca;

NETOS: filhos da herdeira falecida, Ana:
01 - João, de idade de dez anos;

02 - Joaquim, de idade de nove anos;

03 - Mariana, de idade de doze anos;

04 - Emerenciana, de idade de seis anos;

05 - José, de idade de oito anos;

06 - Teresa, de idade de quatro anos.

Fl.02v.
BENS:

-01 Alambique novo que se acha assentado no Engenho; uma taicha grande; uma escumadeira; 01 taicha pequena; 01 tacho grande; 12 foices; 10 foicinhas; 07 machados; 02 cavadeiras; 14 enxadas; 21 formas de açucar; 01 gamela grande.

ANIMAIS: 01 cavalo; 01 potro; 01 Égua; 23 bois de carro; 08 bois de carro; 207 vacas; 09 bestas que compõe uma tropa.

ESCRAVOS - 13

Fl.04v
BENS DE RAIZ

-Esta Fazenda chamada Parapetinga que se compõe de campos de criar, matos virgens, capoeiras e que parte de uma banda com o alferes Manoel Francisco Terra, João da Costa Silva e da outra com Francisco José de Mello; e por outra com Manoel Martins, e por outra com dona Mariana, viúva de Antonio Rabello 2:800$000

- As casas de vivenda desta mesma Fazenda, cobertas de telha, assoalhada, paiol, também coberto de telha, cozinha e seu monjolo coberto de capim com seu quintal e mais ranchos senzalas e todos os mais pertences 400$000

-Uma parte que tem ele Inventariante em uma casa de engenho de cana sita nesta mesma Fazenda com os seus pertences em que é sócio com (parte danificada) da Silva 43$550

PRODUÇÃO: Um quartel de cana plantada com parte dele em tempo de corte.

fL.05
DÍVIDA ATIVA

João Carlos da Silva 176$702

MONTE MOR - 6:367$202
Líquido - 4:370$448
Meação - 2:185$224
para cada herdeiro 273$852 e dois quintos.

Fl.22
PROCURAÇÃO

Procuradores nomeados:
- FRANCISCO DE BORJA DA COSTA LIBÓRIO;
- alferes BENTO JOSÉ DE FARIA E SOUZA e
- BENTO LEITE DE FARIA.

Data - 25 de maio de 1802.
Local - Parapetinga
Que faz os herdeiros da Inventariada:
- MATHEUS FERREIRA MARTINS
- JOSÉ ANTONIO DA FONSECA
- DIOGO GARCIA LOPES
- MANOEL GONÇALVES VALIM
- JOÃO ANTONIO DA FONSECA
- JOAQUIM GONÇALVES VALIM
- JOÃO CARLOS DA SILVA LOPES
- JOAQUIM CARLOS DA SILVA
- JERÔNIMO PEREIRA DO LAGO.
Anônimo disse…
Dona Maria Ângela da Cruz, casada com o alferes João Luís Gonçalves é sobrinha de Ângela de Moraes Ribeiro, mãe de JOSÉ JOAQUIM GOMES BRANQUINHO, da Fazenda da Boa Vista, distrito do Município de Lavras.
Maria Ângela da Cruz e João Luís deixou muitos descendentes nesta região. É o caso de dona Ana Luiza Gonçalves, a qual encontramos várias várias vezes citadas na Capela de São Bento do Campo Belo, e com o registro de 2 casamentos: o primeiro com Antonio Joaquim Alves e o segundo com Tomé Francisco de Lemos.

Cf.: Projeto Compartilhar.
http://br.geocities.com/projetocompartilhar/estudojoaoluisgoncalves/
Anônimo disse…
Documento encomendado pelo Projeto Partilha. Transcrição de Edriana Aparecida Nolasco.
Tipo de Documento - Inventário
Ano - 1826 Caixa - 361
Inventariante - Miguel Carlos de Oliveira.
Local - São João del Rei.

Fl.01
- Maria da Silva Pereira, viúva de Francisco de Oliveira Galante
- Miguel Carlos de Oliveira
Data - 27 de novembro de 1826
Local - São João del Rei

Fl.03
Diz Maria da Silva Pereira, viúva de Francisco de Oliveira Galante que por falecimento deste se procedeu a Inventário pelo Juízo de Fora da Vila da Campanha por serem os herdeiros maiores de vinte e cinco anos, e se haver sepultado da ponte d´além do Rio Verde e no Termo daquela Vila o mesmo falecido Galente; porém opondo-se ao procedimento do dito Inventário Miguel Carlos de Oliveira um dos filhos mais velhos da suplicante com exceção declinatória por ser o mesmo falecido morador no Termo desta Vila (...)

Fl.05
PROCURAÇÃO
Procuradores nomeados - Gomes da Silva Pereira; João Rodrigues Silva; Florêncio Antonio da Fonseca; Manoel da Costa Souto; Manoel da Silva de Gouveia; Jacinto Ferreira Fontes; João de Faria Silva; Luís da Cunha Barros.
Data - 18 de novembro de 1826.
Local - Aplicação do Espírito Santo da Varginha, em casa de morada de João Pereira de Carvalho.
Que faz - a viúva Maria da Silva Pereira, moradora no Rio Verde. Termo da Vila de Campanha.

Observação: EDRIANA, transcreve com caneta na cor vermelha, o seguinte:

* (mãe move uma ação contra o filho, fl. 07):

Fl.07 - PROCURAÇÃO
Procuradores Nomeados - Doutor Bernardo Leite de Faria e Souza Thoar; Florêncio Antonio da Fonseca; Manoel da Costa Souto; Sargento-mor João Rodrigues Silva; Antonio José de Oliveira Barreto; Luís da Cunha Barros; Joaquim Bibiano Soares Batista; Manoel da Silva de Gouveia.
Data - 28 de novembro de 1826
Local - São João del Rei
Que faz - Miguel Carlos de Oliveira, morador na beira do Rio Verde desta Vila.

fls.14
BENS
- Em dinheiro corrente - 32$640
- Ferro velho; gancho de balança
- 02 tachos; cobre velho
- truquês; martelo; 3 enxadas; 1 machado; 1 formão; 1 serra de carpinteiro; 1 carro-velho; um lombilho de amansar
- 30 cabeças de porcos de criar
- 04 cangalhas
- 02 mulas; 01 cavalo; 02 machos (burros)
- 9 escravos

Fls.16v
BENS DE RAIZ
- Uma morada de casas sitas na Vila da Campanha na Rua da Prata
- Uma morada de casas sitas na Varginha do Termo de São João.

DOTES
-à filha Inácia, mulher de Manoel José da Silva
-à filha Florência

fl.17
Dívidas Ativas
- o herdeiro Manoel José da Silva, marido da herdeira Inácia 34$800
- o herdeiro Miguel Carlos de Oliveira 91$200
- Caetano da Silva 9$600
- José de Mendonça 14$000
- Miguel da Silva 8$400
- Francisco Cardoso da Cruz 909$481
Miguel Vieira Monteiro 9$200
José Cardoso 200$000
Luís José da Costa 142$000
Maria Madalena Teixeira 4$900

Fl.17v
SOBRE OS BENS DE RAIZ
- A casa sita na Rua da Prata na Vila de Campanha partem de um lado com casas de Miguel Rodrigues Caetano e por outro com casas de Thomé Luís da Motta, com seu quintal 48$000
- as casas da Varginha 26$000
*o herdeiro Miguel Carlos de Oliveira apreendeu os bens por meio de sequestro.

fl.62
Dívidas Passivas
- no Registro de Cabo Verde por quintos 21$900
- Gaspar José de Paiva 3$112
- Luís Alves Taveira 2$400
- Manoel Batista da Costa $600
- João Evangelista Pereira $675
Antonio Caetano Lima 1$800
- Manoel Pinto Ribeiro 1$280

Fl.99
Dizem Manoel José da Silva, testamenteiro de sua sogra Maria da Silva Pereira e herdeiro da mesma por cabeça de sua mulher Inácia Maria de Oliveira (...)
(continua)
Anônimo disse…
Antes de continuar a postagem referente ao comentário anterior, ou seja dados do Inventário de FRANCISCO DE OLIVEIRA GALANTE, um lembrete:

Dona Maria da Silva Pereira, viúva de Francisco de Oliveira Galante, foi madrinha de CAETANA, em 20.06.1771. Caetana era neta de MANOEL ANTONIO RATES e a Ermida escolhida pela família foi a de Campo Belo, e Manoel Afonso, com licença de Pe. Bento Ferreira realizou a cerimônia do referido batizado. O padrinho de Caetana foi Manoel Pereira de Carvalho.

continuação: ref.: Francisco de Oliveira Galante e sua mulher Maria da Silva Pereira.

Fls. 100 TESTAMENTO

Em nome de Deus. Amém.
Eu, Maria da Silva Pereira, viúva de Francisco de Oliveira Galante estou como estou gravemente enferma de moléstia que Deus Nosso Senhor é servido dar-me porém em meu perfeito juízo e entendimento por me temer da morte pela incerteza da hora determino fazer o meu testamento da maneira seguinte:
Sou natural de Nazaré, Comarca de São João del Rei, filha legítima de Simão da Silva Teixeira e Custódia Francisca de Jesus já falecidos.
Fui casada em face da Igreja com Francisco de Oliveira Galante de cujo consórcio tivemos dois filhos: Miguel Carlos de Oliveira casado; e Ignácia, casada com Manoel José da Silva, esta mora no Termo da Vila de Campanha e aquele nesta Comarca e Freguesia de Lavras do Funil.
Nomeio para meus testamenteiros em primeiro lugar a meu genro Manoel José da Silva; em segundo a meu primo João Pereira de Carvalho, e em terceiro lugar a Florêncio Nunes Machado, casado com uma filha natural de meu marido de nome Florência Maria da Conceição (...).
Fl.100v. Meu corpo será envolto em Hábito de São Francisco (...)
Declaro que os bens da minha meação estão em poder de meu filho Miguel há sete anos mais ou menos a poucos dias veio para minha companhia uma crioula de nome Eva com uma cria de peito que está tratando na minha enfermidade e como por causa do mesmo filho está em competência judicial a minha meação até se finalizar o Inventário novamente feito pelo juízo da Vila de São João del Rei por se ter anulado o prêmio feito pelo juízo da Vila da Campanha e por isso espero me venha a mão e quando eu faleça antes de a receber os meus testamenteiros cuidarão neste particular (...)
Declaro que ao tempo de fartura do primeiro Inventário foi meu agente Luís José da Costa o qual havia em vida de meu marido uma parte de terras de culturas por cem mil réis e depois mais um pedaço ou vertentes por cinquenta mil réis (...)
Fls.101) Declaro que a minha intenção nunca foi a de prejudicar meus filhos para aumentar a um terceiro, porém o dito Costa que talvez a sua mente fosse benfazeja envolveu-me com promessas de casar comigo e anuiu aí uma venda fantástica de quatro escravos meus (...)
(...) seis bois que foram vendidos ao filho do Capitão João da Afonseca (...) um crioulinho que vendeu a João Crisóstomo das Chagas, (...)
Fl.102) (...) Declaro que tenho contas com JOÃO PAES DE ALMEIDA, o qual tem me dado várias parcelas de dinheiro como a descontar dos recibos no crédito e o dito há de ainda satisfazer certa quantia ao capitão José Moreira da Rocha que lhe fiquei devendo (...)
Declaro que meu irmão Caetano de Souza Teixeira e o alferes João Marques de Araújo sabem que depois do falecimento de minha mãe da qual me veio um negro que vendi ao dito João Paes de Almeida (...)
(Fls.102v)
Declaro na mesma forma que depois de cumpridos os meus legados e disposições o restante pouco ou mais que ficar instituo por minhas herdeiras as filhas gêmeas e minhas afilhadas e netas , filhas de Manoel José da Silva meu genro e compadre.
fl.103) (...)roguei a Antônio Teixeira da Silva que por mim escrevesse (...) e roguei a Manoel Pereira de Carvalho por mim assinasse em razão de não saber ler e escrever (...)
FAZENDA DO CORGO DO VEADO, Distrito do Espírito Santo da Varginha, Termo e Comarca de São João del Rei, 11 de fevereiro de 1728. Maria da Silva Pereira.

fl.104
TESTAMENTO
Certifico que abri este testamento no dia 23 de fevereiro de mil setecentos e vinte e oito (...) com que faleceu MARIA DA SILVA PEREIRA.
Monte Mor - 3:945$406.
Anônimo disse…
Errata. Tipo de erro: denominação.
Dona Maria da Silva Pereira, mulher de Francisco de Oliveira Galante foi madrinha de Manoel, filho natural de Joaquina, filha de Manoel Antonio Rates. Portanto o NETO DE MANOEL ANTÔNIO RATES, Manoel é que é afilhado de dona Maria da Silva Pereira, e não a Caetana, como constou.

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Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

A Paróquia Nª. Srª. do Carmo completa 155 anos.

O decreto de criação da Paróquia foi assinado pela Assembléia Legislativa Provincial no dia 3 de julho de 1857. Pela Lei nº 805 , a Capela foi elevada para Freguesia, pertencendo ao Município de Lavras do Funil e ficando suas atividades sob a responsabilidade dos Conselhos Paroquiais. O Primeiro prédio da Igreja foi construído em estilo barroco , em cujo altar celebraram 18 párocos . No ano de 1929, esse templo foi demolido, durante a administração do Cônego José Dias Machado . Padre Godinho , cachoeirense, nascido em 23 de janeiro de 1920, em sua obra " Todas as Montanhas são Azuis ", conta-nos: "Nasci em meio a montanhas e serras em uma aldeia que, ao tempo, levava o nome de arraial. (...) Nâo me sentia cidadão por não ser oriundo de cidade. A montanha é velha guardiã de mistérios. Os dias eram vazios de qualquer acontecimento." Ao se referir ao Templo físico dizia: "Minha mãe cuidava do jardim pensando em colher o melhor para os altares da Matriz

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Simpósio Filosófico-Teológico em Mariana

Aproxima-se a conclusão das obras de restauração na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, Igreja Mãe de nossa Arquidiocese. Trata-se de expressivo monumento religioso, histórico e artístico, tombado no âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A Arquidiocese de Mariana, a Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM) e o Instituto Teológico São José (ITSJ) organizam este Simpósio com o objetivo de refletir sobre os trabalhos de restauro que em breve serão entregues à comunidade, bem como debater o significado deste templo, em relação aos aspectos teológicos e sua importância artística e arquitetônica em mais de três séculos de existência. Programação : de 25 à 27 DE MAIO DE 2022 25/05/2022 – Quarta-feira Local: Seminário Maior São José-Instituto de Teologia 19h - SAUDAÇÃO INICIAL - Côn. Nédson Pereira de Assis Pároco da Catedral - Mons. Celso Murilo Sousa Reis Reitor do Seminário de Mariana - Pe. José Carlos dos Santos Diretor da Faculdade Dom