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Igreja do distrito de Palmital em Carmo da Cachoeira.

Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira, periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade.

Próxima imagem: Diverso estilos arquitetônicos convivem lado a lado.
Imagem anterior: O GAPA e o direito de todos os seres de nosso planeta.

Comentários

Anônimo disse…
A Igreja barroca, símbolo de Carmo da Cachoeira, e que identifica o Projeto Partilha para os internautas foi demolida em 1929 e substituída pela arquitetura que se vê na foto. Foram com estas palavras que o professor Wanderley Ferreira de Rezende nos relata a substituição: "Em 1928, veio para Carmo da Cachoeira, como vigário da paróquia, o Cônego José Dias Machado, baiano de grande cultura, orador extraordinário e que, com as suas pregações, apreciadas até pelos não católicos e a organização de associações religiosas, conseguiu atrair o povo para o arraial, de tal sorte que os domingos e dias santificados se tornaram como dias de festa em anos anteriores. Resolveu desmanchar a velha matriz e construir outra mais de acordo com as necessidades da paróquia. Eis o resultado aí. Hoje não é mais esta da foto. Já passou por outras reformas.
Anônimo disse…
Errata. Tipo de erro: conceitual. Esta é a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, em Carmo da Cachoeira, e NÃO no Distrito do Palmital do Cervo, conforme especificação. Os bancos que aparecem na foto servem ainda hoje como ponto de descanso e entretenimento para crianças, jovens e pessoas idosas. Buscam refrigério, no frescor das frondosas árvores ali existentes. A praça é mais procurada nos fins da tarde. Seu Rosendo (ele, sim, é um genuíno, do PALMITAL DO CERVO), fica de olho em tudo. Apareceu gente estranha, lá vai ele tentando aproximação, buscando uma conversa de cá, outra de lá, até ganhar confiança. É um guardião do local, e o pessoal o respeita. São poucas as pessoas que sentam para leituras, no entanto, tenho visto algumas. Em Carmo da Cachoeira, é pouco comum ver pessoas com revistas ou livros nas mãos. Elas aparecem, normalmente, com estudantes e em horários escolares. A praça serve para atividades físicas, onde professores são vistos com grupos de crianças. Brincam de roda, com bolas. É uma praça extremamente agradável. Algo que diferencia a Praça do Carmo, de outras pracinhas do interior, é a falta de sorveterias ou lojas de artesanato, e outras miudezas. As casas que a circundam são residenciais.
Anônimo disse…
Luiz José Álvares Rubião, em sua obra "Álbum da Varginha", editado pelo Estabelecimento Graphico: Casa Maltese - Varginha - Minas Gerais, edição não paginada, conta a história do Município de Varginha, no qual Carmo da Cachoeira está inserida, como Distrito que é deste município. Diz ele:
CHOROGRAPHIA DO MUNICÍPIO

O aspecto do município de Varginha, como de toda zona do Sul de Minas, é montanhoso. Suas elevações mais notáveis são: a S.E. a serra dos Tachos e a N.E. a serra de Três Pontas.
O maior curso dagua que banha o município é o Rio Verde do que o separa do Município de Eloy Mendes e da Campanha. Esse magnífico curso dagua, de feição encachoeirada e de grande queda, constitue uma das maiores riquezas naturaes do município; pois, pela vivacidade de sua corrente, quebrada por numerosas cachoeiras, representa uma rica jazida de "hulha Branca" que será futuramente explorada, como já é, em parte, pela companhia Vivaldi que tem grande represa a 6 kilometros desta cidade.
Depois, as margens do RIO VERDE ricas e belíssimas paisagens, são fertilíssimas, prestando-se especialmente para o cultivo do arroz em larga escala. Suas águas, apezar de sempre toldadas pelos rezíduos das mineirações de ouro do XICÃO e de SANTA LUZIA, são habitadas por magníficos variedades de peixes. O ribeirão do Tacho que passa à 14 kilometros da cidade separa este município do de Três Corações. - O MASCATINHO corre a 12 quilometros da cidade e determina a diviza de Varginha com o município de Três Pontas.
O Município de Varginha possue magníficas quedas de água, sendo a salientar as seguintes:
Cachoeira da Varginha
Cachoeira das Sete Cachoeiras
Cachoeira do Caixão
Cachoeira do Salto Grande.
A companhia Vivaldi, como ficou dito, desde o anno de 1914, utiliza-se de uma poderosa usina hydro-eléctrica, aproveitando a queda do RIO VERDE, com força de 1.500 cavalos ou 780 K W, podendo fornecer energia electrica a esta cidade e às localidades visinhas.
Anônimo disse…
O Distrito de Carmo da Cachoeira, Município de Varginha, está inserida na fala de Luiz José Álvares Rubião, por ocasião da GRIPPE HESPANHOLA. Diz ele:
Em primeiro de novembro deste anno (o exemplar que temos em mãos não traz referencial que indique data), apezar do dia chuvoso, do atrazo havido nos trabalhos agrícolas, da epidemia reinante, o eleitorado da Varginha acudiu, patrioticamente, às urnas, suffragando os nomes dos futuros vereadores municipaes.
A divergência política se fazia sentir, ha quatro annos no município, como uma sombra nuvem, dissipou-se sob os esforços dos chefes políticos Cel. Domingos Ribeiro de Rezende e o Cel. Antonio Justiniano de Rezende Xavier que obtendo de seus correligionários concessões e transigencias mutuas, firmaram memoravel accordo
E é de lastimar que esta solução, embora não rezolva plenamente o problema da paz e harmonia do município, chegou tão tarde, depois de um triennio esbanjado em luctas estereis e improductivas.
A pandemia da GRIPE HESPANHOLA que já se fazia sentir nesta cidade desde outubro, tomou grande incremento no mez de novembro, principalmente entre a classe pobre.
Felizmente, espíritos caridosos, muito auxiliados pelos Irmãos Maristas, puderam, ainda em tempo, organizar improvizados socorros, que muito alliviaram os soffrimentos dos desprotegidos da sorte, fornecendo-lhes alimentos, roupas recursos médicos e medicamentos.
Foi, por isto, organizado, no prédio da Casa de Caridade, um pequeno hospital, donde, sem medir esforços nem olhar perigos, acudiram as senhoras varginhenses, exemplo de solidariedade humana, para curar os attacados da assoladora pandemia.
Anônimo disse…
O Projeto Partilha pede desculpas, e espera compreensão por parte de todos. A Igreja que aparece na foto é a de NOSSA SENHORA APARECIDA, no Distrito do Palmital do Cervo.
Por conta de que ocorreu o equívoco. Foram dois motivos:
- a semelhança da atual arquitetura, com a da Igreja Nossa Senhora do Carmo, a época da referida reforma citada no comentário anterior;
- as fotos do arquivo do Projeto Partilha, feitas por Evando Pazzini, no ano do Sesquicentenário da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, 2007. Na ocasião, a Igreja era toda cercada de Cipistres. Hoje, a praça está reestruturada e apresenta-se, muito semelhante a Pça Nossa Senhora do Carmo, dos primeiros anos do século XX.
Anônimo disse…
O Projeto Partilha busca ouvir, através de diversos autores, um pouco de sua história. Com esse objetivo, conhece o pensamento Luiz José Álvares Rubião, através de sua obra: ÁLBUM DA VARGINHA, editado pela Casa Maltese, Varginha, Minas Gerais. Vamos ouvir seu depoimento sobre a antiga sesmaria de Padre Bento Ferreira que, "começando no Córrego do Palmital indo até o Rio do Peixe". Lembrando aos internautas que Carmo da Cachoeira, a época dos referidos escritos, pertencia ao Município de Varginha, portanto, sua história faz parte da história de Espírito Santo da Varginha e, devido a este sentido de pertencimento, é que o autor enfoca a vida e os fatos referentes a época histórica.
Agora, a palavra está com RUBIÃO:

IMPORTANTE PLEITO

O memorável pleito judicial, que reivindicou as terras do patrimonio da capella de S. Bento do Campo Bello, é um monumento perene do espírito religioso dos CACHOEIRENSES.
E, uma lacuna ficaria, se nestas páginas não lembrassemos dessa grande pugna.
Vejamos em traços ligeiros, o histórico da questão.
Nos fins do século XVIII, o Padre Bento Ferreira, dono de importante sesmaria de 3 léguas que, começando no córrego do Palmital até o Rio do Peixe, construíu a actual capela de S. Bento, dando-lhe como patrimônio parte de suas terras. O restante da sesmaria ficou constituindo a fazenda do Campo Bello que até hoje perdura com o mesmo nome.
Por morte do Padre Bento, verificada no anno de 1784, ficou a capella em abandono, ou antes, entregue aos cuidados dos pobres moradores daqueles descampados.
Dez annos depois da morte do Padre Bento, Manoel Francisco Ferreira construíu o primeiro prédio no patrimonio, que mais tarde foi doado a São Bento.
Que esta capella sempre foi venerada, é certo;pois seu relativo estado de conservação revella que mãos piedosas não descuravam de sua santa casa. E mesmo, as pessoas antigas dizem que outr´ora se fizeram na venerável capella esplendidas festas religiosas acompanhadas das tradicionaes "cavalhadas".
Afinal, o patrimonio da capella, sem uma demarcação em forma, pois a própria escriptura da doação desaparecera; foi, por isso, pouco a pouco invadida pelos proprietários vinhos que, afinal, acabaram por assenhorearem-se de todas as terras da capella.
Estavam as cousas neste pé, quando os CATHOLICOS CACHOEIRENSES, por intermédio da fábrica da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, iniciaram a demarcação judicial do patrimonio de São Bento, sendo advogado do glorioso Santo o Dr. José Marcondes de Andrade Figueira. Este pleito, que durou annos, teve como epílogo o triumpho completo da Matriz, que reinvindicou o ptrimonio de São Bento. Sendo a luminosa sentença desse memorável pleito, lavrada pelo Dr. Francisco Carneiro Ribeiro da Luz, então Juiz de Direito da Comarca.
Hoje(leia-se, mais ou menos, 1920), a capella de São Bento, forma o núcleo de um florescente povoado que conta para mais de cem casas cobertas de telhas e assoalhadas: 8 casas de commercio etc., etc.
O povoado é servido pela estação do "SALTO" na Estrada de Ferro Rede Sul-Mineira, no Ramal de Três Corações, da qual dista 12 kilometros (do centro administrativo de Varginha).
É alma do progresso do novo povoado o Reverendíssimo Padre João Pina do Amaral, vigário da FREGUESIA DO CARMO DA CACHOEIRA, que não descança, estimulando as iniciativas dos moradores, servindo também de intermediário com os chefes políticos do districto quando se trata de propugnar pelos melhoramentos do povoado.
Interferência esta, que tem produzido sempre excellentes resultados.

OBSERVAÇÃO: No centro da página onde foi apresentado o artigo está a foto do PROFESSOR , senhor ARLINDO CRUZ.
Anônimo disse…
RIO VERDE - ESTAÇÃO FLORA.

Luiz José Álvares Rubião, ao descrever, como ele chama de, "NOSSAS FAZENDAS", fala da Fazenda dos TACHOS. Conta detalhes, utilizando algumas folhas de seu trabalho, entre fotos e detalhamentos da propriedade do Cel. Emilio Justiniano de Rezende e Silva. Num dos trechos diz: "A Fazenda dos Tachos dista 10 kilometros da Estrada de Ferro Rêde Sul-Mineira, onde se prende por uma excellente estrada de rodagem que se desdobrando pelo valle do RIBEIRÃO DOS TACHOS vae ter a ESTAÇÃO DE FLORA (rever dados em citações anteriores já estudados pelo Projeto Partilha. Veja a FAZENDA DA BARRA DE TRÊS CORAÇÕES, com a "FAMÍLIA PINTO BARRA").

RUBIÃO fala do proprietário da FAZENDA DOS TACHOS em tom apaixonado. "Além da cabeça pensante um coração sempre prompto a socorrer e proteger aquelles que abeiram de sua sombra".
Anônimo disse…
DOIS RIBEIRÕES: O Ribeirão do PARAÍZO e o Ribeirão São José.


RIBEIRÃO DO PARAIZO. Ele existe, e é o que fornece água para a fazenda do capitão GABRIEL PENHA DE PAIVA.

FAZENDA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, na fala de RUBIÃO:

A fazenda do capitão Gabriel Penha de Paiva é uma das melhores propriedades do Município de Varginha. Começando por suas terras nos subúrbios desta cidade, extende-se em direcção da cidade de Três Pontas numa distância de 7 kilômetros. Sua área de 400 alqueires é como de todas as fazendas deste município, cultivada no seu limite extremo de producção. Suas terras de excellente "cultura, de composição francamente vulcânica, são altas e soalheiras. Prestando-se, deste modo, a cultura do café e de pastagens, pois a geada, mesmo a grande geada, só tem attingido limitadas orlas marginaes aos córregos. No mais, uma primavera eterna domina suas encostas. Seus cafezaes, alguns em franca producção, outros, no seu início, produzem actualmente 6.000 arrobas de magnifico café. Suas invernadas, que começam nas imediações desta cidade extendem-se em ondulações suaves pelos valles do ribeirão São José, cortando a linha férrea em dois pontos.
400 cabeças de gado, enchem suas magnfícas pastagens, entre as quaes sobresahem magníficos especimes de caracú, o typo dominante da fazenda.
DOIS RIBEIRÕES, O DO PARAÍZO e o de SÃO JOSÉ, fornecem bôas aguadas, sendo de notar que este último, pela sua altura de nível, bôa qualidade de suas águas e proximidade da cidade, poderá ser futuramente aproveitado para o abastecimento de agua potável da nossa urbs.
A Chácara do Sagrado Coração de Jesus, onde reside o seu proprietário, é uma das vivendas mais pictorescas das que existem neste município. Edificado no espigão, águas vertentes, que divide as águas do córrego do PINHEIRO e do ribeirão de São José, em situação mais alta que os pontos mais altos da cidade, offerece aos olhos do forasteiro uma das mais bellas perspectivas que se imaginar possa.
Ao Sul, desdobra-se a serra da CAMPANHA em linha recta como riscada a régua.
Nas brechas e contra forte das montanhas mais próximas, apparece, cá e lá, como uma lapide de azulejos o sombranceiro vulto da magestosa Mantiqueira.
Lançando-se um olhar mais ao perto, decortina-se, em meia folha, num traço de pintura panorâmica, a cidade Varginha, que offerece ao golpe do visual do neophito da paisagem, um scenario phantastico, magico e incomprehensível. As casas e edifícios vários, encastellam-se num amontoamento de titans, entre tufos e vagas do arvoredo, onde despontam estipedes de palmeiras, num crescer e afogar de copas de jaboticabeiras e mangueiras da côr característica do verde inglez. As ruas desaparecem e o alinhamento das praças e avenidas parece inexistente.
O capitão Gabriel Penha de Paiva , trabalhador, methodico, cheio de iniciativas, intelligente, amigo extremado desta terra, impõe-se na estima geral de todos os seus conterraneos. Depois, é um espírito caridoso e democrático: estimado em extremo de seus aggregados, camaradas e colonos a quem trata com confiança e estima.
E essa dedicação do Capitão Gabriel Penha de Paiva aos seus, ficou bem patenteada na última epidemia da "grippe hespanhola" em que prestou relevantes serviços, soccorrendo, com médicos e medicamentos, aos doentes da sua fazenda. E mesmo a pobreza desta cidade prestou seu inestimável concurso, fornecendo gratuitamente todo o leite da sua fazenda, para alimentação dos indigentes.


OBSERVAÇÃO: José da Costa Moraes, filho de MANOEL ANTONIO RATES, casado com dona Maria da Penha, foram moradores na Fazenda Pouso Alegre, nas imediações desta, citada por RUBIÃO.
Anônimo disse…
Leia-se no comentário anterior: FAZENDA PEDRA NEGRA, local de residência de José da Costa Moraes, filho de MANOEL ANTONIO RATES, e sua mulher MARIA DA PENHA.

RIBEIRÃO DA CAVA.

Na margem do "RIBEIRÃO DA CAVA", próxima à estrada de rodagem que vae da cidade de Varginha à FREGUESIA DO CARMO DA CACHOEIRA, fica a FAZENDA DO LEME.
Dista desta cidade (Varginha) 17 kilômetros e 13 kilômetros da FREGUESIA DO CARMO DA CACHOEIRA. Sua área é de 300 alqueires; sendo 180 de invernadas de capim gordura e 120 de capoeirões e mattas, riquíssimas em madeiras.
Suas terras férteis são ricas de boas aguadas. Tem 25 alqueires de terreno plantado em cafezaes de 1 a 2 annos de idade que apresentam bellissimo aspecto.
Actualmente, nas pastagens encontram-se 400 cabeças de gado vaccum de criar e de engorda.
Fica próxima a Fazenda Pedra Negra, onde JOSÉ DA COSTA MORAES, e dona Maria da Penha deixaram seus testamentos.
Anônimo disse…
FAZENDA "RETIRO DO MATTO".

Esta importante propriedade agrícola surge a uma légua e meia da FREGUEZIA DO CARMO DA CACHOEIRA, sede do Districto a que pertence. É uma parte da antiga e vetusta fazenda "SAQUAREMA", herdada pelo Capitão Antenor Teixeira Reis. O córrego "Retiro do Matto", que passa a beira dos cafezaes, como uma ampla franja espumosa, empresta-lhe o nome, separando-a das outras propriedades agrícolas.
A colheita do café produz cinco mil arrobas, alcançando, em média, o typo N. 3. A sua exportação se faz pela ESTAÇÃO DO CARMO DA CACHOEIRA, depois de aproveitar uma das machinas que, perto da fazenda, acham-se installadas, para rebenefício.
Anônimo disse…
Passaremos a ouvir Sylvestre Fonseca e João Liberal, através de sua obra, ALBUM DE VARGINHA. Ano de 1918. p.118:

FAZENDA SÃO JOSÉ DO CURRALINHO.

Propriedade do Capitão JOSÉ SEVERO DA COSTA. Distante 12 kilômetros da cidade (Varginha), abrange uma área de 330 alqueires de terras, sendo 140 em mattos e capoeiras.


SÍTIO DA SERRA.

Propriedade do Capitão LUIZ SEVERO DA COSTA. Situado a seis kilômetros da cidade (Varginha). Área de 200 e tantos alqueires de terras, contendo 20 alqueires de cafezaes, produzindo em média 2.500arrobas por anno. 195 alqueires de pastagens de capim gorgura. O Capitão Luiz Severo vende, da raça caracú, novilhos e novilhas.


FAZENDA DA CACHOEIRA

Propriedade agrícola do Capitão Francisco de Paula Reis. Distante doze quilômetros da cidade, abarca uma área de 180 alqueires de terras, todas ellas de superiores culturas e pastagens. A FAZENDA CACHOEIRINHA é de propriedade de MANOEL PROCÓPIO BUENO, situa-se a nove quilômetros da cidade (Varginha). Bem pequena, porém, toda ella composta de superiores terras de culturas.


FAZENDA DO CAMPESTRE

Propriedade do Cel. Manoel Alves Teixeira, dirigida e administrada por seu filho Antonio Alves Teixeira. Situa-se a nove quilômetros da cidade (Varginha)


FAZENDA DA CAVA

Propriedade do coronel Manoel Alves Teixeira, situada a 15 kilômetros da cidade e com uma área de 550 alqueires de terras, inclusive as fazendas do CAMPESTRE E BREJINHO, administrada por Júlio Alves Teixeira, filho de Manoel Alves Teixeira.


FONSECA/LIBERAL trata como sendo duas propriedades distintas as chamadas: Fazenda São José e a Fazenda São José do Curralinho.
A Fazenda SÃO JOSÉ é, segundo eles, a que fica próxima ao RIBEIRÃO DO PARAIZO. Em seu estudo, p. 128 diz:
Fazenda São José, residência e propriedade do capitão José Alfredo de Rezende, dista 15 quilômetros da cidade (Varginha), abrange uma área de 50 alqueires de terras, todas de fecunda e uberrimas culturas.

FAZENDA DO LAGEADO

Propriedade agrícola do capitão José Bernardes de Rezende. Situada a seis quilômetros da cidade (Varginha), tem 60 alqueires de terras, e é uma boa fazenda.

FAZENDA JACUTINGA

Propriedade do senhor Francisco da Silva Paiva. Página 130, dista da cidade 6 kilometros. Na p.147, diz, "FAZENDA DA JACUTINGA, propriedade agrícola do Capitão João Baptista de Carvalho, situada a 6 quilômetros da cidade (Varginha).

FAZENDA DA ESTAÇÃO DA ESPERA

Residência do Capitão Sebastião Octaviano da Silva. A benção da fazenda se deu pelo Reverendo Padre Picimini.

FAZENDA DO BOM RETIRO
Propriedade do cap. João Baptista Bueno. d
Distante 6 kilômetros da cidade (Varginha), com 120 alqueires de terras.

FAZENDA BOA VISTA

Propriedade do Cel. Joaquim Pinto de Oliveira. Situaada a 9 kilômetros da cidad (Varginha), em a MARGEM DO RIO VERDE.
Anônimo disse…
A igreja que aparece a cima fica localizada no distrito de palmital do cervo!!

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O decreto de criação da Paróquia foi assinado pela Assembléia Legislativa Provincial no dia 3 de julho de 1857. Pela Lei nº 805 , a Capela foi elevada para Freguesia, pertencendo ao Município de Lavras do Funil e ficando suas atividades sob a responsabilidade dos Conselhos Paroquiais. O Primeiro prédio da Igreja foi construído em estilo barroco , em cujo altar celebraram 18 párocos . No ano de 1929, esse templo foi demolido, durante a administração do Cônego José Dias Machado . Padre Godinho , cachoeirense, nascido em 23 de janeiro de 1920, em sua obra " Todas as Montanhas são Azuis ", conta-nos: "Nasci em meio a montanhas e serras em uma aldeia que, ao tempo, levava o nome de arraial. (...) Nâo me sentia cidadão por não ser oriundo de cidade. A montanha é velha guardiã de mistérios. Os dias eram vazios de qualquer acontecimento." Ao se referir ao Templo físico dizia: "Minha mãe cuidava do jardim pensando em colher o melhor para os altares da Matriz

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Simpósio Filosófico-Teológico em Mariana

Aproxima-se a conclusão das obras de restauração na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, Igreja Mãe de nossa Arquidiocese. Trata-se de expressivo monumento religioso, histórico e artístico, tombado no âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A Arquidiocese de Mariana, a Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM) e o Instituto Teológico São José (ITSJ) organizam este Simpósio com o objetivo de refletir sobre os trabalhos de restauro que em breve serão entregues à comunidade, bem como debater o significado deste templo, em relação aos aspectos teológicos e sua importância artística e arquitetônica em mais de três séculos de existência. Programação : de 25 à 27 DE MAIO DE 2022 25/05/2022 – Quarta-feira Local: Seminário Maior São José-Instituto de Teologia 19h - SAUDAÇÃO INICIAL - Côn. Nédson Pereira de Assis Pároco da Catedral - Mons. Celso Murilo Sousa Reis Reitor do Seminário de Mariana - Pe. José Carlos dos Santos Diretor da Faculdade Dom