Pular para o conteúdo principal

Busto do Professor Wandico na Escola Estadual Prof. Wanderley Ferreira de Resende.

Ajude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço "comentários" para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região.

Comentários

Anônimo disse…
Carmo Cachoeira, junho de 1975.

Caros amigos.

Quando pensei em escrever as páginas de que compõe o livrinho, Carmo da Cachoeira - Origem e Desenvolvimento, não tive em mira fazer obra literária, mas apenas passar para o papel, em linguagem simples e clara, tudo aquilo que eu sabia, por tradição ou baseado em documentos antigos, sobre as origens e desenvolvimento de Carmo da Cachoeira.
Descendentes de famílias das mais antigas que povoaram esta região, como Reis, Branquinho e Rezende, seria de admirar que eu nunca tivesse ouvido de meus avós, que por sua vez ouviram de seus antepassados, muita coisa do que por aqui aconteceu em tempos antigos. Por outro lado, os dados que consegui através de livros de atas e outros documentos originais foram gentilmente mandados pelo meu prezado amigo Ari Florenzano, muito me auxiliaram na realização desta obrinha.
Há tempos, conversando com o Dr. Joaquim Fernandes Vilhena Reis, que como seu saudoso pai e como leu muito se interessa pelas coisas do passado desta terra, eu lhe disse que estava encontrando sérias dificuldades em conseguir certos dados de que necessitava para escrever a história, mesmo resumida, de nosso município. Disse-me ele, então, que eu deveria escrevê-la mesmo com imperfeições, pelo menos para que não se perdesse tudo o que eu sabia, enquanto outros ignoravam. É o que estou fazendo. Sei que há lacunas e imperfeições sob vários aspectos, mas para alguma coisa deverá servir.
Apesar de pequeno, o livrinho por mim escrito está dividido em duas partes: a primeira foi escrita com base na tradição e em documentos originais; quanto à segunda, é composta de alguns trabalhos por mim escritos em 1957, a pedido do então vigário da paróquia. Revmo. Pe. Manoel Francisco Maciel, e publicados em "A Voz Diocesana", de Campanha. Neles se encontram aspectos da vida cachoeirense nos últimos 60 ou 70 anos e, por conseguinte, ligados à história do município. Por este motivo resolvi incluí-los na obra.
Quando algum outro puder fazer trabalho completo e mais perfeito, porque disponha de tempo e recursos para investigações mais profundas, poderão os cachoeirenses possuir uma história mais ampla e talvez mais exata de sua terra.
Por enquanto, deverão contentar-se com esta.
WANDERLEY FERREIRA DE RESENDE - in memoriam.

Observação. Como o próprio professor registrou, ele é descendente de três ramos familiares de Carmo da Cachoeira: Reis, Branquinho e Rezende, portanto está ligado, em suas origens a FAZENDA BOA VISTA DE JOSÉ JOAQUIM GOMES BRANQUINHO, que tem como sustentáculo a FAMÍLIA MORAES, através de sua mãe ÂNGELA RIBEIRO DE MORAES, também grafada, em alguns documentos, como ÂNGELA RIBEIRA DE MORAES.
Nesta carta, em nenhum momento o professor se referiu as outras famílias que fizeram parte da formação da sociedade cachoeirense. Falou, apenas, de suas origens. No decorrer de sua obra ele mostra outras presenças.
Anônimo disse…
Carmo da Cachoeira, dezembro de 1980.

Caros amigos.

DUAS PALAVRAS SOBRE A NOVA EDIÇÃO:
CARMO DA CACHOEIRA: Origem e Desenvolvimento.

Publicado em 1975 o livro "Carmo da Cachoeira - Origem e desenvolvimento", não me passava pelo pensamento a idéia de que, em futuro tão próximo, eu viesse a lançar uma outra edição da obra. É bem verdade que naquela ocasião eu poderia ter estendido a narração dos fatos sucedidos após a elevação de Carmo da Cachoeira à categoria de município; mas, até certo ponto, isto fugiria à minha finalidade principal que era, então, apenas a de deixar para a posteridade, em livro, aquilo que, como disse o Dr. Joaquim Fernandes de Vilhena Reis, eu sabia, enquanto outros ignoravam. Entretanto, recebendo há pouco uma gentil oferta do ilustre atual Diretor da Imprensa Oficial de nosso Estado, Dr. Morvan A. Acayaba de Rezende, para a impressão de uma nova edição mais desenvolvida de meu modesto trabalho, depois de pesar os prós e os contras de tal empresa, resolvi arriscar-me a ela e entregar aos leitores esta nova edição, aumentada com a narrativa de alguns fatos ocorridos antes e depois da criação do município.
Como aconteceu com a primeira edição, também esta não está isenta de lacunas e imperfeições que o leitor deverá desculpar, considerando que o autor não é e nunca foi homem de letras e apenas tem a seu favor a boa vontade.
A Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, na pessoa de seu dinâmico Diretor, Dr. Morvan Aluísio Acayaba de Rezende e à Prefeitura Municipal de Carmo da Cachoeira, representada´pelo Prefeito Sebastião Modesto de Oliveira, deixo aqui expressos os meus sinceros agradecimentos, pelas facilidades a mim propiciadas na publicação desta obra.
WANDERLEY FERREIRA DE REZENDE
Anônimo disse…
Carmo da Cachoeira, julho de 1981.

Caros amigos.

Por que uma obra com o título de "GAVETA VELHA"?

Todos os títulos de livros têm a sua razão de ser e este não escapa à regra portanto, realmente, tudo quanto neste livrinho se vai ler estava engavetado há muitos anos: - são trabalhos selecionados entre mais de uma centena, escritos e publicados em jornais entre os anos de 1930 e 1942 e que agora, com algumas modificações, reúno em volume.
Praticamente, quase nada tenho a acrescentar nesta espécie de prólogo, a não ser uma explicação sobre a minha maneira de escrever. Já me disse alguém que eu sou muito sintético em tudo quanto falo ou escrevo e é uma verdade porque, de fato, a prolixidade não é o meu fraco e além disto o meu estilo é o mais simples possível; é estilo de quem escreve para o povo e por isto mesmo não vou buscar no vocabulário da língua palavras ou expressões que o povo não possa compreender. Para os que gostam de linguagem difícil, com palavras rebuscadas ou criadas sem nenhuma necessidade, aí estão nas livrarias as obras de Guimarães Rosa, de quem disse o acadêmico, cônego Bueno de Sequeira: "O que observo nele é que ele é um escritor obscuro, vale dizer confuso". Pouco mais adiante, continua o mesmo acadêmico: "Eu acho apenas que ele (Guimarães Rosa) é um escritor esotérico. É um escritor que serve para intelectuais. E sobretudo intelectuais desocupados, que disponham de tempo para ler uma página, e se não compreenderem ainda, perguntar a outros, já que o autor não pode mais ser entrevistado".
Tem muita razão o cônego Bueno da Sequeira e também eu julgo que o badalado escritor mineiro pretendeu criar uma linguagem nova, pouco se importando que o leitor compreendesse ou não o que ele escrevia. Eu mesmo comprei "Sagarana", "Tutaméia" e "Primeiras Estórias". Li pouco, compreendi menos e não quis ler mais. Já temos na vida muitos outros problemas e não precisamos procurá-los na literatura. Pelo menos para que não nos aconteça como no caso desta piada:

No tempo em que o Integralismo estava no auge, um caboclo estava lendo o livrinho "Psicologia da Revolução", de Plínio Salgado; ia passando por ele um advogado, parou, olhou o título do livro e querendo zombar do caboclo, perguntou-lhe:
- Escute aqui, meu amigo. Você compreende o que está lendo nesse livro?
E o caboclo, calmamente respondeu:
- "Não, sinhor. Não compreendo não. Mais livro do Prinio, pra nois, é como o evangelho de Nosso Sinhor Jesus Cristo; o padre prega lá na igreja, noiS ouve, não compreende, mais acredita".
É por uma destas e outras que o escritor que escreve para o povo deve fazê-lo de modo que o leitor, acredite ou não, leia e compreenda o que leu.
É o que eu sempre procuro fazer.

WANDERLEY FERREIRA DE RESENDE
Anônimo disse…
C. Cachoeira, 25-09-1933.

CARTA ABERTA A OTÁVIO ALVARENGA.

Prezado Otávio.

Grande foi a surpresa que me causou a leitura do teu "Bilhete a Ninon", porque, conquanto viesse notando há muito, através dos teus trabalhos literários, que ias descambando para o pessimismo, bem longe estava de supor que tão rápida fosse a tua queda.
De fato parece que deixaste o mundo idealista, onde formosas vicejam as ilusões da juventude e muito cedo penetraste este outro mundo, tão diferente, onde reina despótica a mais crua e martirizante realidade. Martirizante, sim, que o conhecer como ele realmente é, este mundo que habitamos, não é pequeno martírio para as almas ainda adolescentes que para ele vieram, trazendo o coração repleto de sonhos, de ilusões, de esperanças quase sempre irrealizáveis. Se realmente vinhas mantendo em teu espírito um mundo de ilusões, como sói acontecer às criaturas ainda no verdor dos anos, reconheço que grande deve ter sido a tua decepção ao despertares para as realidades da vida. Mas, atente: o que te invadiu prematuramente o ser, não foi o tédio, como pensas: foi o conhecimento exato da vida; foi a certeza de que a vida, como disse Vargas Vila, é um poema de Dor; de que a nosso existência, na expressão do grande poeta Vicente de Carvalho, "nada mais é que uma grande esperança malograda"; foi, enfim, a Verdadeira Ciência que te invadiu o ser. Sim, Otávio, porque quanto mais livre se torna uma pessoa pela cultura da inteligência, quanto mais sábio se é, tanto mais se vai afundando nos abismos da Dor. Portanto, sê triste, sê pessimista, porque esse é o fim de todo homem inteligente e culto; mas nem por isso deves deixar a luta e abandonar a literatura. Se não queres ou não podes cantar as efêmeras belezas das coisas do mundo, analisa a vida; disseca o homem moral e material e põe-lhe à mostra o nada que ele é; transforma tua pena em azorrague e chibata-lhe sem dó nem piedade o egoísmo, a ambição, a vaidade e a hipocrisia, certo de que, assim procedendo, estarás contribuindo com a tua parte para o aperfeiçoamento da humanidade futura.
Escrevendo sobre o grande filósofo Raimundo Farias Brito, diz Jakson de Figueiredo em seu livro "Algumas Reflexões sobre a filosofia de Farias Brito": "A vida em derredor o angustia, está convencido de que imperam atualmente os dogmas do desespero mas apesar de tudo isto e até de reconhecer que assim vimos todos do - de um abismo para outro de que a vida foi sempre esta luta desesperada, uma sorte de amor sádico da espécie, ele é o filósofo otimista, crê em nosso aperfeiçoamento, na conquista do universo pelo espírito, cada vez mais poderosamente armado com a verdade, trabalha com afinco nesta missão suprema da filosofia, como solução do problema da existência"
Pois bem, Otávio. Sejamos como Farias de Brito: soframos com a presente condição da humanidade mas, e apesar ainda do nosso pessimismo, olhos fitos no porvir, lutemos com todas as nossas forças pela perfeição das gerações futuras.
Abraça-te o amigo e admirador sincero,
WANDERLEY FERREIRA DE REZENDE
Anônimo disse…
ALGUMAS HONROSAS REFERÊNCIAS SOBRE O LIVRO "CARMO DA CACHOEIRA - ORIGEM E DESENVOLVIMENTO". Ano,1975

Do Deputado Morvan Acayaba - "Já li o seu trabalho e muito o apreciei. Trata-se de um estudo histórico valioso sobre sua terra, escrito no melhor vernáculo. Seu livro enriquece a tão pequena bibliografia histórica de nossa região".

Do Padre Dr. ANTONIO DE OLIVEIRA GODINHO (Pe. Godinho): "Acabo de receber o opúsculo em que você recolhe, para os presentes e os pósteros, dados sobre a história de nossa pequena e cara terra.
Você, fiel às origens, fez obra benemérita".

Do Dr. Demerval José Pimenta, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais: "Foi motivo de muita honra para mim receber o presente de seu livro "Carmo da Cachoeira", com o mimo de sua dedicatória.
Li-o com emoção, dado o grande valor histórico de seu trabalho; a simplicidade do estilo e a pesquisa elaborada emprestam à obra o cunho da veracidade.
Envio-lhe meus parabéns pelo carinho com que encetou a história de sua terra e de sua gente, mais um valor a enriquecer a nossa história".

Do professor Francisco de Assis Andrade, Diretor do Arquivo Público Mineiro: - "Li com grande prazer essa excelente contribuição ao registro histórico de sua terra e da região em que se insere. Ao contrário do que sua modéstia ressalva mas duas primeiras páginas, creio estarmos diante de elogiável esforço de pesquisa e de interpretação dos fatos e da tradição local, digno de ser imitado por todos os que amando torrão natal, através do culto de seu passado, desejam integrá-lo à História das Minas Gerais e do Brasil",

Do jornalista Waldemar Anastácio de Oliveira: - "Pondo em evidência a dedicação do seu autor, o livro "Carmo da Cachoeira - Origem e Desenvolvimento" deve ser lido por todas as pessoas de bom gosto, a fim de adquirirem noções básicas, acerca de nosso país, de 1674 a 1973, citando, acima de tudo, a Terra historiada.
Ontem mesmo, já tarde, para satisfazer-me a curiosidade, comecei a perlustrar, com sumo agrado, o livrinho que já se me afigura uma grande obra pequena",

Do Historiador Thomaz de Aquino Araújo: - "Com sinceras felicitações agradeço seu ótimo trabalho "Carmo da Cachoeira", que foi lido imediatamente com muito proveito e gosto".

Da Doutora Adrienne Diniz Vallim, Diretora I, da 27 DRE: - "Honrada e agradecida pela gentileza da oferta de um exemplar de "Carmo da Cachoeira - Origem e Desenvolvimento", venho, através deste, externar-lhe efusivos cumprimentos pelo lançamento da excelente obra, elaborada com tanto carinho e com tanto espírito de amor a terra, homenageando e enaltecendo todos aqueles que trabalharam e trabalham pelo seu desenvolvimento".

Do jornalista Flodoaldo Rodrigues> - "O autor foi feliz; apoiado em fidedigna bibliografia e compilando dados e informações históricas colhidas em documentos de fontes valiosas ou fornecidas por pesquisadores idôneos, WANDERLEY FERREIRA DE RESENDE ofereceu ao povo de sua terra importantes subsídios que vieram trazer a público fatos até então desconhecidos sobre as origens e sobre o desenvolvimento daquele município vizinho e amigo".

Do farmacêutico Hormínio Reis: - "Toda terra deveria ter, precisava ter um filho seu que cantasse sua origem, seu desenvolvimento e sua grandeza, nas páginas de um livro, como marco indelével de sua História. E você representou admiravelmente bem, com amor, lealdade e carinho a nossa querida terra".

Do Dr. Alcebíades Viana de Paula: - "Recebi o seu livrinho, cuja leitura já iniciei e muito me está agradando.
Pelo que já tive oportunidade de ler, é muito bem documentado e de muito bom gosto".

Da professora Maria Antonieta de Rezende: - "A Escola Estadual 'dr. Moacir Resende', através de sua diretoria e dos corpos docente e discente, felicita-o pela publicação de seu admirável trabalho 'Carmo da Cachoeira - Origem e Desenvolvimento', trabalho esse que emocionou a todos os cachoeirenses".

Do professor Wilson de Magalhães Terra: - "De regresso de minhas férias, passadas na minha querida Cidade de Guapé, tive oportunidade de ler, com atenção e muito carinho, o seu precioso livro sobre o tempo, as coisas e as pessoas de sua terra natal e nossa mui simpática Carmo da Cachoeira. Feliz a cidade como a sua, que conta no número de seus filhos, alguém ilustre que possa legar à posteridade as narrativas construtoras de sua história e de sua gente".

Do professor Dr. José Filgueiras Sobrinho: - Seu livro, além de testemunhar meticuloso esforço de investigação, revela seu nítido pendor literário, através de estilo claro, seguro e elegante de escritor, além de atingir o objetivo patriótico de perpetuar os acontecimentos e os feitos valorosos dos antepassados que se tornaram os verdadeiros benfeitores de sua cidade natal".
Anônimo disse…
Escriptura de venda de duas escravas de nomes Leopoldina, e outra Joanna que Ignácio Antonio Teixeira de Abreu a fas a Manoel Antonio Teixeira pela quantia de um conto e novecentos mil reis sendo a primeira por quatrocentos mil reis e a segunda por um conto e quinhentos na forma abaixo.

Saibam quantos este publico instrumento de escriptura de venda virem que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e sessenta e seis aos (ilegível)dias do mes de abril (rasgado) Cachoeira do Carmo e termo (rasgado) em meu cartório compareceram (ilegível)os poderes da procuração bastante que apresentou e ao diante vai transcripto, e como comprador Manoel Antonio Teixeira, reconhecidos pelos (rasgado) de que faço menção, pelo mesmo procurador foi dito, em presença de suas testemunhas abaixo nomeadas, e assignadas que seu cliente é senhor e possuidor de duas escravas huma de nome Leopoldina de idade de cinco annos mais ou menos e natural da Cidade de Campanha e que (rasgado)produção e a segunda de nome Joanna de idade de doze annos, solteira natural da freguesia de Lambary que houve por compra que fes a Cressencio Rangel Furquim, e porque as possuí livres (ilegível) de qualquer embargo, penhora, ou hypotheca, com todos os seus achaques novos e velhos, vende e como de facto vendido tem de hoje para sempre por meio desta ao comprador MANOEL ANTONIO TEIXEIRA por preço e quantia de um conto e novecentos mil reis de que o comprador já se achava, digo, de que o vendedor se achava pago e satisfeito, pelo o que lhe dava por (ilegível) e geral quitação de pago e satisfeito para mais em tempo algum therão ser pedida por si nem por seus herdeiros: e que toda posse, domínio e senhorio, que nas dittas escravas tem tido, todo cede e traspassa para a pessoa do comprador que a gozará como suas que fica sendo por bem desta. E pelo o comprador foi dito, que aceitava esta escriptura de venda a elle feita, e desde já se dava por empossado das referidas escravas, Leopoldina e Joanna. Pagou (rasgado).

Arquivo

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

A organização do quilombo.

O quilombo funcionava de maneira organizada, suas leis eram severas e os atos mais sérios eram julgados na Aldeia de Sant’Anna pelos religiosos. O trabalho era repartido com igualdade entre os membros do quilombo, e de acordo com as qualidades de que eram dotados, “... os habitantes eram divididos e subdivididos em classes... assim havia os excursionistas ou exploradores; os negociantes, exportadores e importadores; os caçadores e magarefes; os campeiro s ou criadores; os que cuidavam dos engenhos, o fabrico do açúcar, aguardente, azeite, farinha; e os agricultores ou trabalhadores de roça propriamente ditos...” T odos deviam obediência irrestrita a Ambrósio. O casamento era geral e obrigatório na idade apropriada. A religião era a católica e os quilombolas, “...Todas as manhãs, ao romper o dia, os quilombolas iam rezar, na igreja da frente, a de perto do portão, por que a outra, como sendo a matriz, era destinada ás grandes festas, e ninguém podia sair para o trabalho antes de cump

A família do Pe. Manoel Francisco Maciel em Minas.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: Sete de Setembro em Carmo da Cachoeira em 1977. Imagem anterior: Uma antiga família de Carmo da Cachoeira.

Postagens mais visitadas deste blog

Tabela Cronológica 10 - Carmo da Cachoeira

Tabela 10 - de 1800 até o Reino Unido - 1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - 1815 ü 30/Jan – capitão Manuel de Jesus Pereira foi nomeado comandante da Cia. de Ordenanças da ermida de Campo Lindo; e ü instalada a vila de Jacuí . 1816 1816-1826 – Reinado de Dom João VI – após a Independência em 1822, D. João VI assumiu a qualidade e dignidade de imperador titular do Brasil de jure , abdicando simultaneamente dessa coroa para seu filho Dom Pedro I . ü Miguel Antônio Rates disse que pretendia se mudar para a paragem do Mandu . 1817 17/Dez – Antônio Dias de Gouveia deixou viúva Ana Teresa de Jesus . A família foi convocada por peritos para a divisão dos bens, feita e assinada na paragem da Ponte Falsa . 1818 ü Fazendeiros sul-mineiros requereram a licença para implementação da “ Estrada do Picu ”, atravessando a serra da Mantiqueira e encontrando-se com a que vinha da Província de São Paulo pelo vale do Paraíba em direção ao Rio de Janeiro, na alt

Carmo da Cachoeira — uma mistura de raças

Mulatos, negros africanos e criolos em finais do século XVII e meados do século XVIII Os idos anos de 1995 e o posterior 2008 nos presenteou com duas obras, resultadas de pesquisas históricas de autoria de Tarcísio José Martins : Quilombo do Campo Grande , a história de Minas, roubada do povo Quilombo do Campo Grande, a história de Minas que se devolve ao povo Na duas obras, vimo-nos inseridos como “Quilombo do Gondu com 80 casas” , e somos informados de que “não consta do mapa do capitão Antônio Francisco França a indicação (roteiro) de que este quilombo de Carmo da Cachoeira tenha sido atacado em 1760 ”.  A localização do referido quilombo, ou seja, à latitude 21° 27’ Sul e longitude 45° 23’ 25” Oeste era um espaço periférico. Diz o prof. Wanderley Ferreira de Rezende : “Sabemos que as terras localizadas mais ou menos a noroeste do DESERTO DOURADO e onde se encontra situado o município de Carmo da Cachoeira eram conhecidas pelo nome de DESERTO DESNUDO ”. No entanto, antecipando

As três ilhoas de José Guimarães

Fazenda do Paraíso de Francisco Garcia de Figueiredo Francisco Garcia de Figueiredo é citado como um dos condôminos / herdeiros da tradicional família formada por Manuel Gonçalves Corrêa (o Burgão) e Maria Nunes. Linhagistas conspícuos, como Ary Florenzano, Mons. José Patrocínio Lefort, José Guimarães, Amélio Garcia de Miranda afirmam que as Famílias Figueiredo, Vilela, Andrade Reis, Junqueira existentes nesta região tem a sua ascendência mais remota neste casal, naturais da Freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Vila de Horta, Ilha do Fayal, Arquipélago dos Açores, Bispado de Angra. Deixaram três filhos que, para o Brasil, por volta de 1723, imigraram. Eram as três célebres ILHOAS. Júlia Maria da Caridade era uma delas, nascida em 8.2.1707 e que foi casada com Diogo Garcia. Diogo Garcia deixou solene testamento assinado em 23.3.1762. Diz ele, entre tantas outras ordenações: E para darem empreendimento a tudo aqui declarado, torno a pedir a minha mulher Julia Maria da Caridade e mai

Diácono Romário - Ordenação Presbiterial

 A Diocese de Januária, minha família e eu, Diácono Romário de Souza Lima temos a grata satisfação de convidar você e sua família para participarem da Solene Celebração Eucarística, na qual serei ordenado sacerdote pela imposição das mãos e Oração Consecratória do Exmo. Revmo. Dom José Moreira da Silva, bispo diocesano, para o serviço de Deus e do seu povo. Dia 18 de maio de 2022. às 19h, na Catedral Nossa Senhora das Dores em Januária - MG Primeiras Missas 19 de maio às 19hs na Catedral Nª Srª das Dores 20 de maio às 19hs na  Comunidade Santa Terezinha de Januária 21 de maio às 19hs na Comunidade Divino Espírito Santo em Januária Contatos: (38) 99986-6552 e martimdm1@gmail.com Reflexão: João 21, 15 - Disse Jesus a Pedro: "Apascenta meus Cordeiros" Texto de Gledes  D' Aparecida Reis Geovanini O cordeiro é o filhote da ovelha. É conhecido como dócil, manso, obediente. É o símbolo da obediência e submissão. Apascentar refere-se a alimentar, cuidar, proteger e orientar, fu

Distrito do Palmital em Carmo da Cachoeira-MG.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. O importante Guia do Município de Carmo da Cachoeira , periódico de informações e instrumento de consulta de todos os cidadãos cachoeirenses, publicou um grupo de fotos onde mostra os principais pontos turísticos, culturais da cidade. Próxima imagem: O Porto dos Mendes de Nepomuceno e sua Capela. Imagem anterior: Prédio da Câmara Municipal de Varginha em 1920.

A origem do sobrenome da família Rattes

Fico inclinado a considerar duas possibilidades para a origem do sobrenome Rates ou Rattes : se toponímica, deriva da freguesia portuguesa de Rates, no concelho de Póvoa de Varzim; se antropomórfica, advém da palavra ratto (ou ratti , no plural), que em italiano e significa “rato”, designando agilidade e rapidez em heráldica. Parecendo certo que as referências mais remotas que se tem no Brasil apontam a Pedro de Rates Henequim e Manoel Antonio Rates . Na Europa antiga, de um modo geral, não existia o sobrenome (patronímico ou nome de família). Muitas pessoas eram conhecidas pelo seu nome associado à sua origem geográfica, seja o nome de sua cidade ou do seu feudo: Pedro de Rates, Juan de Toledo; Louis de Borgonha; John York, entre outros. No Brasil, imigrantes adotaram como patronímico o nome da região de origem. Por conta disso, concentrarei as pesquisas em Portugal, direção que me parece mais coerente com a história. Carmo da Cachoeira não é a única localidade cujo nome está vincul

A Paróquia Nª. Srª. do Carmo completa 155 anos.

O decreto de criação da Paróquia foi assinado pela Assembléia Legislativa Provincial no dia 3 de julho de 1857. Pela Lei nº 805 , a Capela foi elevada para Freguesia, pertencendo ao Município de Lavras do Funil e ficando suas atividades sob a responsabilidade dos Conselhos Paroquiais. O Primeiro prédio da Igreja foi construído em estilo barroco , em cujo altar celebraram 18 párocos . No ano de 1929, esse templo foi demolido, durante a administração do Cônego José Dias Machado . Padre Godinho , cachoeirense, nascido em 23 de janeiro de 1920, em sua obra " Todas as Montanhas são Azuis ", conta-nos: "Nasci em meio a montanhas e serras em uma aldeia que, ao tempo, levava o nome de arraial. (...) Nâo me sentia cidadão por não ser oriundo de cidade. A montanha é velha guardiã de mistérios. Os dias eram vazios de qualquer acontecimento." Ao se referir ao Templo físico dizia: "Minha mãe cuidava do jardim pensando em colher o melhor para os altares da Matriz

Cemitério dos Escravos em Carmo da Cachoeira no Sul de Minas Gerais

Nosso passado quilombola Jorge Villela Não há como negar a origem quilombola do povoado do Gundú , nome primitivo do Sítio da Cachoeira dos Rates , atual município de Carmo da Cachoeira. O quilombo do Gundú aparece no mapa elaborado pelo Capitão Francisco França em 1760 , por ocasião da destruição do quilombo do Cascalho , na região de Paraguaçu . No mapa o povoado do Gundú está localizado nas proximidades do encontro do ribeirão do Carmo com o ribeirão do Salto , formadores do ribeirão Couro do Cervo , este também representado no mapa do Capitão França. Qual teria sido a origem do quilombo do Gundú? Quem teria sido seu chefe? Qual é o significado da expressão Gundú? Quando o quilombo teria sido destruído? Porque ele sobreviveu na forma de povoado com 80 casas? Para responder tais questões temos que recuar no tempo, reportando-nos a um documento mais antigo que o mapa do Capitão França. Trata-se de uma carta do Capitão Mor de Baependi, Thomé Rodrigues Nogueira do Ó , dirigida ao gove

O livro da família Reis, coragem e trabalho.

A jude-nos a contar a história de Carmo da Cachoeira. Aproveite o espaço " comentários " para relatar algo sobre esta foto, histórias, fatos e curiosidades. Assim como casos, fatos e dados históricos referentes a nossa cidade e região. Próxima imagem: 24º Anuário Eclesiástico - Diocese da Campanha Imagem anterior: A fuga dos colonizadores da Capitania de S. Paulo

Simpósio Filosófico-Teológico em Mariana

Aproxima-se a conclusão das obras de restauração na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, Igreja Mãe de nossa Arquidiocese. Trata-se de expressivo monumento religioso, histórico e artístico, tombado no âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A Arquidiocese de Mariana, a Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM) e o Instituto Teológico São José (ITSJ) organizam este Simpósio com o objetivo de refletir sobre os trabalhos de restauro que em breve serão entregues à comunidade, bem como debater o significado deste templo, em relação aos aspectos teológicos e sua importância artística e arquitetônica em mais de três séculos de existência. Programação : de 25 à 27 DE MAIO DE 2022 25/05/2022 – Quarta-feira Local: Seminário Maior São José-Instituto de Teologia 19h - SAUDAÇÃO INICIAL - Côn. Nédson Pereira de Assis Pároco da Catedral - Mons. Celso Murilo Sousa Reis Reitor do Seminário de Mariana - Pe. José Carlos dos Santos Diretor da Faculdade Dom